— Oi Laurel, eu sei que você está ocupada. Mas só passei aqui porque precisava te ver. – ele disse olhando para o chão – Posso entrar? – assenti ainda sem acreditar que estava diante de Oliver.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não exatamente. Eu só precisava te ver. – ele sentou na poltrona que estava na minha frente – Isso é uísque?
— Na verdade é água. Estou no meio de um julgamento e ao contrário de você, não posso entrar no tribunal bêbada. – falei em tom descontraído e o loiro riu ao lembrar da vez que fez isso.
— Em minha defesa... Tá, não tenho nada pra usar em minha defesa. – nós rimos. Era estranho esse clima "normal" entre mim e Oliver. Mas ainda ficar brava com ele só iria piorar as coisas, pois me manteria presa no passado e eu quero viver o presente. Esses cinco anos não serviram apenas para mudar Oliver, mas também para me mudar, pois agora eu evoluí como pessoa e sinto que perdoá-lo é uma boa maneira de demonstrar isso. – Como está indo o julgamento?
— Deixei o advogado do Bertinelli bem irritado, mas essa era a intenção. – sorri vitoriosa.
— Sei que você tem potencial pra vencer esse julgamento, mas só tome cuidado. Esse homem é perigoso.
— Obrigada pela preocupação, mas sei me virar sozinha. A propósito, o outro advogado dele foi atacado noite passada, então Frank não deve estar muito concentrado no julgamento.
— Acho que vi algo na televisão, uma tal de Caçadora, não é?
— Sim. Mas ela não fez nada com ele, porque o Arqueiro Verde e a Canário Negro chegaram antes. – me senti vitoriosa falando de mim dessa maneira.
— E o que você acha deles? – arregalei os olhos de leve, porém sem Oliver perceber. Aquela pergunta havia me pegado de surpresa.
— Bem, como era de se esperar, meu pai não gosta deles. Mas eu acredito que eles possam fazer a diferença. – respondi tentando não parecer nenhum pouco suspeita.
— Entendo, também gosto deles.
***
— De novo. – levantei e escorei as mãos nos meus joelhos, recuperando o fôlego. Logo depois avancei na direção do Arqueiro Verde com um chute, mas o mesmo segurou meu pé e me empurrou para trás, fazendo com que eu caísse novamente. – Você tem que ser rápida. Me chutar e dar o próximo golpe antes que eu tenha tempo de pensar em segurar sua perna.
— Tá, ser rápida. Entendi.
— De novo. – antes que nós continuássemos o alarme soou novamente. – Henry! Ah certo, entendi. Ao que parece um meta-humano está atacando no centro. – ele me disse e subiu na moto.
— Achei que eu fosse pilotar.
— Não temos tempo pra isso, vamos logo. – subi na moto, segurei na cintura dele e ele acelerou e saiu cantando pneus.
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Canary Cry
FanficLaurel tinha acabado de chegar de Central City, onde o acelerador de partículas havia explodido e dado um novo rumo à vida da advogada. As coisas também não estavam às melhores em Star City depois da chegada do misterioso Arqueiro Verde e do reapare...