Capítulo 14

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Estou enrolando os dedos, será que devo mandar alguma mensagem para ele? Ele disse que se eu não concordasse com alguma coisa eu poderia dizer, o problema é que tudo isso é muito loucura para mim, eu não vou poder suportar, pego o celular.
De:
Anastásia Steele
Assunto: Contrato
Para: Cristian Grey

Gostaria de agradecer .pela noite maravilhosa em sua casa e por todas as outras coisas. Terminei de ler o seu contrato, e a única coisa que posso dizer, é que foi muito bom poder passar algum tempo com você.

Obrigada.

Anastásia Steele.

Aperto enviar, e ao mesmo tempo meu corpo inteiro se arrepia completamente, qual será a reação dele? Não posso esperar muita coisa, afinal, ele mesmo disse que se eu não me sentisse confortável eu poderia ir embora a qualquer hora.
- Ana. – Kate bate na porta.
- Sim Kate. – Eu digo.
- Eu vou sair com o Elliot, você precisa de alguma coisa?
- Eu estou bem Kate, pode ir tranquila.
- Ok, até mais.
- Até. – Eu grito. Espero mais algum tempo até que ela saia e vou até a cozinha para pegar algo para beber, até agora ele não respondeu, deve estar na empresa, ou até mesmo viajando.
- Foi muito bom poder passar algum tempo com você? – Escuto uma voz vinda da escuridão da cozinha, eu estou sozinha aqui, espera um momento, eu conheço essa voz. A sombra surge aos poucos na luz do abajur da sala, é ele, Cristian Grey, parado bem na minha frente.
- Como entrou aqui? Você me assustou.
- Só isso que você vai dizer? Que foi bom me conhecer? – Talvez ele se importe, eu estava errada.
- Como você entrou aqui Cristian? – Ele não pode invadir dessa maneira a casa dos outros.
- Eu tenho as chaves. – Tem as chaves? Como? Com certeza deve ser do dia em que me trouxe para casa da festa.
- Recebeu a mensagem? – Eu pergunto.
- Se estou aqui na sua frente agora é porque eu recebi. – Ele parece bravo.
- Cristian olha...
- Você nem se quer pensou na possibilidade. – Ele diz.
- Claro que pense, é só que... – Ele se aproxima.
- Não, você não pensou. Estava apenas querendo me provocar, acho que está na hora de te mostrar como valeu a pena me conhecer Anastásia.
Seus olhos cinzentos estão completamente focados em mim, ele afrouxa a gravata, e a tira devagar, meu coração vai sair pela boca, estou sentindo tantas coisas que nem sei ao menos definir com palavras, ele vem em minha direção e me agarra com força, ele faz com que eu fique de costas para ele, enquanto minhas mãos estão sendo amarradas eu percebo que sem querer eu acabei atraindo ele até aqui, se eu não tivesse mandado a mensagem ele não teria vindo. Ele me coloca deitada no sofá com as mãos amarradas, eu sou completamente dele. Segurando firme na minha cintura, ele me preenche, a sensação de estar amarrada é agonizante e divina. Ele vai cada vez mais forte, parece que esta me castigando, bela maneira de castigar.
- Goza para mim Ana. - Ele sussurra. Eu não consigo dizer nada, apenas sentir, depois de algum tempo nessa tortura deliciosa, eu gozo, me esparramando no sofá. Ele me acompanha a alguns segundo depois, não sei o tempo ao certo, só sei que chama pelo meu nome.
Estamos no sofá, ele parece preocupado, pensativo, talvez tenha se arrependido de ter vindo.
- Você parece tao calado. - Eu digo.
- Estou pensando o que esta acontecendo comigo.
- Não entendi Cristian.
- Eu nunca agi dessa forma, eu nunca fui atrás de ninguém na minha vida toda Anastásia.
- Isso é bom. - Eu digo. Ele da meio sorriso, mas não confirma minha colocação. Estamos deitados um ao lado do outro, passo a mão levemente pela sua perna e tento subir para o seu peito, mas ele segura minha mão.
- Não Ana.
- Porque? Isso não esta descrito no contrato.
- Considere uma cláusula extra. - Ele levanta.
- Você vai embora?
- Sim, eu não posso ficar. - Ele coloca a roupa rapidamente.
- Tem certeza que não pode? - Ele sorri.
- Amanha vamos nos ver novamente, na festa lembra. - Um nó horrível esta na minha garganta, eu não consigo me segurar, não chore Anastásia! Isso seria ridículo, eu não quero que ele fique por que está com pena de mim. Repito milhões de vezes para mim mesma, mas as lágrimas correm pelo meu rosto automaticamente.
- Você esta chorando? - Ele para de abotoar a camisa.
- Não, imagina. Eu estou bem, é que meu olho esta queimando só isso...
- Eu não sou idiota, é claro que você esta chorando. - Vergonha, tudo o que eu sinto agora é vergonha.
- Ana. - Ele segura meu queixo.
- Me desculpe... - Eu digo.
- Esta me pedindo desculpas?
- Acho que sim.
- Eu te machuquei? - Ele pergunta.
- Não Cristian. - Eu me levanto e vou até a janela.
- Porque não podemos dormir juntos? Porque eu não posso tocar em você? Porque não podemos...
- Namorar? - Ele me interrompe.
- Sim. - Eu o encaro.
- Ana, eu expliquei e deixei bem claro para você o que eu quero. Eu não menti e nem iludi você em nenhum momento. Não prometi que iria te pedir em namoro, até porque eu não namoro, você sabe, eu já disse diversas vezes. Eu gosto das coisas bem esclarecidas, por isso eu faço tanta questão de repetir que flores e corações não são o meu estilo. Eu não posso negar, eu quero estar perto de você, se não, eu nem teria vindo, mas isso tudo que você quer é uma coisa que eu não posso dar.
- E se eu dizer que o que você quer eu também não posso dar.
- Eu disse que você poderia pensar o tempo que fosse necessário.
- E também disse que eu poderia desistir a qualquer hora. - Eu digo.
- E você quer fazer isso Ana? Olhe nos meus olhos e diga que você quer que eu vá embora e nunca mais volte. - Eu jamais vou poder pedir isso.
- Eu não quero me afastar de você.
- Nem eu Ana, apenas pense um pouco, só isso que eu peço. Vamos fazer as coisas aos poucos.
- Acho que posso tentar. - Ele sorri.
- Então venha deitar. - Ele começa a tirar a camisa.
- Você vai ficar? - Acho que não consigo esconder minha alegria.

- Vou, não posso largar você aqui sozinha desse jeito, mas vou logo avisando, não se acostume com isso. Venha logo, está frio. - Ele vai ficar, parece um sonho.

Secrets of a CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora