Reencontro

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Faith.

Abro a porta do carro pra Sophie descer, mas na verdade ela pula em meus braços e se agarra em mim como se eu tivesse querendo fugir pra algum canto. Bato a porta do carro e entro com ela em meus braços. Solto ela no sofá e dou um beijo no topo da sua cabeça. Ando em direção à cozinha.

— Quer comer alguma coisa filha? — grito da cozinha.

— Quero papai. — Ela responde com sua voz doce e que eu sou completamente apaixonado. — Batata frita! — ela completa e sorri.

Ela tem só cinco anos e parece ter 10. Pego o saco de batata do congelador e faço todo o procedimento pra que elas fiquem do jeito que ela gosta. Coloco-as em um prato e levo pra sala colocando o prato no móvel em frente ao sofá.

— Obrigada, papai. — O que eu não faço por essa menina?

Sinto o celular vibrar no meu bolso e vejo que é uma ligação do meu agente. Atendo o mais rápido possível e espero que ele tenha boas noticias.

— Conseguiu? — Pergunto sem muito rodeio.

— Consegui sim, só não é na mesma cidade, mas é próximo. — ele explica. — No ultimo sábado do mês.

— Ótimo! Vamos viajar na quinta. — faço com que isso soe como uma ordem. — Ok?

— Na quinta? Geralmente viajamos no sábado... — interrompo antes que ele termine.

— Então vamos fazer diferente desta vez, iremos na quinta. — Tento ser direto pra que ele não me faça mais perguntas.

— Certo. — Ele concorda e desliga o telefone.

Largo o celular no balcão e vou pra sala. Paro na porta da sala e pergunto a Sophie:

— Sua mãe mandou roupas pra você trocar? — Ela nega com a cabeça. — Não sei o que vi na sua mãe... — Falo baixinho, mas ela está entretida com o filme e nem me escuta.

Espero encontra-la, eu só saio de lá quando encontrar aquela garota, nem que essa seja a última coisa que eu faça na minha vida.

Marte.

É hoje, finalmente chegou o dia. Finalmente vou vê-lo novamente, depois de tudo que aconteceu. Vou poder agradecê-lo e me desculpar pela minha amiga, que de ultima hora decidiu ir comigo e eu já estou quase pronta e ainda faltam horas pra o show. Estou mais ansiosa do que criança em noite de natal esperando aquele tão esperado presente. Tocam a campainha do meu apartamento, acho que é minha amiga, mas ao olhar pelo olho mágico sinto minhas pernas tremerem e o frio na minha espinha. É ele, ele me encontrou não sei como, ele não sabia nem meu nome e conseguiu me encontrar. Passou um tempo e eu ainda não abri a porta, ele toca novamente e bate na porta, mas eu não tenho reação alguma. Até que eu percebo que ele desistiu e abro a porta, ele já estava no meio do corredor e falo em um tom que acho que ele vá escutar:

— Pois não? — Ele olha pra trás e vejo seus olhos brilharem, aqueles lindos olhos castanhos brilharam a me ver. — Foi você que tocou aqui?

— Sim, foi... — Foram apenas duas palavras e ele gaguejou. — Finalmente te encontrei. — Não esperava que ele estivesse me procurando.

— Você estava me procurando? — Deixo escapar a pergunta e ele acena positivamente com a cabeça. — Por quê?

— Precisa de noticias sua, te deixei naquela noite e na verdade queria ter te acompanhado, mas você não deixou e sua amiga não estava muito feliz com minha presença. — deixo escapar um sorriso ao escutar.

— Sobre isso, desculpe. Sobre o resto, obrigada. — estou tremendo da cabeça aos pés e agora ele está se aproximando e me olhando da cabeça aos pés, diferente daquela noite.

Rose of FaithWhere stories live. Discover now