Canário VS. Canário

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Respirei fundo e usei o grito da Canário para atordoar os traficantes, assim como Oliver tinha mencionado e logo o mesmo disparou a flecha e em segundos o carregamento de armas havia explodido

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Respirei fundo e usei o grito da Canário para atordoar os traficantes, assim como Oliver tinha mencionado e logo o mesmo disparou a flecha e em segundos o carregamento de armas havia explodido.

— Agora precisamos derrubar eles.

— Sei disso. – desci do contêiner e arranquei um fuzil de assalto da mão de um dos bandidos, acertei um chute nele, girei meu corpo e bati com a própria arma nele, o deixando inconsciente.

Derrubei mais cinco caras e por último tirei um bandido de cima de Oliver e o acertei alguns socos até que ele ficasse desacordado.

— Valeu passarinho. Mas como ficou tão boa assim?

— Tive um ótimo treinador.

— Obrigado de novo, mas creio que não treinamos tempo o suficiente para que voc...

— Não estou falando de você, idiota! – me virei para ir embora, mas ele me parou.

— Ei, espera! Não acha que devemos... Sei lá... Fazer as pazes?

— E porque acha que devemos fazer as pazes? Você me machucou duas vezes, já não acha que foi o suficiente? – ele respirou fundo.

— Eu acho que... – a fala de Oliver foi interrompida por uma flecha preta que passou no meio de nós dois e perfurou o contêiner ao nosso lado. Rapidamente nos viramos de costas um para o outro, enquanto ele mantinha o arco preparado, eu estava em posição. Mas não vimos nada. - Arqueiro Negro. – disse entredentes.

— Fala sério que você ainda não o pegou?

— Você fala como se fosse fácil perseguir meu melhor amigo de infância!

— Nossa! Como você se tornou sentimental, Ollie. – revirei os olhos.

— Shh! Não fala meu nome, alguém pode escutar.

— Tá, desculpa! Você tá vendo alguma coisa?

— Nada. – ele negou mas nós ainda estávamos em posição. – Ele deve ter feito isso só para nos assustar. Ou talvez nem seja ele.

— É, talvez. Mas se ele fez só para nos assustar, conseguiu.

***

Ver aquela papelada toda na minha mesa me fazia questionar seriamente os motivos pelos quais eu teria me tornado advogada. Fora a parte da justiça, é claro.

— Não esquece que o Bruce precisa disso até o final da semana. – Dick, meu amigo e colega de trabalho, falava comigo ao telefone. Bufei exausta.

— Porque você não chama a Barbara para sair e me deixa em paz? – ele riu.

— Eu vou chama-la para sair, ok? Algum dia. – foi minha vez de rir – É que é complicado. Não nos vemos no dia a dia, só quando estamos por aí saltando prédios à noite.

Batgirl e Asa Noturna em um romance radical. Eu compraria esse livro.

— Em primeiro lugar: Foi uma piada horrível. E em segundo lugar: seria um filme. Filmes são bem mais legais que livros.

— Ah, você não disse isso! – fingi estar irritada e Dick soltou uma risada – Se você disser isso para a Barbara, aí sim que ela não vai sair com você. – ele suspirou.

— Enfim, o que você queria me perguntar mesmo?

— Na verdade eu queria saber se você conseguiu o que eu te pedi?

— Consegui sim, mas você vai ter que vir buscar. Tentei mandar por alguém da Wayne mas ia parecer muito suspeito.

— Certo. Vou assim que resolver as coisas por aqui, não é urgente. Muito obrigada! – me escorei na cadeira e bocejei.

— Não há de que. Mas me diz uma coisa, como estão as coisas em Star City?

— Pra falar a verdade, uma droga! Não consegui achar a tal da Canário Branco, o Arqueiro Negro reapareceu e o Arqueiro Verde só me enche. – ele riu.

— Boa sorte pra você, mas acho que sua história com o Arqueiro Verde ainda não terminou, Dinah.

— Ah, claro! – revirei os olhos – Sinto muito, mas preciso desligar. A cama está chamando meu nome.

— Tá, beleza. Boa noite!

— Boa noite, até! – por fim desliguei a chamada e me joguei na cama encarando o teto. Amanhã o dia seria longo.

***

— Porque eu não peguei a droga da moto? – me lamentei subindo no portão e logo saltei para o outro lado.

No momento estava no meio de uma perseguição. Meu pai me informou que a polícia tinha recebido um comunicado sobre a Canário Branco. Não pensei duas vezes em ir atrás dela, mas como era perto da minha casa, não achei que fosse precisar da moto. Sorte minha que com o tempo descobri que o acelerador de partículas não me deu apenas o grito sônico, como também uma resistência pouco acima do normal.

Subi rapidamente as escadas de incêndio atrás dela e assim que chegamos no topo do prédio ela virou na minha direção e jogou um tipo de estrela ninja que tive que abaixar para desviar.

A Canário Branco puxou um bastão fino de metal e dividiu em duas partes, logo partindo para cima de mim. Flexionei um braço de cada vez em frente ao corpo, bloqueando os golpes, eu seguida flexionei o joelho na frente do meu corpo e estiquei a perna, acertando em cheio a barriga dela.

A loira partiu para cima e eu girei meu corpo e acertei meu pé na mão dela, jogando uma parte do bastão longe. Ela usou as duas mãos para me bater com a outra parte do bastão, mas bloqueei com meu braço direito, em seguida a chutei nas costelas e quando ela se encolheu a chutei novamente.

Não demorou muito tempo pra ela ficar de pé e vir me atacar. Trocamos alguns socos e chutes até que ela aproveitou um furo no meu bloqueio e conseguiu pegar minha cabeça e acertar uma joelhada. Cambaleei para trás um tanto atordoada e ela avançou novamente, por fim me dando uma rasteira.

A Canário Branco estava parada na minha frente, me olhando com superioridade. E obviamente eu não podia deixar assim. Ninguém nunca mais me olharia assim.

Levantei e permaneci agachada e de costas pra ela, porém antes que a loira fizesse algo, deixei meu corpo cair para trás, apoiei as mãos no chão e impulsionei todo o meu corpo para cima, permanecendo reta, logo acertando meus pés em cheio no queixo dela.

A criminosa caiu para trás por cima dos caixotes, mas quando eu fui na direção dela, a mesma usou o dispositivo sônico. Meu reflexo falou mais alto e eu comecei a gritar. As ondas sonoras se chocaram, o que nos empurrou para trás. Porém eu continuei emitindo meu grito, assim como ela com seu dispositivo.

Eu precisava fazer alguma coisa, pois o dispositivo dela não iria ceder; já eu, sim.

Já não estava aguentando mais quando lembrei do que Cisco tinha me dito sobre as frequências. Então me concentrei em uma nova frequência e modifiquei o grito, o que fez a Canário Branco voar para trás. Era minha terceira tentativa, ainda não dominava a troca de frequências, mas deu pro gasto.

— Mas como... Como mudou o grito? – foi a primeira frase que ouvi ela falar. Dei um sorriso de canto.

— Nova frequência. Mesmo grito. – disse ofegante. Depois pisei na ponta do bastão de metal, o fazendo girar para cima e cair na minha mão. Acertei a Canário Branco com o mesmo, deixando a mulher desacordada. Não resisti o impulso de tirar aquele pano branco do rosto dela. Mas assim que o fiz, desejei nunca ter feito. – Sara?

Canary CryOnde histórias criam vida. Descubra agora