Secrets of a CEO

Capítulo 111

  - Ele quer...
- É isso mesmo, quer que voce pegue suas coisas. Ele não parecia estar brincando, Ana.
- Nem eu, Kate. - Pego minha bolsa.
- Ana! Aonde voce vai?
- Ele quer que eu va buscar as coisas? Pois bem, estou indo.
- Vocês vão acabar se matando! Pelo menos vá com o meu carro.
- Obrigada. - Eu deveria esperar, afinal não faz muito tempo que eu cheguei de lá, mas eu nao posso deixar as minhas coisas dentro do apartamento dele, não se ele nao quer. Tento o maximo possivel me concentrar e prestar atençao na estrada, mas esta muito dificil. Não consigo deixar de pensar no fato de que a minha vida, mais uma vez, virou de cabeça para baixo em segundos.
Respiro o mais fundo que posso e me preparo para encara-lo.
- Senhorita Steele.
- Oi, Taylor. Só vim buscar minhas coisas, com licença. - Se Taylor esta aqui é porque ele esta. Assim que as portas do elevador se abrem eu entro. É tão estranho estar aqui. Eu idealizei tantos momentos ...
- Senhorita Steele, o Senhor Grey esta no...
- Não vim aqui para saber onde ele esta, me desculpe. Vim para pegar minhas coisas.
- Eu não posso deixar a Senhorita entrar sem...
- Senhora Jones, por favor. Pode deixar, eu cuido disso. - Nem parece que nao faz muito tempo que eu estava com ele. Meu coraçao dispara, como se fosse a primeira vez que tivesse aqui.
- Voce pediu para que eu viesse.
- Sim, eu pedi. Para buscar suas coisas.
- Ótimo! Eu vim busca-las. - Eu vou em direçao do quarto.
- Nao se encomode em juntar. Eu ja pedi para a Senhora Jones preparar suas malas, estão ali. - Ele aponta para a sala.
- Então é isso. Eu só queria dizer que eu estou saindo da cidade e...
- Por favor, apenas pegue as suas coisas e saia. - Sabe quando voce esta na frente de outras pessoas, mas nao quer chorar? Estou me sentindo assim.
- Tudo bem, eu já estou indo embora.
- Meu advogado vai entrar em contato com voce sobre o meu filho.
- Seu filho? - Estou rindo. - Agora é seu filho? Não seja egoista, Cristian Grey!
- É meu filho sim! Tenho direitos sobre ele.
- O unico direito que voce tem é de me deixar viver a minha vida!
- Você não esta entendendo, Anastasia. Sua vida agora, não me interessa! Voce pode fazer o que quiser, fugir com quem quiser, até mesmo com o seu amigo psiquiatra! A unica coisa que eu quero é que voce entenda é que eu vou ter o meu filho!
- Não vai tirar meu filho...- Sinto uma vibraçao no meu coraçao, estou suando e minha barriga esta doendo. - Ai!
- O que houve? - Ele tenta se aproximar.
- Estou bem, me deixe. Eu... eu vou embora. - Tento caminhar novamente, mas não consigo.
- Ana! - Ele me segura. - O que voce tem?
- É só uma tontura, só isso.
- Sente- se aqui. - Péssimo momento para passar mal. Me sento ao sofá e ele ao meu lado.
- Esta melhor? - Ele pergunta.
- Sim... pode pedir ao Taylor para colocar as malas no carro. - Um clarão enorme surgi através da janela.
- Esta chovendo muito. - Ele diz.
- Não tenho medo da chuva... - Tento me levantar, mas ainda não consigo.
- Ei! Sente-se.
- Voce não manda em mim!
- Pode por favor parar por um minuto de ser teimosa! - Ele aumenta a voz. - Voce não esta bem.
- Eu estou dirigindo, esta chovendo, eu preciso ir embora...
- Senhor Grey! Senhor Grey!
- Por Deus, o que foi agora?
- Senhor... esta chovendo muito! Há varios locais da cidade alagados! Esta um caos la fora! A senhorita Ross ligou e disse que talvez não possa sair para ir ao trabalho.
- Voce pode ir embora, Senhora Jones. Se for seguro é claro. Eu falo com a Ross depois.
- Se o Senhor permitir, Taylor vai me levar.
- Claro, é melhor, antes que o tempo piore ainda mais.
- Espere! Eu posso ir com vocês, Taylor pode me deixar em casa...
- Já te disse para nao sair dai!
- Com licença, Senhor Grey.

O clima esta pessimo. Estou me sentindo como um peixe fora da agua, não consigo dizer absolutamente nada.
- É... parece que realmente o mundo esta despencando la fora.
- Não é só la fora. - Ele sorri.
- Como voce esta?
- Porque quer saber?
- Ana, não é hora de...
- Não, Cristian! É hora sim, porque quer saber? A cinco minutos atras disse que minha vida não interessava e agora do nada voce quer saber como eu estou?
- Voce ainda nao me disse...
- O que?
- O porque tudo saiu do controle de repente.
- Não quero falar, Cristian.
- Não quer mais vai.
- Voce se irritou pelo fato do Flynn...
- Isso nao tem haver com o Flynn, com o estilista e nem com nada... Isso tem haver com voce.
- Comigo?
- O que esta acontecendo, Ana? O que foi? Porque voce nao me conta o que esta...
- Eu tenho medo. - Isso sai da minha boca sem pensar.
- Medo?
- É isso. Eu tenho medo. Medo do seu excesso de possessividade, medo da sua obsessao. Não é facil levar essa vida, eu achava que eu poderia lidar com tudo isso, eu achava que eu era forte, mas não sou.
- Voce tem... medo de mim? É isso? - Ele parece decepcionado.
- Eu não nunca consegui superar o que aconteceu com o Maicon, Cristian. Nunca consegui esquecer o que ele disse aqui.
- Ana... - Ele senta ao meu lado.
- Ele disse que iria conseguir o que ele queria comigo, mesmo que... mesmo que fosse depois de morta. - Eu não consigo esquecer a cena. - Depois, veio os sonhos com voce. Eu começei a criar uma piraçao de que talvez isso tudo fosse um aviso, que eu deveria me manter longe. - Bem devagar ele me abraça e me puxa para si. - Eu preciso de ajuda... - Eu estou soluçando. - Nao sei se tenho mais o controle da minha vida. - Ele me encara.
- Ana, eu sinto muito. Fui um completo idiota! Eu deveria ter procurado entender os seus motivos antes de dizer que estava desistindo de tudo, eu nao poderia ter feito isso, nao depois de tudo o que passamos.
- Acho que nós dois fizemos e falamos coisas que nao deveriamos ter falado. Eu sei que sou muito mais complicada do que realmente pareço, eu posso não ser tudo aquilo que voce idealizou, a garota mais pé do chão do mundo. - Ele sorri. - Estou me sentindo idiota por nao conseguir ter me segurado em relaçao a vir até aqui.
- E porque veio? - Ele questiona.
- Para buscar minhas coisas...
- Ou será que a verdeira intençao era dizer tudo o que esta me dizendo agora? - O silencio paira. Apenas o barulho de chuva pode ser ouvido e nada mais. Nossos olhares se perdem um no outro e em um piscar de olhos ele me puxa para perto e me beija.
- Cristian... - Ele morde delicadamente meus labios.
- Não quero que voce va embora, Anastasia.
- Eu preciso...
- Vamos fazer dar certo. Eu, voce e o nosso filho. Os planos inicias lembra? A casa no campo, a ida a Paris, o seu emprego...
- E se daqui a alguns dias voce se arrepender? E se... - Ele coloca a dedo sob o meu labio.
- Eu posso me casar com voce agora, agora mesmo. Eu disse tudo aquilo em um momento de desespero, mas nao é o que meu coraçao quer, meu coraçao quer voce.
- Eu estou indo embora, Cristian.
- Embora? Como assim?
- Estou indo para Nova York.
- Voce não vai.
- Eu vou sim.
- Voce já... ja nao me ama mais? Assim do nada?
- Eu... é claro que eu amo você.
- Ana, eu nao entendo.
- Cristian, eu achei que poderia...
- Então me deixe te ajudar! Voce sabe que eu nao vou deixar você ir embora. Voce prometeu, Ana, prometeu que nao iria me deixar. Olha... - Ele se aproxima ainda mais de mim, posso sentir seu coraçao. - Eu sei que voce esta com medo, eu mais do que ninguem sei por tudo o que voce passou. Voce poderia ter me contado que estava com medo, poderia ter me dito...
- Não queria ser a chata perturbada e cheia de traumas, Cristian. Voce iria querer uma mulher cheia crises como sua esposa? - Ele balança a cabeça.
- Eu quero voce de todas as formas possiveis, Ana. Você não é uma mulher perturbada, muito pelo contrario, é a pessoa mais centrada que eu ja conheci em toda a minha vida. Você... você se preocupada com o fato de eu sair sem tomar café. - Ele ri. - Se preocupa com todas as datas comemorativas, faz questao de me agradar em absolutamente tudo... mesmo sabendo que qualquer coisa que voce faça vai me agradar.
- Talvez as nossas decisões seja precipitadas.
- Eu tenho certeza que sim. Eu disse uma vez que não tinha problemas em esconder o que eu sentia e olha só... bastou acontecer um problema para eu me esconder atras da minha armadura fria e gelada.
- Sabe que se decidirmos ficar juntos, aqui e agora, tudo isso terá que mudar não sabe? - Ele me observa, esta pensativo.
- Eu sei e estou absolutamente pronto. Você é a minha vida, Ana. Não consigo nem pensar na possibilidade de ser diferente. .