Caramba. Agora me dei conta de que a última vez que escrevi algo aqui já faz mais de 4 meses. Bom, resumidamente, pode-se dizer que eu vivi e sobrevivi. Nada de diferente de todo o resto do tempo. Chorei várias vezes, e por mais vezes sorri e fiz pessoas sorrirem.
Percebi que tudo na vida é uma questão de atuação e teatro. Não consigo acreditar em algo diferente do qual cada um de nós temos personalidades, máscaras, que trajamos de acordo ao que título da peça está na fachada, e do que a plateia deseja assistir. E você define se quer seguir o roteiro ou, naquele instante, deseja jogar tudo pra cima. Mas não deixa de ser uma questão de atuação.
Eu, pessoalmente, sem nem um pouco de narcisismo, me considero um ótimo ator, o que chega a ser algo prejudicial à mim. Quando a noite chega e as cortinas se fecham, a única pessoa que está no banco, esperando que eu faça algo, sou eu mesmo. E como é difícil me satisfazer. Não porque só desejo o extraordinário ou nunca estou satisfeito, mas porque quando o teatro está vazio, cada pensamento ecoa muito facilmente, e incomoda quem está do lado de fora, quem não está nem um pouco afim de particularidades como as minhas.
E qual o preço da entrada? Bom, é o quanto cada um está disposto a se envolver comigo, e com um espetáculo tão canalha e profundo. Não me entristeço se no fim de uma atuação, sejam jogados tomates e lixo no palco, afinal, isso é o que todos jogarão quando estiverem mortos, quando souberem que a vida é um laço que aperta até sufocar a si mesmo.
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Memórias do meu futuro esquecido
PoesíaCom uma forte influência após ler o livro "O capitão saiu para o almoço" de Charles Bukowski, decidi escrever essa obra em forma de diário, com poesia adicionada ao meu cotidiano. A vida nua e crua mesclada com uma poesia revestida de melancolia e s...
