Capítulo trinta e dois

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Oi gente, tudo bem com vocês? Espero que sim!

Dêem uma olhada no aviso anterior gente, é importante. E fiquem ligadas no livro Madame do Crime que ainda essa semana sai capítulo novo...
Vamos a mais um capítulo de Madame do Tráfico? Siiiiim!

Boa leitura minhas Madames!

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- É parcero, chego a hora de tu contar pra ela.. - David deu dois tapinhas no ombro do Pequeno e saiu vindo pra perto do sofá e indo de encontro a Thay.

- Vamos pra casa Milena, a gente conversa lá.

- Eu não quero. Fale aqui! Na frente de nossos amigos.

- Por favor, vamos conversar em casa, é tudo que eu te peço. - implorou.

Olhei pra Thay e pelo olhar ela me encorajou a ir. Não sei se estou preparada pra ouvir mais uma dele, é sempre a mesma coisa. Ele me esconde as coisas e eu sempre descubro da pior forma, quando não tem mais jeito mesmo de não saber.

Saí da casa da Thay sem me despedir dos dois, e sei que eles entendem. Daniel saiu logo atrás e foi direto pra moto, subiu, ligou e eu logo subi atrás. Ele foi a mil pra casa, sem parar pra fala com ninguém.

Chegamos em casa e liguei logo pra minha tia e pedi a ela pra ficar com a Maria até o dia seguinte, não dei muitos detalhes, mas enfim... Sei que pelo meu tom de voz ela percebeu que era coisa séria e não me fez perguntas.

- Vamos Daniel! Tô esperando. - eu disse depois que desliguei a chamada e vi que ele não tava nenhum pouco afim de começar a falar.

- Tá cheia de marra pro meu gosto, tá querendo se criar pra cima de mim?

- Não, só quero a verdade.

- O que tu quer saber? Que tu não caiu da escada? No fundo tu sabe a verdade, fica com essa de fingida só pra fazer draminha...

- Meu Deus garoto, como tu é nojento, ridículo. - ele revirou os olhos. Eu realmente tava sentindo muito nojo do Daniel. Coisa que nunca pensei sentir. - qual o motivo deu ter ido parar naquele hospital Daniel?

- Tu sumiu o dia todo, eu fiquei te caçando o morro todo, botei os moleques tudo doido atrás de tu l no final tu aparece toda sonsa em casa dizendo que tava sentada em arvorezinha​ pensado na vida? Toma no cu né?! Quase morri só pensando no pior e tu lá. Minha filha, só quem é rico tem direito de sentar em arvorezinha pra pensar na vida, nós que é pobre tem que encarar a os tapas da vida de frente.

- Os tapas da vida? Ou os tapas que você me dá? - debochei - o fato de eu ter ido pensar na vida te deu que direito de me bater​?

- Eu não te bati - se defendeu.

- Então me fala! O que realmente aconteceu?

- Depois que tu chegou nós brigou, eu te proibi sair, falei que tu ia ficar trancada no quarto até segunda ordem, aí tu ficou chorando fazendo drama, veio se humilhar se agarrando nas minhas pernas, aí eu te dei um empurrão que tu voou longe.    

Mesmo ele narrando tudo o que aconteceu, eu não consegui me lembrar, mas sei que ele diz a verdade. Um ódio, uma raiva desenfreada foi crescendo dentro de mim e quando eu vi eu já tinha partido pra cima do Daniel. Eu tentava a todo custo bater nele, tentava dar socos nele, embora eu soubesse que nem cócegas deveria tá fazendo. E por mais bizarro que pareça, ele não revidou. Ele deixou eu bater nele. Como eu pude conviver tanto tempo com isso? Como eu não percebi antes o ridículo que ele era?

- EU ODEIO VOCÊ DANIEL, EU ODEIO ESSA NOSSA VIDA DE MERDA, EU ME ODEIO POR TER DEIXADO VOCÊ ME CAUSAR TANTO MAL, COMO PUDE ME SUJEITAR A ISSO? E EU TE ODEIO AINDA MAIS POR SER ESSE PORCO, ESSE SER IMUNDO, NOJENTO. - Eu gritava completamente descontrolada e fora de mim. Botando pra fora todas as minhas frustrações.

Madame do Tráfico ( Trilogia Madame)Onde histórias criam vida. Descubra agora