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- Tem alguém aqui?! - Neide já se encontrava próxima do armário, onde supostamente tenha saído aquele ruído.

Luísa vai até a mesma me puxando consigo. E já desferindo um tapa na cara da oxigenada. A mesma põe a mão no rosto alisando o local acertado.

- AII - O projeto danificado da Melody geme. - Você tá louca?

- A única louca aqui é você Neide. Aliás ninguém tá fazendo ritual satânico pra você aparecer, Capeta. - Falo indignada.

- Credo! - Murmura. - Ei! Você não tem direito de me tocar com suas patinhas imundas - Fala se referindo ao tapa de Luísa.

- A única imunda aqui é você. - Lu retruca.

- Ah sua.... - Ela dá um tapa no rosto de Luísa, fazendo a mesma se afastar. Em seu rosto encontra-se as marcas dos dedos de Neide. Empurro a garota, fazendo-a cair sobre o lixeiro.

- Lugar de merda é no lixo, se põe no seu lugar!

Ela se levanta e pula em cima de mim. Fazendo-me cair e bater a cabeça no chão. Por conta da pancada permaneço um pouco tonta. Enquanto isso Neide aproveitava para me agredir.

Ao ficar mais estável cuspo na cara da mesma, puxando seus cabelos. Luísa estava entrando em pânico, pois provavelmente eu estava sangrando. Gabi e Lari são as mais quietas e saíram correndo da sala.

Neide dá um soco em meu rosto, e por sua péssima mira, acabou por acertar minha boca. Sinto sangue escorrer por meus lábios, me deixando mais irritada.

A empurro no chão e fico por cima dela, dando tapas repentinamente em sua face.

A porta da nossa sala é aberta violentamente, revelando a inspetora visualizando a cena super amigável que acontecerá.

Luísa já chorando de desespero corre pra fora da sala. Deixando apenas eu, Neide e a inspetora.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO? - Ela vociferou com os olhos semicerrados apenas nos encarando. Eu e Neide nos entre olhamos e permanecemos caladas. Por trás da inspetora pude perceber Gabi, Lari, Emilly e Luísa com os olhares preocupados sobre nós. A única ausente era Kate, onde ela está?

Me levanto com um pouco de dificuldade, saindo de cima de minha "colega". Ela também se levanta e a inspetora apenas nos encara, incrédula.

- Eu quero as duas, na direção!

Sem mais nem menos caminho com dificuldade para a direção, juntamente a mim vinha Neide e a inspetora. As meninas tentavam ficar próximas para declarar seu testemunho a diretora, caso precisasse. Mas era inútil, pois a inspetora viu o que viu e nada iria disfarçar a quantidade de sangue presente em meu rosto e no de Neide.

Bato levemente na porta e escuto um "Entre" de dentro do cômodo. Abro a porta lentamente e sento-me em uma das cadeiras em frente a diretora. Neide faz o mesmo e por fim a inspetora se faz presente.

- Então... O que aconteceu? - A diretora pergunta um pouco espantada com a nossa situação.

A inspetora relata tudo o que viu e que teve que lidar. Sem nem ao menos dar chance para contar a versão completa da história. A diretora me encara surpresa, poia nunca foi de meu feitio agredir alguém. Com Neide ela já estava acostumada com as inúmeras vezes que teve que suspende-la.

- Eu sei que deve ter acontecido algo para vocês terem chegado a esse ponto. - Ela nos encara, pronta para começar o típico sermão. - Mas agressão é agressão, e independentemente dos motivos para tal ato, a escola tem que cumprir o papel de penalizar os agressores.

Like a Dream ★ J-Hope ( Hiatus )Onde histórias criam vida. Descubra agora