São quase uma da madruga. E hoje, agora, realmente eu estou só. Esperando, não sei pelo que. Algo que me faça sentir que está na hora de ir dormir. Porque até agora, não faz sentido ficar acordado. Mas eu estou. Não faz sentido continuar fazendo o que estou fazendo. Mas eu quero. Parece ser a minha vez. Quero tentar, errar, ou talvez acertar. Quero ter o prazer de perder para aprender a me render à mim mesmo. Às minhas falhas. As horas perdidas. Não gosto do jeito que as coisas tem me enforcado. Por mais que eu tente folgar a corda da minha própria marionete, mais forte fica o nó na minha garganta. É ruim ter a consciência de como tudo vai acabar. É ótimo não pensar em como começar.
Minhas palavras estão se repetindo, acho que é só isso eu tenha a deixar aqui. Minha marca sempre foi essa. Apagada. Só é possível ser vista por quem não deseja vê-la, mas acaba percebendo. Por acaso. Meu certo descaso pela vida. Não por falta de amor à ela. Sempre esperei o pouco. O muito é muito fácil de se perder. E eu já tenho a minha perdição para tomar as dores.
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Memórias do meu futuro esquecido
PoesíaCom uma forte influência após ler o livro "O capitão saiu para o almoço" de Charles Bukowski, decidi escrever essa obra em forma de diário, com poesia adicionada ao meu cotidiano. A vida nua e crua mesclada com uma poesia revestida de melancolia e s...