Capítulo 74

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  Estou encolhida na cadeira do quarto, emcarando a paisagem atraves da janela, estou com uma mistura de raiva e tristeza. Sinto que a porta abre e alguem entra, nem me dou o trabalho de saber quem é.
- Ana, precisamos conversar. - Estou rindo.
- Entao, agora voce quer conversar?
- Voce simplismente nao me deu escolha nenhuma Anastasia. - Eu levanto.
- É assim que voce resolve os seus problemas? Me deixou sozinha como uma idiota na frente da médica, Cristian?
- Você estava impondo coisas e escolhas que eu jamais poderia fazer, entenda isso.
- Eu sei que essa nao é a vida que voce queria para voce. Sei que eu entrei na sua vida de uma forma repentina, sei que esse bebe nao é o que voce queria.
- Ana, isso nao é verdade...
- É verdade, voce sabe que é. Acha que eu nao vi voce outro dia parado na porta do quarto de jogos? Eu sei que voce sente falta de tudo aquilo, por mais que voce negue.
- Voce faz mais falta na minha vida do que qualquer outra coisa, Ana.
- Entao demonstre isso sendo homem! E nao agindo como um idiota! - Talvez eu tenha pegado um pouco pesado, mas acho que certas coisas tem que serem ditas.
- Acha que eu nao estou agindo como homem? - Ele ri.
- Sim, eu acho. Se nao quer assumir esse bebe voce ja pode me dizer, eu amo voce, mas nao quero ser um peso na vida de ninguem.
- Nao seja ridicula, Anastasia! Eu jamais deixaria voce sozinha com essa criança.
- O problema é esse.
- Qual é o problema? Por Deus! Eu nao entendo mais voce!
- Voce nao esta me tratando como sua namorada que esta gravida de um filho seu, esta me tratando como uma de suas submissas que ficou gravida por acidente e agora voce esta sendo obrigado a cuidar. - Ele permanece me olhando. - Nao sou sua submissa, Cristian. Já disse que se esta procurando uma talvez seja melhor pararmos por aqui.
- Estou com medo, medo dessa situaçao, medo de... perder voce. Esta errada, nao estou tratando voce como minha submissa, voce é a minha vida Anastasia.
- Entao porque foge das situaçoes dificeis...
- Eu errei, sim eu admito isso. Eu deveria ter ficado lá, junto com você. - Ele se aproxima e pega a minha mao. - Ana, eu quero voce, quero esse bebe. Eu quero viver uma vida com voce, levar voce para conhecer o mundo, quero... uma familia. Desde de que voce veio para cá, muita coisa mudou, eu estou tendo que me adaptar a uma nova vida e isso esta sendo incrivel para mim.
- Voce esta mesmo convencido disso?
- Nunca estive tao convencido de uma coisa na minha vida. Voce vai ter o nosso filho, eu farei até o impossivel para isso, entao por favor, nao diga que eu nao me importo. - Nunca me senti tao emocionada em olhar para os olhos deles, as vezes eu penso que eu mesma nao consigo acreditar que sim, que ele realmente quer viver uma vida comigo.
- Nao quero que voce chore, Ana. Quero ver o mesmo sorriso que eu vi quando estavamos na roda gigante lembra? - Deixo escapar um sorriso.
- Voce tem razao, é o nosso bebe... eu sei que sou forte o suficiente para isso.
- Essa é a minha garota..- Ele sorri. - Acha que pode me perdoar por tudo aquilo que eu disse? - Pulo em seu pescoço.
- Eu estava com tanto medo que voce fosse desistir de tudo... - Eu sussuro.
- Eu nao vou a lugar algum, Ana. - Ele faz carinho em meus cabelos. - Só preciso que voce tenha um pouco de paciencia, tudo isso é novo para mim, eu juro que estou fazendo de tudo para nao decepcionar voce.
- Eu sei que esta, eu peço desculpas por ter colocado voce nessa situaçao. Eu nao deveria ter imposto esse tipo de escolha.
- Eu nao vou deixar que nada aconteça a esse bebe e nem a voce. Eu faço o que for preciso.
- Cristian, eu vou ter que ir para o hospital...
- Sua mae me disse.
- Conversou com ela?
- Sim, antes de vir falar com voce. Quando precisa ir?
- Hoje mesmo, a doutora disse que ia deixar tudo certo para a minha internaçao.
- Eu vou com voce.O que eu preciso fazer? Arrumar as suas coisas...
- Será que eu posso entrar?
- Claro, mãe.
- Cristian, eu entendo que você tem seus compromissos, eu posso ficar com a Anastasia, sem nenhum problema.
- De maneira nenhuma Carla, eu tenho que fazer isso. - Ela sorri.
- Filha, eu vim dizer que a doutora ligou, já esta tudo certo no hospital. Cristian, só nao sei se voce poderá passar a noite...
- Nao se preocupe, Carla. Eu me entendo com a Doutora Greene, eu vou apenas tomar um banho e depois vamos. - Ele me da um beijo. Minha mãe fica eufórica por alguns instantes.
- Pelo jeito, vocês se acertaram.
- Digamos que sim, mãe. Voce tem razao, eu preciso ser forte, nao impor escolhas a ele, mas sim lutar para ter o nosso filho.
- É exatamente isso, voce tem o apoio de todos nós. E fique sabendo que Mia ja ligou, Kate, Grace... ate a Andreia, secretaria do Cristian, todos estao rezando por voce e pelo bebe querida.
- Obrigada, mae. Eu sei que voce tem a sua vida...
- É o meu primeiro neto! Acha mesma que eu iria perder isso? - Estamos rindo.
Estou sentindo um alivio enorme no peito por ter falado com ele, eu estava me sentindo sozinha, angustiada... o opoio dele, a sinceridade, era tudo o que eu precisava para saber que nao estarei sozinha para enfrentar esse longo caminho.  

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