"Você tem uma mente muito criativa." Alguns diziam. Mas o que eles faziam eram aproveitar e querendo ou não, criavam era demônios em minha cabeça.
Eu poderia ter usado tudo isso melhor. Eu tentei. Mas sempre acabo no fim limpando a merda que fica para trás. E eles pouco se importam onde estão cagando.
Me chamam de poeta, artista. Mal sabem que eles calados são poetas, imóveis são grandes artistas. Já deveriam ter percebido que cada um na sua é melhor do que todo mundo na mesma. Mesma chatisse, mesmice. Não há mais nenhuma novidade. Parece que vivemos num museu de exposição repetida há milênios.
Os pilares da minha sobrevivência até hoje são: a música, alguns amigos e eu mesmo. Minha esperança está no fato de saber que tudo é ruim, e existe uma pequena parte onde parece que o clima fica colorido, mesmo que seja uma miragem.
Minhas noites tem sido as mesmas. Meu alter ego dando seu cartão de visitas quando eu estou só. Solitário de espírito. Quando a música se torna uma estação de rádio sintonizada na catástrofe da cidade.
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Memórias do meu futuro esquecido
ŞiirCom uma forte influência após ler o livro "O capitão saiu para o almoço" de Charles Bukowski, decidi escrever essa obra em forma de diário, com poesia adicionada ao meu cotidiano. A vida nua e crua mesclada com uma poesia revestida de melancolia e s...