Marte.
Recebi há poucos minutos uma mensagem do meu pai, que disse me esperar no meu apartamento.
Pai: Estou no seu apartamento, você vai demorar pra vir pra casa?
Eu: Não, chego daqui a vinte minutos.
Pai: Ok. Conheci o Faith e quero conversar com você sobre ele.
Como assim ele conheceu o Faith? Meu coração está pulando em meu peito e sinto-o pulsar em minha garganta. Engulo em seco pra fazê-lo voltar ao seu lugar.
Olho em volta, mas não acho o Bacco. Saio da igreja e ele está conversando com seu pai, encostado em um carro vermelho que provavelmente é o dele. Aceno e vou a sua direção.
— Podemos ir?
Ele sorri e concorda. Despede-se do pai e entra no carro, mas quando eu passo pelo Sr. Muniz ele segura meu braço sorrindo.
— Cuide bem do meu garoto. — ele ainda está sorrindo e seus olhos parecem esconder algo que eu não sei, mas eu concordo com a cabeça e devolvo o sorriso.
Entro no carro e está tocando uma das musicas do Faith. É uma música que eu não conheço e o Bacco rir pra mim. Percebi que a música tem muito haver comigo.
— Quando ele lançou essa música? — pergunto curiosa.
— Ele ainda não lançou... — ele ri e canta uma parte da música — "Fizeram bem me quer com a minha rosa, mas quando suas pétalas voltaram a nascer a deixou ainda mais linda..."
Encosto minha cabeça no banco, mas o Bacco não me dá tempo de raciocinar e interrompe meus pensamentos.
— Ele gravou pra você! — meu coração acelera. — No período que você estava cuidando da sua amiga esquentadinha, como ele disse — ele faz o sinal de aspas no ar.
Ele fez uma música pra mim enquanto sua irmã estava no hospital?
— Mas eu achava que ele estava no hospital...
— Estava — ele afirma — passou noites acordado e passou o tempo compondo.
Não consigo conter o sorriso, mas meus olhos estão cheios de lágrimas. Estamos perto do meu prédio e mal posso esperar pra saber o que meu pai conversou com o Faith e quero saber onde eles se encontraram. Aponto o prédio e o Bacco encosta na frente do mesmo.
— Chegamos madame — ele sorri.
— Obrigada, está dispensado. — tiro o sinto e desço do carro.
Entro no prédio e Seu Isaac me cumprimenta.
— Dona Marte! Seu pai está lá em cima.
— Eu já estou sabendo, obrigada Seu Isaac. — ele acena com a cabeça e está com seu sorriso estampado no rosto como de costume.
Respiro fundo quando o elevador chega ao meu andar. Entro no meu apartamento e só está meu pai aqui. Ele me olha, mas não sorri. Fecho a porta e caminho em sua direção. Ele nem me dá tempo de falar nada.
— O Faith esteve no meu apartamento... — finalmente ele sorri e meu coração alivia — ele parece ser um bom rapaz.
— Como ele sabia onde você morava?
— Achei que você tinha dito a ele. — Nego com a cabeça e coço a lateral do meu rosto.
— Ele te faz bem? — ele me pergunta e posso perceber o tom de preocupação na sua voz.
— Faz pai. Muito bem por sinal. — Mordo meu lábio inferior e meu pai me fuzila com um olhar novamente. Merda!
— Não vou nem perguntar de que maneira. — Sinto minhas bochechas corarem.
— O que ele queria com você?
— Ele queria minha benção.
— Benção? — minhas pernas tremem e minha voz falha.
— É. Ele quer casar com você e foi até meu apartamento me pedir a benção... — não consigo esconder meu sorriso — eu não o reconheci de primeira, mas o identifiquei pelo nome.
— Você concordou não foi papai? — Sinto lágrimas se formarem na ponta dos meus olhos.
— Era pra concordar? — ele arqueia uma sobrancelha e está sério.
— Pai! — retruco.
— Tá bom, tá bom. Concordei sim. Espero que ele te faça feliz.
Pulo em seus braços como eu fazia quando tinha dez anos e o abraço forte ainda com meu sorriso estampado na cara.
— Obrigada pai. Eu te amo demais! — ele sorri e alisa minha cabeça.
Sinto meu celular vibrar no bolso de trás. É mensagem do Faith. Volto a ficar de pé e abro sua mensagem.
Faith: Se arrume, vou passar ai às sete. Sem atraso!
Olho a hora e são quatro e meia da tarde. Droga, não tenho muito tempo e nem sei aonde vamos.
Eu: Aonde vamos?
Faith: Surpresa e vai se arrumar!
Por que ele é tão mandão? Eu gosto disso. Meu pai se levanta.
— Bom, tenho de ir. — ele beija minha testa.
Levo-o até a porta e abro pra ele sair.
— Obrigada mais uma vez pai. — ele sorri.
— Só tome cuidado e qualquer coisa me ligue. — concordo e fecho a porta enquanto ele anda pelo corredor.
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Rose of Faith
RomanceA historia de romance entre um cantor (Faith) e uma menina pernambucana (Marte) tem inicio em um de seus shows. A historia desse casal esconde muitos mistérios e barreiras que só podem ser vencidos com a força dos dois. Uma historia fascinante que...