Capítulo 6

4.5K 853 16
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Maya

A festa já estava ficando tediosa, Lauren sumiu com o Clarke e Mike estava sempre ao meu redor. Já era uma e meia da madrugada, quando resolvi ir embora. Eu não encontrava Lauren em lugar nenhum, Mike resolveu me levar para casa e depois voltar pra buscá-los.

Ela provavelmente estaria em algum quarto transando com seu novo namorado, e não seria eu que atrapalharia.

Eu segui Mike pela multidão de pessoas aglomeradas na sala de estar e jantar. Ele tomou minha mão na sua e me puxou, quando estávamos fora da casa, tropecei em uma garrafa de vodka e cai contra ele. Parecia cena de filme; a garota estabanada cai em cima do bonitão do time de futebol americano.

— Foda-se May. — ele sussurrou antes de colar sua boca na minha. E tinha um toque suave, sua língua de movimentava calmamente.

Eu me derreti em seus braços, que sustentava meu corpo mole. Sua mão apertou meu cabelo e seu corpo colou no meu, e que corpo. Podia sentir cada músculo em minhas mãos, ele era duro e tinha gominhos na barriga.

Quando nos separamos, estávamos ofegantes. Passamos alguns segundos com o olhar fixo, eu não queria ter um namorado esse ano, não queria me apaixonar e depois separar, mas ele era irresistível.

— Você não deveria ter me beijado. — sussurro.

— Você é sempre tão certinha, foi apenas um beijo. O problema sou eu não saber me controlar, quando estou perto de você viro outra pessoa, quero tanto você que chega a doer. E não estou falando no sentido sexual, sim no emocional.

— Eu prometi a mim mesma que não namoraria esse ano, nem me envolveria. — dei alguns passos para trás, até bater minhas costas na parede.

— Por que está se fechando assim? Eu sei que sou um bom partido. — ele dá um sorriso sedutor, desvio o olhar para não cair no seu charme.

— Eu tenho medo. — murmurei.

— Tem medo? Medo de quê? De ser feliz? De amar alguém?

— Tenho medo que as pessoas vão embora. Não posso suportar ver alguém partir e no final deste ano, você provavelmente irá para uma faculdade bem longe daqui.

— Podemos fazer inscrições na mesma escola. Eu entro com bolsa de futebol americano e você com de música. Não tenha medo, se você não arriscar, nunca vai saber o que vai acontecer no final. — Ainda continuava a olhar para o chão, incapaz de encará-lo. Ele levantou meu rosto, e aproximou seu rosto do meu.

— Podemos tentar.

— Então, vai namorar comigo? — Perguntou todo esperançoso.

— Não. — seu olhar caiu e seu sorriso se fechou. — Mas podemos tentar, nada de rótulos por enquanto. Eu sou a Maya e você é o Mike, e estamos nos conhecendo.

— Isso é melhor que nada. — ele voltou a sorrir e logo em seguida me beijou.

Eu prometo não me apaixonar este ano.

Eu dificilmente não cumpria com as minhas promessas e desta vez não seria diferente. Mike me levou até seu carro e fomos embora. Durante todo percurso ele falou animado, estava feliz com o nosso passo.

Sabia que durante as próximas semanas ele faria de tudo para me agradar e fazer nosso "relacionamento" evoluir. Faz muito tempo que não sou conquistada, tentei não ficar ansiosa, mas era impossível.

Quando paramos em frente à minha casa, ambos ficamos em silêncio. A luz da varanda estava acesa, meu pai estaria me esperando na sala, então não poderíamos ficar esperando muito tempo aqui no carro.

— Levará Lauren em segurança para casa?

— Sim, pode deixar. — o silêncio continuou, até que ele saiu do carro, deu a volta e abriu minha porta. — Por favor, saia madame.

Tirei o cinto e com o seu auxílio sai da BMW, ele me levou até a porta da minha casa e antes de entrar, me deu um breve beijo.

— Tenha uma boa noite de sono, minha não namorada. — um sorriso surgiu em meu rosto, entrei em casa nas nuvens. Ele podia ser um verdadeiro lorde, sendo gentil e amável.

Papai estava na beira da escada me olhando.

— Foi bom o encontro?

— Não foi um encontro papai, só uma festa. — ele me fitou por um tempo, então abriu um sorriso.

— Está namorando aquele garoto? — sua voz era grosa e sempre me dava arrepios.

— Não, papai.

— Mas vocês se beijaram antes de entrar!

— Papai, você estava nos espiando. — resmunguei brava, mas parte de mim sabia que isso aconteceria.

— Não, estava admirando minha rua, quando os vi. — torci os lábios e suspirei.

— Jovens se beijam o tempo todo sem estarem namorando. — ele me olhou desconfiado e se aproximou, com passos curtos.

— Você não é qualquer jovem, não deixe que os meninos a façam de besta.

— Fica tranquilo, todos os meninos desta cidade me respeitam, como você mesmo diz: " ninguém tem peso de aço."

— Acho bom. — ele faz uma careta de malvado e caio na risada. Ele me puxa para um abraço apertado e suspira. — Você é a coisa mais preciosa pra mim.

— E a mamãe?

— Também, mas sinto amores diferentes por vocês. Eu, como pai, não posso deixar de te proteger. Tudo que faço em minha vida, cada passo que dou é por causa desta família e pode não parecer, mas o que aconteceu com seu irmão, Edmundo, me machucou profundamente. — ele não aguentou e acabou chorando, as lágrimas escorriam pelo seu rosto. Meu coração se apertou.

— Oh papai, tudo ficará bem.

Depois desse momento pai e filha, subo para o meu quarto. Passo os próximos dez minutos sentada na minha cama, olhando para o meu guarda-roupa e pensando em tudo que aconteceu hoje.

Minha cabeça gira em torno de Mike e Luke. Estava atraída por Mike, eu provavelmente cairia em seu charme, mas Luke, esse maldito detento me atormentava. Todas as minhas noites sonho com um homem, ele me assombra.

Luke me despertava curiosidade e luxúria. Sentia-me encantada com todo o mistério ao seu redor e como suas cartas sempre me afetavam. Eu queria pode tirar todo o sofrimento dele, que se descreve como um homem obscuro.

Já Mike, me deixava encantada, gostava dele por perto, mas perto demais me incomodava. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, estaria eu, ficando obcecada por um detento que nem conhecia?

Provavelmente, pois a partir do momento que ele respondeu minha carta, a minha vida mudou para sempre e sentia que isso permaneceria no futuro.

Senhor Perigoso - DEGUSTAÇÃO - 1º - Série SenhoresOnde histórias criam vida. Descubra agora