Sinto saudade do tempo em que eu cheirava a espírito adolescente. Em que tudo era cinza e eu gostava de manchar com cores escuras. O impossível era apenas questão de tempo. Agora, o possível se tornou um tédio. Um pedra que vou chutando a cada dia, até cair num precipício. Quem eu era era tudo que eu queria ser, e só percebi agora que sou outro alguém. As ruas faziam a história. Caminhava e não sentia o peso da vida. Não acreditava que poderia chegar onde cheguei. Hoje, nunca queria ter saído. Perdi o que eu acreditava não ter. Sinto falta do que não sentia prazer.
Você pode achar que eu sou um sonhador, mas já vivi nestes meus sonhos. Não havia cortina entre a realidade e o que eu sonhava.
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Memórias do meu futuro esquecido
PoetryCom uma forte influência após ler o livro "O capitão saiu para o almoço" de Charles Bukowski, decidi escrever essa obra em forma de diário, com poesia adicionada ao meu cotidiano. A vida nua e crua mesclada com uma poesia revestida de melancolia e s...