Thor, Loki, e os lençóis amassados que frequentemente abrigavam os dois. Seria uma relação perfeita se Thor, agora rei de Asgard, não tivesse Sif como sua rainha. Ou se não precisasse necessariamente gerar um herdeiro para ocupar o trono num futuro...
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Notas: Oi, gente! Eu não morri~ Desculpem a demora para atualizar, mas andei fazendo tanta coisa, tem a faculdade e tudo mais, aí acabei sem tempo para vir aqui. Agora tô de férias e é só alegria.
Vamos ao capítulo~
Boa leitura!
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"A shell of what things could have been
Tired bones beneath a veil
Of guarded secrets all to frail"
— Há algo... errado? — Thor murmurou em meio ao silêncio. Esperava muitas reações depois daquelas palavras; um olhar de puro terror não era uma delas. — Sif?
— Pare... de dizer esse nome — Loki disse, ainda em choque, sentindo uma raiva incômoda. Mas Thor nada entendeu.
— Foi cedo demais? — ele ignorou seu pedido. Levou a mão para o rosto de Sif e o acariciou de leve. Loki sentiu um arrepio e inclinou o corpo para trás de súbito.
— Não... me toque! — Estava tonto, sua mente era uma confusão só e Thor não estava ajudando em nada. Fez um sinal para ele não se mover. A outra mão foi parar na testa.
— Eu pensei que estivéssemos nos entendendo...
— Do que está falando? — Loki franziu as sobrancelhas, querendo que ele se calasse por um minuto, um minuto apenas. Arfava, começando a suar. Tateou o peito, procurando o ferimento, mas a pele estava lisa e, descendo um pouco mais, crescia um volume... — Não...
— Sif, está me deixando preocupado...
A voz doce dele enojava Loki e, cada vez que ele chamava o nome da rainha, achava que suas entranhas iam se soltar e cair. Não conseguia pensar direito. E definitivamente não conseguia lidar com Thor naquele momento.
Levantando-se da cama de súbito, ele cambaleou um pouco ao sentir o próprio peso sobre as pernas. Deu alguns passos e se equilibrou com a ajuda dos braços, que se balançavam no ar. Evitou olhar para Thor e, ouvindo-o chamar por Sif, correu para o corredor. Queria um lugar em que ficasse em paz, um que fizesse tudo ao redor parar de girar e trouxesse algum sentido para o que estava acontecendo. Quase deixou o próprio quarto para trás, freando a tempo, mas trombando contra a parede à direita. Deu a volta, abriu a porta e a fechou em seguida, deixando o corpo escorregar até atingir o chão. Escondeu o rosto nos braços e esperou, ofegante, seus humores esfriarem. Por longos minutos, não houve mudanças.
Quando Loki levantou a cabeça, percebeu que aguardar tinha sido em vão: o mundo permanecia o mesmo. A constância de seu quarto, porém, o fez se sentir melhor. Estava como havia deixado, com exceção talvez do espelho de corpo inteiro quebrado. Os cacos não estavam à vista. Sif os devia ter removido.
