Capítulo vinte oito

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O restante da semana se passou sem muito contratempo, minha relação com o Daniel mudou muito. Eu perdi total confiança nele e nosso dia a dia que antes eu já achava chato e monótono, parece ter piorado. Ainda mais agora que a polícia tem colado aqui no morro, em três dias já rolaram duas invasões e das bravas, querem pacificar o morro de qualquer jeito. Agora o morro tá tendo até toque de recolher, os comércios ficarão fechados até segunda ordem, todos prisioneiros até que essa confusão toda acabe.

Se antes eu já não respirava, agora então, nem a cara no portão posso botar mais. Sei que é pra nossa segurança, mas isso é horrível, só quem vive que sabe, fora também o cagaço que eu fico de saber que me marido tá aí na rua trocando tiro com a polícia, meu coração se aperta a cada vez que ele sai de casa e tá sendo ainda pior pelo fato de estarmos brigados.

Quando o tiroteio começa eu agarro minha neném e fico dentro do closet com ela, é o lugar mais seguro da casa. Ali eu fico agarradinha orando a Deus, pra proteger meu marido e os meninos aqui do morro e claro as famílias dos policiais que arriscam a vida ali, não desejo mal a nenhum deles, mesmo sabendo que a maioria quer a cabeça empalhada do meu marido. Mas quem sou eu pra desejar o mal de alguém?

- Mama. - Maria apareceu na cozinha a grudou nas minhas pernas.

- Oi neném. - a peguei no colo e a enchi de beijinhos arrancando uma gargalhada gostosa dela.

- Coito e cuco.

- Misericórdia menina, tu almoçou ainda pouco e já quer comer biscoito e suco?

- Pu favô mama, muta fome, muta, muta. - não tive como não rir. Num guento essa menina.

- Tá bom, mamãe vai levar pra você, agora senta lá na sala pra ver a Luna. - coloquei no chão

- Una mama, una. - bateu palminhas e saiu correndo.

Como tinha dado almoço a ela a pouco tempo, optei por dar um danone a ela, ela não gosta muito de danoninho prefere danone daqueles grandes. Abri a geladeira, destaquei um fechando a geladeira logo em seguida, peguei uma colherinha e fui até a sala dar a ela.

Me sentei ao lado dela no chão, abri o danone e lambi a tampinha - de lei né - e peguei a colher pra dar a ela.

- Aqui filha. - disse apontando a colher pra sua boca.

- Naum mama. Meu?

- Sim filha, é teu. Toma.

- Meu, dá! - Tentou pegar da minha mão.

- O que tu quer guria? - perguntei confusa.

- Meu mama, da, meu.

- Você quer tomar sozinha? - ela assentiu. - então toma. Mas toma devagar em, pra não se melecar.

Ela pegou na minha mão e foi virando bem devagar... Ri muito, quase chorei de emoção. Corri na cozinha e peguei meu celular que tava perto do microondas, voltei pra sala e tirei uma foto dela.

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Publicação do Facebook

Milena Fonseca sentindo-se emocionada 😢 com Daniel Fonseca

Aí você percebe o quanto seu bebê tá crescendo quando ele pede pra tomar o danone sozinho.

#MeEmocionei #MeuBebêTáCrescendo #Quase2Aninhos #Maju #MamãeAmaeBabaMesmo

#MeEmocionei #MeuBebêTáCrescendo #Quase2Aninhos #Maju #MamãeAmaeBabaMesmo

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👍❤Kênya Fonseca, Daniel Fonseca, Natasha Pereira e outras 345 pessoas

Kênya Fonseca: Denguinho de vovó.

Daniel Fonseca: Papai ama d+ ❤

Thay Silva: Dinda vai morder muito essa neném sabida.
😍

DJ Silva: Daniel Fonseca tá cada dia maior essa grt, tamo fudido qnd ela fik + velha c esses zoi azul. Linda do Dindo ❤

Daniel Fonseca: Andar só de bazuca com ela irmão DJ Silva N vamo deixar marmanjo nenhum se aproximar.

Dj da Silva: Pdc irmão 😂

Milena Fonseca: Até parece 🙄🙄

Thay Silva: Até parece 🙄🙄/2

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Ultimo de hoje meninas! Não sei se vou conseguir postar esse fim de semana, mas prometo tentar... obrigada novamente a todos os votos e comentários.

Beijos de luz da Nina😘

🙄🙄/2

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Madame do Tráfico ( Trilogia Madame)Onde histórias criam vida. Descubra agora