Capítulo 19 - "Para você todo o meu amor"

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A verdade que buscamos está em nossos olhos e não em nossa boca. A boca fala o que quer e o que a raiva nos dita naquele momento mais a verdade é vista em um único lugar, nos olhos!

Reta final...

- Você... – ela sorriu lindamente para ele. – Inês...

- Amor, é só uma suspeita ainda preciso fazer os exames! – ele se agarrou ao corpo dela sorrindo feliz e foi nesse momento que eles ouviram dois tiros vindos em direção a eles. - Victoriano... – a voz dela ecoou e ela se agarrou a ele.

- Então é aqui que se encontra com sua vadia! - Débora atirou mais uma vez.

Victoria no olhou Inês e tomou em seu rosto desesperado.

- Você esta bem? - ela assentiu assustada e ele virou a cabeça e olhou Débora apontando a arma para eles. - Fica aqui! - tentou se soltar.

- Não, Victoriano, ela não vai te ver assim nu! - falou já toda enciumada.

Não era momento de rir mais ele riu e beijou os lábios dela com amor mostrando a Débora que ali ela nunca mais teria vez, mas Inês recuou com medo dela atirar novamente e mesmo não querendo que ele fosse até ela, Inês o soltou. Victoriano nadou até a margem onde estava Débora e a encarou.

- Você esta maluca? - saiu da água e caminhou até a camionete que não estava longe segurando o membro pra que ela não o olhasse.

Débora o olhou ir ele era um "velho" perfeito e isso ela não poderia negar e naquele momento sentiu desejo de verdade em estar com ele e o seguiu com seu olhar até que ele colocou a cueca e a camisa pra encarar ela.

Victoriano voltou com fúria nos olhos e tomou aquela arma da mão dela e jogou no rio para que as águas a levasse e a segurou pelo braço com brutalidade a chacoalhando.

- Você só pode ter ficado louca mulher ou não teria atirado em mim e na minha mulher! - ela deu um tapa na cara dele.

- Sua mulher sou eu! A mãe abandonada de seu filho sou eu Victoriano. Eu. - começou a chorar. - Você não me respeita mais e fica de aventura com essa criada que não pode te dar o que eu estou te dando que é o seu filho homem! - alisou a barriga que ja apontava.

- Eu quero que você vá pra casa Débora e depois nos vamos conversar! - ela ia reclamar. - Não me faça te arrastar daqui e você passar ainda mais vergonha porque eu estou te poupando de passar uma maior ainda. - falou sério e a soltou.

Débora bufou e olhou para Inês com mais ódio ainda e saiu aquilo não iria ficar assim e ela já sabia o que fazer somente para castiga-lo e porque não matar aquela criança que estava em seu ventre? Ela sentou no banco de seu carro e olhou aquela pequena barriga será que tinha coragem? Suspirou e foi embora.

Victoriano a olhou ir e voltou a tirar sua roupa e pulou na água indo até Inês que estava desconfortável com aquela situação mais ao sentir os braços dele a puxar para ele, ela riu e ele a beijou. Inês o enlaçou tanto com os braços como com as pernas mesmo depois do susto ela não queria perder aquele momento mágico em que os dois seriam pais, ela cessou o beijo e o olhou nos olhos.

- Você vai me dar um filho Inês, um filho! - falou todo orgulhoso.

- Vamos zerar uma história para começar uma nova meu amor! - sorriu lindamente para ele.

Victoriano a olhou sorrir e naquele momento se lembrou das palavras de Loreto dizendo que teve um outro filho e seu rosto mudou e ele ficou sério, se queria começar uma história nova teria que fechar todas as portas de um passado turbulento e doloroso. Inês o viu mudar e sentiu em seus estômago uma pressão nada boa.

- O que foi? - acariciou o rosto dele.

- Acho que agora é a hora de nós dois conversar meu amor! - Inês apenas assentiu confirmando.

Inês não sabia o que ele queria conversar mais pelo rosto dele sentiu que era grave. Victoriano saiu da água junto a ela e deu a ela uma toalha que sempre tinha em seu carro para que ela se secasse, Inês o secou também e eles se vestiram e sentaram em baixo de uma árvore com ela no meio de suas pernas um pouco de lado com a cabeça deitada em seu peito, Inês podia sentir o coração dele bater forte e o olhou.

- O que quer saber Victoriano? - ele a olhou e beijou sua testa acariciando seu cabelo.

- So quero que me diga sim ou não somente para começarmos essa conversa tudo bem? - Inês assentiu e ele suspirou. - Loreto disse que você teve outro filho além de Emiliano, isso é verdade?

Inês sentiu o sangue frio o maldito estava fazendo de tudo para que Victoriano a deixasse mais ela não ia permitir que isso acontecesse e depois de um longo suspiro ela confirmou.

- Sim... - Loreto em sua intenção de maldade apenas ajudava Inês a se livrar de todos os fantasmas de seu passado. - Eu tive outro filho! - esperou a reação dele.

- Era meu? - perguntou num fio de voz.

- Eu não sei! - abaixou a cabeça.

- Como não sabe Inês? - queria gritar mais se manteve firme ou ela não falaria mais e ele precisava saber.

- Eu descobri que estava grávida logo depois que eu te deixei pelo que Loreto me fez e eu não tenho certeza se era seu ou dele! - seu coração apertou.

- Onde essa criança está? Podemos descobrir com um exame Inês! - os olhos dela se encheram de lágrimas.

- Morreu... - Victoriano se desesperou assim como ela. - Um dia Loreto chegou tão bêbado e me bateu tanto que quando eu acordei no hospital ele disse que meu bebê tinha morrido.

- Desgraçado! - esbravejou e a trouxe para seus braços a apertando e confortando.

- Ali diante do meu sofrimento ele gritou que era mesmo melhor que aquela criança tivesse morrido assim ele não corria o risco de criar um filho que não era dele. - soluçou. - E foi ali que eu senti que aquele filho era nosso Victoriano mais eu não pude nunca ter a certeza e muito menos sentir o corpinho do meu filho em meus braços nem por um segundo se quer.

- E onde ele está? Onde você enterrou? Eu quero ver Inês! - Inês o olhou e ele secou suas lágrimas. - Por favor...

Inês nada mais disse apenas levantou com ele e os dois seguiram para o cemitério a tempo tempo não visitava aquele pequeno túmulo que a enchia de dor que quando chegou diante do túmulo, ela chorou amargamente ali estava a confirmação de seu amor, ou melhor, não estava mais ela não sabia ainda porque a maldade de Loreto estava ali os rondando e ele não pararia até conseguir a sua mulher.

Inês deixou o ramo de flores e ajoelhou tirando algumas folhas secas de cima e depois olhou para Victoriano que também ajoelhou ao lado dela e segurou em sua mão com forma mostrando a ela que estava junto para tudo.

- Sofreu também morenita somente por medo de falar, mas eu quero que saiba que mesmo que essa criança não fosse minha eu iria amar porque ela vinha de você, não importa como ela foi concedida se por nosso amor ou pela covardia de Loreto, ela teria sido nossa se não fosse o seu medo ou a minha covardia e orgulho de não ter ido atrás de você.

Inês se abraçou a ele e novamente chorou ele estava certo o seu medo se ser julgada estava condenada a privou de criar um filho, mas ela não podia mais mudar o que passou apenas podia concertar o que vinha de agora em diante e com Victoriano ao seu lado a vida seria ainda mais fácil e se perdoar seria uma questão de tempo.

- Eu amo você morenita e a partir de hoje quero que me prometa aqui diante desse túmulo que apenas seremos felizes e juntos sem mentiras sem medo de dizer o que sente. - secou as lágrimas dela. - Vamos viver o nosso amor de agora em diante! - Inês deu um pequeno beijo nos lábios dele e sorriu.

- Para você todo o meu amor Victoriano Santos.

Ele sorriu e os dois se abraçaram forte, selando aquela promessa de um novo começo para um final ainda incerto...

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