13/07/2017 00:17

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Se existe algum lugar do mundo, que fique entre a felicidade e a depressão, esse lugar se chama amor. É a linha mais tênue entre o céu e o inferno. Um caminho que você começa a trilhar sob uma intensa névoa, onde tudo que consegue ver é um abismo à direita e à esquerda. Mas pode ser uma porta de escape também. Um lugar, ou forma de pensar que dá cor as coisas, deixa tudo mais emocionante, mesmo que seja só por alguns momentos.

Há um ano e meio atrás eu estava nas férias, em casa, no meu quarto, ouvindo Elliott Smith, sem motivo algum pra sorrir. Hoje, estou novamente em época de férias, novamente no meu quarto, ouvindo esse violão e a voz solitária desse artista. Possuo um motivo para sorrir, mas não o faço. Percebo que, realmente, sou eu, eu, o culpado por eu ser quem sou. Procuro tanto por algo real e feliz que, quando acontece, passa a ser duvidoso para mim. É um círculo vicioso que deve acabar como outros vícios: com a morte.

E acabo esse texto com um trecho de Needle in the hay: Eu não consigo resistir a mim mesmo...  

Memórias do meu futuro esquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora