Faith.
Ela consegue me provocar com apenas um olhar e falando essas coisas consegue me deixar louco e completamente duro. As horas passam devagar e eu deixo a Marte estudar um pouco, enquanto isso tento dormir, não por cansaço, mas pra que esse tempo ande um pouco depressa. Sinto uma mão em minhas costas e abro meu olho devagar, esse toque é inconfundível e deixo escapar um sorriso discreto ao senti-lo. Ela se abaixa aproximando da minha cabeça e posso sentir sua respiração no me cabelo.
— Você está liberado... — ela diz com a voz baixa, mas por está tão perto deu pra entender perfeitamente.
Levanto-me devagar olhando para todos os cantos do quarto tentando despertar. Só quem está no quarto é Marte.
— Quem me liberou? — ainda não acredito que vou sair desse lugar. — Cadê o Sr. Muniz?
— O médico acabou de vir avisar. Já liguei pro seu pai, ele está vindo pra cá. — não o considero como tal, por ele não me considerar como filho.
Ela está arrumando minhas coisas, dai cai a ficha que realmente vou sair daqui. Meu peito já não dói mais, minha perna ainda dói um pouco. Uma enfermeira entra no quarto e sorri pra mim, vejo que Marte olha pra ela como se quisesse mata-la, mas não entendo o motivo.
— Está pronto bonitão? — acabei de descobrir. — Vou trazer a cadeira de rodas pra você. — ela sai do quarto e eu nem se quer a respondi.
Sr. Muniz entra no quarto com Sophie no braço. Desde a noite em que sair de casa ainda não tinha visto esse sorrisinho lindo.
— Papai! — ela grita e está com um sorriso como se tivesse acabado de ganhar um brinquedo. Solto um beijo pra ele e ela o devolve.
— Você vai para o hotel? — ele me pergunta.
— Não. — Marte me olha assustada — vou ficar na casa da Marte, ela vai cuidar muito bem de mim. — ele parece não ter gostado muito da ideia, mas não contesta por saber que eu não vou mudar de opinião.
— Então está certo. Ficarei com Sophie esta noite. — queria muito passar a noite com a Sophie hoje, mas acho melhor ela ficar com ele mesmo.
— Certo, amanhã de manhã leve-a pra casa da Marte. — lembrei que ele não sabia o enderenço — vou te mandar o endereço pelo e-mail.
Ele concorda com a cabeça e Marte já está com minhas coisas na mão para irmos. A enfermeira me ajuda a sentar na cadeira de rodas e esfrega os peitos nas minhas costas, Marte parece não gostar muito disso e torce sobre o punho. A enfermeira me empurra até a porta.
— Pode deixar que eu posso levar daqui. — ela está sorrindo mais é claramente forçado. Não consigo conter o sorriso e levo uma tapa no ombro.
Vamos no carro do meu pai, pois estou sem carro por conta do acidente. O bom é que eu não vou precisar mandar o endereço pelo e-mail. Ninguém abre a boca pra falar nada até o prédio.
Marte.
Ninguém foi no banco do carona, Faith está no meio, mas está dando atenção a Sophie o que é compreensível. Eu vou guiando o Sr. Muniz até o prédio, chegamos e descemos todos do carro. Pego a cadeira de rodas no porta-malas e a deixo pronta para Faith que está enchendo Sophie de beijo, eles são lindos juntos e ele é um ótimo pai. Sophie sai do carro para que ele possa descer e eu levo a cadeira de rodas pra perto da porta e o ajudo sentar, seu Isaac se aproxima pra ajudar e pega as malas de Faith.
— Não se esqueça de trazê-la amanhã pela manhã, quero matar a saudade dessa monstrinha. — ela ri e ele retribui.
— Vamos Sophie! — ela corre para abraçar o pai quando seu avô chama e logo em seguida entra no carro.
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Rose of Faith
RomanceA historia de romance entre um cantor (Faith) e uma menina pernambucana (Marte) tem inicio em um de seus shows. A historia desse casal esconde muitos mistérios e barreiras que só podem ser vencidos com a força dos dois. Uma historia fascinante que...