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- Quem é? - Faço-me de desentendida, na esperança de que não fosse a pessoa que eu pensava.

- Então... a pessoa que você mais ama nesse mundo!

- Cai fora! Você não é J-Hope. - Tiro suas pequenas mãos de meu rosto, revelando Lucas.

O mesmo ri em um tom de deboche e se senta ao meu lado.

- Você gosta de se iludir mesmo, ein? - diz pegando o livro de minhas mãos e o folheando.

- O que eu deixo ou não deixo de fazer, não te interessa.

- Primeiro... - Fala posicionando o livro em cima da mesa e voltando sua atenção a minha pessoa, com a testa franzida. - No dia que você ao menos pegar o número desse "J-Hope", eu te levo nos próximos shows de K-Pop no Brasil.

Começo a me entusiasmar, aliás quem fazerá uma promessa assim a alguém?

Mas logo a ficha caiu. Até porque Jung Hoseok é um K-Idol, que mora na Coréia do Sul, que fala uma língua muito diferente da minha.

Quanto a língua não haveria tantos problemas. Meu coreano não era um dos melhores, mas também desde menor praticava com meu pai. Era o bastante para se virar na Coréia.

Assim que conheci minhas amigas, as viciei no K-Pop e logo "tentei" ensinar o básico do coreano a elas.

Elas aprenderam muito rápido, menos Lu - que não sabe falar nem um "Olá" corretamente.

Mas ela se virava, aliás a mesma possuia uma fluência em inglês.

Voltando ao assunto...

Mesmo que eu não conseguisse, valeria a pena ao menos tentar.

BlackPink e K.A.R.D. planejavam uma turnê no Brasil, hora de tentar me garantir.

- Eu aceito! - Falo estendendo a mão para selar o acordo, e assim ele faz o mesmo.

- Sabe que se perder você vai ter que queimar aquele caderninho tosco, né? - Arqueia uma de suas sobrancelhas.

... posso comprar um caderno muito parecido e queima-lo. Ele não vai saber.

- Tá e qual é meu prazo?

- Ah você vai ter muito tempo! - Diz ele já se levantando. - Vou cobrar só depois das férias.

- Ótimo! - Digo já pensando em possíveis maneiras de como conseguir um número de um K-Idol.

Não deve ser tão difícil assim. Deve?

- E nem pense em trapacear, se não eu mesmo queimo aquilo! - Diz fazendo meu cu trincar.

- E-eu? Tra..pacear? Nunca! - Digo gaguejando. Merda!

- Aliás Molly... - diz fazendo uma pequena pausa e apontando pro meu livro. - Ele morre no final.

Só deu tempo do meu queixo cair. Logo ele se distancia, rindo de minha reação.

Pego o livro em uma grande velocidade e pulo para as última páginas, na esperança de que fosse mentira.

Mas não...

Era a verdade mais nua e crua.

Termino de ler o livro naquele instante mesmo, não faltava tantas páginas para acabar.

E lá estava eu... em lágrimas.

O sinal dispara sinalizando que o intervalo havia acabado. Junto meus pertences e vou ao banheiro lavar meu rosto.

Mas era inútil! A cada segundo eu só chorava mais e mais.

Sempre fui muito sensível, se você tentasse falar qualquer coisinha de mim eu me despedaçava.

Like a Dream ★ J-Hope ( Hiatus )Onde histórias criam vida. Descubra agora