Antes e Depois Da Terapia

Relacionamento Amoroso Parte II

       Um belo dia ao entrar no ônibus um rapaz sentou ao meu lado e percebi que ele estava me olhando de cima a baixo.

Será um psicopata?

Eu costumava pensar isso. Ele não era daqueles tipos de caras que a gente encontra no ônibus e já imagina o pedido de namoro, o casamento, filhos e só volta pra realidade quando o dito cujo desce do ônibus ou você precisa descer.

Esse era, um tanto quanto sem graça, na minha opinião. 

De tanto ficar olhando para mim, fiquei olhando para janela fingindo não estar percebendo nada.

Até que quando mexi no celular ele falou: Que linda essa imagem.

-Qual? Perguntei. Olhando para o celular que eu só tinha visto a hora, não havia nenhuma imagem.

- A imagem de fundo do seu celular!
Ele respondeu - Que linda imagem.

-Ah! Respondi! Era uma imagem de Santa Teresinha  (Sou devota). E foi isso que respondi para ele.

-Que legal, nossa muita linda essa santa, você pode me passar essa foto? Anota meu número e me manda por favor a foto dessa santa pelo Whatsapp.

Neste momento entendi qual era a dele, e como negar? Anotar o número de alguém que só quer a imagem de uma santa né? rs

Anotei o bendito número achando esse o jeito mais engraçado que alguém já conseguiu meu número.

Mandei a foto da Santa para o rapaz e como esperado ele nem comentou da santa e começou a conversar comigo.

Ele tinha uma conversa legal, estava de passeio em São Paulo não era daqui e queria a todo custo me encontrar.

Quando contei para as minhas amigas elas deram risadas, elogiaram a criatividade do menino( eu não admirava) e apoiavam o encontro com o tal menino.

Mas eu não tinha interesse.
Nem coragem!

Sair com alguém que conheci no ônibus? Eu assistia muito jornal para ter essa coragem.

Sabe aquela fala de: A gente sempre acha que não vai acontecer com a gente?!

Esse pensamento não existia em minha mente, era o contrário, eu sempre imaginava que tudo poderia acontecer comigo.

Então era mais segura dizer não, para o psicopata do ônibus. (VaiSaber)

O tempo passou e entre cantadas e conversas eis que em 2015 aquele rapaz (do capítulo anterior) que eu não namorei com ele porque enrolei, lembra dele? Então, ele terminou o namoro.

Estava solteiro.
Será agora minha vez?!

Voltamos a conversar, ele estava ainda mais lindo do que antes e agora mais maduro.

Marcamos um encontro era numa quarta feira dia da minha folga.

Mas esse foi o ano do meu sorriso falso, o ano que eu fingia muito estar bem, então me animei com a idéia ao princípio, mas não tinha forças para nada, logo desanimei.

Um dia antes do nosso encontro desmaiei no meu trabalho, cheguei de madrugada em casa. Foi terrível.

Nosso encontro era na parte da tarde, pela manhã eu tinha aula na autoescola, só que eu estava muito tonta, fraca, lembro-me de na volta pra casa ter atravessado a rua sem olhar e de só escutar uma buzina ao meu ouvido quando um ônibus parou bem na minha frente.

Graças a Deus não me aconteceu nada, mas me assustei (faniquitei), cheguei em casa e não tinha forças para sair, cancelei o passeio.

Marcamos então para próxima quarta e eis que no dia uma amiga minha, teve uma crise de pânico, e eu tive que socorrer, cancelei com o boy mais uma vez.