O segredo é: Falar!

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           Sempre diga o que você sente e faça o que você pensa.”

-Gabriel García Márquez-

         Em meados do mês de julho, nas minhas férias, um amigo convidou - me para numa sexta - feira pegar algumas encomendas que ele tinha feito no interior de São Paulo. Com ele ia um grande e querido amigo meu.

Pena que essa sexta - feira era o primeiro dia de um retiro de três dias promovido pela igreja católica:chamado TLC eu ia servir neste retiro e teria que estar na igreja às 18h pontualmente.

Meu amigo insistiu para que eu fosse com ele, com o discurso de que estaríamos de volta no horário marcado.

Finalmente aceitei o convite, deixando claro que eu não poderia me atrasar, pois contavam com a minha ajuda, para o retiro.

    No dia da tal sexta - feira a caminho do nosso destino, nosso outro amigo descobre que teríamos que voltar às 14h do local para que eu pudesse estar às 18h de volta para o meu compromisso. Esse amigo ficou muito irritado e disse:

- Vamos para tão longe, com hora para voltar? Ah, não! Temos que aproveitar a viagem. Cancele esse compromisso, avise que irá chegar mais tarde, não vamos sair com pressa.

 Bom era apenas um dos amigos falando e este não estava dirigindo, respirei fundo e escolhi  não dar muita importância, apenas respondi que já tinha combinado isto  com o nosso amigo motorista e ele sabia destas condições desde o início.

Claro que ficou um clima um pouco chato, mas no momento eu não me preocupei tanto.

Chegamos ao nosso destino, era a casa de uma acolhedora família que preparou um belo almoço para todos nós. O almoço foi super agradável e podemos naquele momento conhecer um pouco da família que nos acolhia.

Após o almoço, fomos ao ateliê pegar as encomendas dos meus amigos, lá foram horas de papos, conversas que foram necessárias para a compra e venda.

Porém quando deu 14h ( que era o horário que tínhamos que ir embora), um dos meus amigos, aquele que não era o motorista, olhou para o relógio e em seguida olhou para mim e deu risada.

Aparentemente uma simples brincadeira. Que neste momento foi até engraçado. Porém a brincadeira continuou.

Eles começaram a enrolar, a fazerem perguntas e perguntas a olharem para relógio e para mim e darem risada. E neste momento meu humor já havia acabado e eu de fato estava preocupada com o horário.

Quando finalmente parecia que tudo havia acabado, uma das pessoas que estavam nos recepcionando perguntou:

- Querem conhecer a fábrica? Que fica logo aqui acima?

Os dois olharam entre si e com risos responderam: SIM!

Neste momento fiquei muito irritada, mas contive - me, pois eu não poderia demonstrar minha raiva na frente daquela família que tão bem nos acolheu. Simplesmente fechei a cara e demonstrei o quanto tudo aquilo não tinha graça para mim.

Após a ida a fábrica, quando penso que enfim iríamos embora.

HORA DO CAFEZINHO!

Eles tinham feito um café fresquinho  para nós.  Tá certo que eu amo café, nas naquele momento aquilo me irritou profundamente porque os dois, meus queridos amiguinhos riram e foram felizes para o café. Enquanto eu só tinha vontade de jogar o café quente neles ( era essa a vontade mesmo).

    Mal acreditei quando entramos no carro e finalmente estávamos indo embora com uma hora e meia de atraso.

Porém, quando entramos, eu fechei a cara e o pouco que falava era em tons bem agressivos.

Antes e Depois Da TerapiaOnde histórias criam vida. Descubra agora