15/06/2017 00:15

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As vezes a vida ainda me impressiona. Mesmo sendo tão previsível, tão clássica, ela ainda está viva para mim. Depois de 17 anos, que já não é pouco tempo, ela ainda está viva. Mas, passou a sobreviver, não a pouco atrás. Desde a época da escola, quando você tem seus primeiros contatos com outras pessoas, você é obrigado a aprender a sobreviver. E isso vai aumentando os níveis, passa a custar caro, a pagar impostos. A pular abismos enormes. A caminhar com seus medos e matar alguns dos seus sonhos. Pois é, a vida é dura.

Como diz aquele ditado "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". Tantos socos e esporros levados que uma hora chega a sua hora, hora de partir, o tempo já lhe deu o tempo necessário, e você vai. Só vai. Ninguém sabe. Como o futuro, que amanhã será presente, e depois passado. E assim vai. Só vai. Os presentes passam, e se tornam meros momentos.

Eu já deveria ter ido dormir, amanhã viajo cedo, ou melhor, já é mais de meia noite, então, mais tarde viajo cedo. Que irônico. Sempre estamos indo tão cedo, "morrendo tão cedo". Talvez amanhã eu faça essa viagem também. Cedo. O que pode ser medido como cedo ou tarde se não temos um fim definido? Que seja! Só sei que viajo cedo.

Memórias do meu futuro esquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora