Hoje é mais um daqueles dias que esse horário costumam ficar mais sem sentido ainda. Estou trocando de música toda hora há vários minutos, e nada parece ter algum sentido. Minhas palavras estão perdidas, tão confusas. Penso sobre tudo e termino sem conclusão de nada. Penso sobre a vida, a morte, o nascimento, o suicídio... Bukowski disse em uma de suas obras algo como 'A morte é uma bola de papel que eu jogo na parede e a ponho no bolso.' O suicídio, para mim, posso dizer que brincamos de pega-pega. E até hoje não 'está comigo.' Para um velho sexagenário esse tipo de pensamento não é tão alarmante. Só que eu tenho 17 anos. Seria mais fácil se agora eu estivesse correndo atrás de uma menina. Ou pensando em acordar amanhã e ir pra academia. Mas parece que eu já aprendi tudo antes de passar pelas aulas.
Seria eu um adolescente depressivo? É sempre mais simples acharem uma prateleira com o que seria nosso adjetivo pra eles nos rotularem. Não. Eu não tenho depressão. Todos nós precisamos de ajuda, mas estamos tão no grito de socorro que não percebemos que podemos ajudar a nós mesmos. Eu sou um dos que decidiu tentar resolver seus problemas íntimos sozinhos.
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Memórias do meu futuro esquecido
PoesiaCom uma forte influência após ler o livro "O capitão saiu para o almoço" de Charles Bukowski, decidi escrever essa obra em forma de diário, com poesia adicionada ao meu cotidiano. A vida nua e crua mesclada com uma poesia revestida de melancolia e s...
