Capítulo 63 - Você não se livrará de mim tão cedo...

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"Ouço sirenes da ambulância e da polícia. Fico parada apenas olhando para as duas pessoas que eu amo deitadas e com os olhos fechados.

Sinto braços me envolverem, mas eu não quero sair dali. Não quero deixar eles sozinhos... Então começo a me debater, até que sinto uma enfermeira aplicar uma agulha no meu pescoço.

Então começo a me acalmar e meus olhos começam a pesar e a se fecharem a cada segundo, e a última coisa que vejo antes de ser colocada em uma maca da ambulância é o corpo de Skyler sendo colocado na outra ambulância... e Eduardo...?

Penso e então caio na inconsciência não encontrando nada além do silêncio e da escuridão"

...

« Capítulo de Hoje »

_Bianca'Pov_

Como aqui é frio e silencioso...
Provavelmente aqui é uma espécie de esquecimento ou algo do tipo!
Não posso ficar aqui
Tenho que acordar!

Todas as moléculas do meu corpo tentam se agitar e reagir. Consigo mexer um dedo e com mais concentração consigo abrir os olhos minimamente, vendo filetes de luz. Meu coração começa a acelerar e então consigo ouvir tudo ao meu redor, o bipe da máquina que monitora os meus batimentos cardíacos e a voz da minha mãe... mamãe... como senti falta da senhora...

Ao conseguir abrir totalmente os olhos, primeiro vejo uma luz muito forte que quase me cega, então fecho os olhos novamente. Alguns segundos depois, os abro novamente e consigo ver uma mulher, de idade média, de cabelos longos, rosto fino e que tinha os olhos sem brilho. Era minha mãe.

— Ma... Mãe...?
Digo com a voz fraca. Ela me olha e seus olhos voltam a brilhar instantaneamente
— Filha! Você acordou! Espera aqui, vou chamar o Joshep para examinar você.
Disse sorridente e antes de sair deu um beijo na minha testa

Alguns minutos se passaram e eu ouvi a porta ser aberta e dela saíram, minha mãe e Joshep.

— Bianca! Fico feliz que tenha acordado, agora vou examinar você, tudo bem...?
Disse se aproximando de mim. Apenas assenti e eles faz em mim aqueles procedimentos médicos
— Você está bem, então pode ir para a sua casa quando quiser.
— Obrigado.
Digo e então flashbacks vem a minha mente em uma velocidade surreal

— Skyler...? Como ela está?!
Eduardo...? Onde eles estão?!
Digo ficando um pouco alterada
— Calma Bianca! O Eduardo passou por uma cirurgia no ombro para retirar a bala, mas agora está estável.
Disse e eu suspirei aliviada
— E a Sky...? Ela também está bem?!
Digo o encarando

— Sim, ela está bem, mas está em observação e ficará aqui por uns dias.
— Eu posso vê-la?! E posso ver o Eduardo?!
— Bom, não pode ver a Skyler agora, porque ela está medicada, mas Eduardo está acordado então pode vê-lo se quiser.
— Eu quero.
Digo sorrindo

— Ang, você pode ajudar ela a se levantar!?
Pergunta olhando para minha mãe
— Claro Joshep! Vem filha.
Disse me levantando daquela cama de hospital lentamente. Consegui ficar em pé e sorri aliviada
— Joshep... Qual o quarto do Eduardo?!
Pergunto ansiosa indo até a porta

— Calma! Eu vou te levar até lá.
— Vamos, logo por favor!
Digo ansiosa o puxando para fora do quarto

Andamos polo corredor do hospital, e então ele parou de frente a uma porta com o número 612.

— Bom,  É aqui. Vou deixar vocês sozinhos.
Disse e eu assenti. Então ele saiu e me deixou sozinha. Suspirei e segurei a maçaneta da porta e a girei.

Me deparei com Eduardo, que parecia bem, exceto pelo curativo enorme no ombro. Ele estava acordado e fitando o teto como se estivesse entediado.

— Atrapalho, o seu momento super alegre...?
Pergunto irônica e ele se vira na minha direção ao escutar minha voz e sorri.
— Não, você nunca atrapalha.
Disse com a voz suave. Andei em direção a ele e parei de frente para ele.
— Fico feliz que esteja bem, você me deu grande susto, sabia?!
Digo séria me sentando na cama onde ele estava deitado. Então ele abre um sorriso lindo.

— Imagino, você não viveria sem o gostosão aqui.
Disse se gabando e eu dei um tapa leve no meio do peito dele. Ele sorriu novamente.
(N/A: desculpa, mas um lindo como o Eduardo, tem que sorrir muito mesmo)

Ele puxou minha cintura me fazendo ficar a centímetros dele e então colou sua boca na minha em um beijo digamos “desesperado”, afinal duas semanas sem saber da namorada é péssimo. Separei meus lábios dos seus quando o ar me faltou. Abri os olhos, e me deparei com os olhos dele me fitando carinhosamente.

— Não sei o que faria se não encontrasse você...
Disse suspirando passando uma de suas mãos pelo meu rosto carinhosamente.
— Imagino, você não viveria sem a gostosona aqui.
Digo repetindo a sua fala e dando uma piscadela
— Ata. Você sabe, sou lindo e gostoso posso muito bem arrumar uma nova namorada...
Disse me provocando. Estreitei os olhos e o fuzilei furtivamente.

— Bom, se é assim, pode começar a procurar!
Digo irritada me levantando.

Quando me levantei da cama, sinto ele puxar meu braço delicadamente, me fazendo sentar no mesmo lugar de antes. Revirei os olhos e cruzei os braços.

— Calma estressadinha, só estava brincando! Quando vai entender, que eu só tenho olhos pra você...?
Diz dando aqueles famosos sorrisinhos sexys que eu não resisto e ele sabe muito bem disso (N/A: aqueles sorrisinhos lindos igual do Damon)

— Deve dizer isso para todas...
— Bom... Não pra todas, talvez umas quatro ou cinco.
Disse e eu dei um tapa em seu braço.
— Você fica estressada muito rápido, sabia?!

— O que eu posso fazer?! É o meu jeitinho!
Digo dando de ombros
— E apesar de tudo, eu amo o seu jeitinho.
Disse com a voz rouca próxima ao meu pescoço o que me deixou arrepiada
— Mesmo...?
— Mesmo...
Disse em tom de sussurro e deu um beijo no meu pescoço

— Para! Estamos em um hospital!
— E o que eu estou fazendo demais?!
Disse dando um sorriso estilo cafajeste. Olhei pra ele com um olhar de “eu não estou brincando”

— Okay okay...  Eu me rendo...
Disse levantando os braços em sinal de redenção

— Besta!
— Chata!
— Chato!
— Feia!
— Feio!

— Te amo.
Disse olhando no fundo dos meus olhos enquanto colocava as mãos na minha cintura possessivamente
— Também te amo.
Digo e sinto novamente os seus lábios nos meus.

A sensação de calma, felicidade e harmonia que ele me causa é inexplicável e surreal e eu amo isso. Amo o jeito que ele me olha, o jeito que implicamos um com o outro e no fim acabamos sempre com um “eu te amo”. É, pelo jeito, Eduardo Albuquerque você não se livrará de mim tão cedo, até porque não vou deixar isso acontecer.

A Nerd e O Popular - O Amor Vence Qualquer Barreira?! (Livro |)Onde histórias criam vida. Descubra agora