A Nerd e O Popular - O Amor Vence Qualquer Barreira?! (Livro |)

Capítulo 02 - Viagem

A vida não é justa, mas é possível seguir em frente, não importa quanto pareça impossível.

Querido John

Bianca'Pov

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Eu estava em um sono tão bom e calmo, até que começo a ouvir uma voz me chamando de forma insistentemente:

- Acorda Biancazinha, acorda!

A voz foi ficando mais alta e eu conhecia essa voz... Era a voz do...

Antes que eu terminasse meu pensamento, um balde cheio de água gelada foi jogado em cima de mim, me molhando por completo assim, como a minha cama também, foi outra vítima.

Eu fiquei tão desesperada que cai da cama, enquanto o meu "querido irmão" ria de mim de forma escandalosa e exagerada.

Me levantei furiosa e o encarei como uma leoa encara sua presa antes de devora-la.

Ele me olhou assustado e começou a andar para trás, dizendo ou melhor praticamente, implorando:

- Calma, maninha. Era só brincadeira...
- EU VOU TE MATAAARRR!
Grito de raiva e saio correndo atrás dele, que correu mais à frente.

Eu acabei escorregando e caindo de bunda no chão, por causa do chão todo molhado por causa das minhas roupas que escorriam a água.

O tempo em que eu tive para me levantar, foi o tempo que ele teve para correr de mim e fugir para o seu quarto.

Comecei a esmurrar a sua porta e grito raivosa:

- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! VOCÊ, ME PAGA!

Saí de lá soltando fogo pelas ventas e voltei até o meu quarto, tentando acalmar minha respiração.

Troquei aquele pijama molhado por uma roupa sequinha e em seguida, coloquei meus inseparáveis óculos.

Hoje é o dia da nossa mudança.
Eu não quero ir, não mesmo, mas... O que eu não faço pela minha mãe...?
Penso comigo mesma antes de sair do meu quarto.

Desci as escadas e lá já estavam minha mãe comendo panquecas tranquilamente com o capeta vulgo, meu irmão.

Minha mãe percebeu minha presença e disse de sua forma amável e doce:

- Bom dia, minha filha!
- Bom dia, mãe.
Respondo a ela, desanimada.
- O que aconteceu querida...?

- Nada mãe, eu só não estou pronta
para me mudar dessa casa... Eu tenho boas recordações daqui...
Digo tristemente olhando para os cantos da casa, vendo algumas fotos nos quadros pregados na parede.
- Minha filha, não fica assim... A gente se mudar para outra cidade, vai ser o melhor para todos nós!
Diz minha mãe, tentando ser positiva como sempre.
- É, pode ser...
Digo de forma indiferente

{...}

- Bom crianças, terminem logo o seu café que nós já temos que ir para o aeroporto!
Diz nossa mãe, se levantando e indo para o seu quarto buscar suas malas.
- Sim, senhora!
Respondemos nossa mãe, em uníssono.

{...}

Depois de terminarmos o café, fomos pegar nossas malas e entramos no carro rumo ao aeroporto.

Olhei uma última vez para a casa, onde eu fui tão feliz e tão triste ao mesmo tempo.

- Adeus...
Sussurro ao ver a casa sumir da minha vista. Provavelmente, para sempre...

{...}

Não demorou muito e rapidamente chegamos ao aeroporto.

Ficamos esperando mais ou menos uns 15 minutos e então uma voz tecnológica anunciou:

- Vôo para Los Angeles, no portão de embarque 235.

Fomos ao portão de embarque e entramos no avião rapidamente.

{...}

Já dentro do avião, olhei para a paisagem que por sinal, era muito bonita

Olhei para a minha cidade, uma última vez... Como irei sentir saudade de Washington, da minha casa e também, do meu pai...

Algumas lágrimas caíram dos meus olhos ao me lembrar do meu pai...

Por que eles nos deixou afinal...?
Éramos uma pedra em seu sapato!?
Ele tinha uma outra família...?
Foi algo de errado que a gente fez?!
Penso enquanto mais lágrimas caim dos meus olhos deixando minha face toda molhada e meus olhos vermelhos.

Essas perguntas sempre ficavam martelando em minha cabeça e eu nunca conseguia achar uma explicação para elas...

Limpei as lágrimas teimosas que insistiam em cair de meus olhos e coloquei meus fones de ouvido.

Logo a música, Never Gonna Be Alone do Nickelback começou a ser reproduzida

Sorrio ao escutar a música. Sim, eu gosto muito dessa música...

Ela me lembra que eu nunca estarei sozinha, que eu sempre terei a minha mãe, o Pedro, a Mystic e até mesmo, o meu pai, só que não em presença e sim, em meu coração...

Meus olhos começaram a pesar e logo a inconsciência me invadiu por completo.

{...}