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Meu amores, obrigada por tudo. Quero agradecer pelas mensagens carinhosas que tem deixado no Facebook, WhatsApp e todo amor que tem propagado com as minhas histórias. Espero que continuem aí desse lado, e uma boa leitura. 

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─ Eu estava a pensar se terias uma boa vodka em casa? ─ Decidiu quebrar o clima e viu quando Dior se afastou para o encarar de sobrolho fechado.

─ Queres entrar?

─ Queres que vá embora?

Ela não respondeu, estava a pisar em terrenos perigosos e depois do sexo podia-se lembrar do aviso de Carlo. Se retirou dele com cuidado e sentiu o ardor do sexo quente. Abriu a porta com dificuldade e saiu para fora do carro, arranjando a calcinha. Suas pernas estavam fracas e seu coração ainda batia com muita força.

Diego se livrou do preservativo, fechou as calças e saiu atrás dela. Curioso e afirmou que deixaria para outro dia para pensar sobre tudo aquilo. Entrou na pequena casa e se lembrou dos dias que tinham ficado ali. Era quente e mesmo com as janelas abertas não passava nenhum ar. Tinha detestado estar naquela casa, dissera coisas desagradáveis e no entanto retornava por livre e espontânea vontade.

─ Queres gelo? ─ Dior perguntou da cozinha, tentava se manter calma por fora, mas por dentro sabia que tinha estragado tudo.

─ Não. ─ Negou. Correu os dedos pela mesa de jantar e ficou curioso com as novas telas cobertas que ainda cheiravam a tinta, se perguntou que novidades é que ela teria pintado, mas desta vez não se atreveu a mexer.

Dior voltou com a garrafa, gelo e um pacote de suco de laranja. Com aquele calor todo não iria beber assim a seco ou então iria esquentar ainda mais. Não tanto como no carro, o doce latejar interno a recordou disso.

─ Nunca tinhas atingido um orgasmo, antes? ─ Diego não hesitou em perguntar, gostava de saber as coisas, assim como de as dizer.

─ Não quero falar sobre isso. ─ Respondeu evasiva e tratou de servir as bebidas. Não conseguia olhá-lo directamente, mas lutou para o fazer, não iria lhe dar o gosto de saber que estava desconcertada.

─ Sei que já disse coisas ruins, mas sou assim mesmo. Falo o que penso sem pensar se vou magoar ou não. Sou assim desde sempre e sei que às vezes erro por isso, o problema é que não tenho como controlar isso.

─ Posso parecer ingénua por cair nos teus braços facilmente, mas não sou cega. Tinhas desprezo por estar aqui, por estar perto de mim, comer minha comida e vestir roupas de alguém.

─ É certo.

─ E te achavas tão superior que eu nem era sequer digna da tua gratidão. Nem quero imaginar os teus pensamentos, deviam ser mil vezes piores.

─ Fiquei indignado por saber que tinhas o mesmo curso que o meu, por saber que trabalhavas em limpezas, por estar a tua mercê. Chamei a tua casa de pocilga e tudo mais. Eu tenho toda consciência disso. ─ Quis mencionar a Saltzman, mas achou por bem deixar aquilo para mais tarde.

─ E então? ─ Riu de nervoso e bebeu o copo que estava refrescante.

─ Então tu foste boa, me suportaste e cuidaste de mim quando podias ter-me atirado na rua. Não aceitaste dinheiro e sempre respondeste a altura, o que me fez procurar rever alguns conceitos que tinha tão vincados até então. ─ Também bebeu o copo dele e se arrependeu de não ter aceitado o gelo. Estava quente demais.

Soltou um esgar.

─ Cada um dá aquilo que tem.

─ Eu a agradeci. ─ Salientou com clareza. Os olhos estavam cinzentos de novo e o sobrolho espesso os evidenciava tão bem. ─ Nunca fui de me importar ou de correr atrás, porque raramente sinto essa necessidade.

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