Juntos

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Cameron segura minha mão enquanto me beija, faz tanto tempo que não me permito beijar ninguém, ter algum tipo de contato com alguém, apenas os beijos dele me enchem de sensações boas pelo corpo, a tanto tempo não deixo que alguém me toque, que me beije, a tanto tempo não me sinto bem ao lado de alguém, é algo muito repentino e bom, mesmo que eu saiba que não possa, não deva e não tenha que ficar com Cameron.

Enquanto o meu bom senso falar: afaste-se, um lado inconsequente que eu nunca tive grita: beija ele!

Pareço uma adolescente louca enquanto nos beijamos, ele toca a minha mão e sua mão sobe pelo meu pulso, toca o meu braço, e sua mão sobe pelo meu braço até o meu ombro, ele tem mãos suaves e lisas, diria quase delicadas, seu toque me causa arrepios bons, enquanto sua boca me provoca com lentidão. Sua outra mão toca meu pescoço com cuidado e se enfia na minha nuca fazendo uma pequena massagem no meu couro cabeludo deixando-os ouriçados.

Cameron deixa os meus lábios e toca a minha bochecha com as costas das mãos, com tanto carinho que me sinto enternecida, é inevitável olhar pra ele e não me sentir estranha, pois ele parece tão mais jovem do que eu, também é rapaz muito bonito, sua beleza é diferente de tudo o que já vi, é complicado dizer pra eu mesma que ele não é um adolescente, que ele é três anos mais novo que eu.

—me deixa dormir aqui com você Faith?—pergunta e se afasta um pouco.

—não—é automático.

—por que não?

—porque não é... certo.

A última palavra sai a força, Cameron me fita tão sério que tenho receio do que ele vai falar, mas ao invés de falar ele suspira e continua a me olhar em silêncio, abaixo a cabeça desviando o olhar, Cameron ergue o meu rosto, sinto vontade de chorar, começo a pensar que isso tudo é um grande erro, viemos pro sofá e começamos a nos beijar, como se eu fosse assim uma adolescente boba, pela primeira vez sem medo das consequências de um beijo.

—não me olha assim Faith, para com isso, somos adultos...

—isso não pode continuar ok?

—por que não?

—pra começar você é o meu vizinho, em segundo lugar mal nos conhecemos...

—vai vir com essa desculpa de novo? Eu quero te conhecer Faith, eu quero muito ficar com você.

—eu não quero "ficar", eu não estou pronta pra isso.

—você gosta de namorar?

—não namoro ninguém a anos Cameron, eu não nasci pra isso.

—por que não?

—é complicado.

As lágrimas começam a cair, sinto-me idiota, talvez ele esteja mexendo muito mais comigo do que deveria, eu sei que está, me sinto atormentada de pensar nisso, porque sei que não vai acabar bem, nada acaba bem pra mim, eu não nasci pra ter um "final feliz", eu nasci pra ficar só, apenas número um, aprendi com o tempo que nem sempre querer algo significa que será seu, por mais clichê que seja ou pareça.

—quer ser minha namorada?

Eu o fito, acho que é algo que começo a admirar nele, Cameron não tem medo de se arriscar, coisa que não me falta, medo, ele parece ser desses que encaram tudo de frente, que não faz mistério ou rodeios.

—eu topo—ele fala antes que eu responda—acho que nós dois combinamos bastante Faith, eu venho te ver sempre ou pode me acompanhar em minhas viagens, o que acha?

—você não tem noção das coisas não é mesmo?

—olha, no momento só me sinto um merda que fica arrastando o rabo no chão por uma mulher teimosa e orgulhosa então se isso é ser sem noção sim, eu sou.

—você não entendeu a minha posição quanto a isso?

—entendi, entendi que parece que você tem medo de se entregar ao que sente por mim, você gosta de mim Faith, eu sei que sim, você tem receio disso atoa.

—não é bem isso.

—então o que é?

Suspiro, Cameron toca meus lábios com o polegar e me rouba um selinho.

—diga Faith, o que é? 




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