Thor, Loki, e os lençóis amassados que frequentemente abrigavam os dois. Seria uma relação perfeita se Thor, agora rei de Asgard, não tivesse Sif como sua rainha. Ou se não precisasse necessariamente gerar um herdeiro para ocupar o trono num futuro...
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Notas iniciais:Olá! Consegui vir postar mais um capítulo, o que já é uma vitória, haha. Acho que agora a fic termina aqui.
Um agradecimento especial à Lara Silva, que enviou um comentário. Fiquei muito feliz :)
A imagem da capa foi manipulada pela Kori Hime e vem daqui: http://psydrevo.deviantart.com/?rnrd=31330
Ela não me pertence.
Boa leitura!
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"Until one day I stopped caring
And began to forget why I longed to be so close"
"O mal nunca dorme." Quem proferiu essa frase não podia estar mais correto. Em Asgard, o mal estava imóvel em um canto escuro, contra a parede, e apenas aguardava. Ele assumia diversas formas, da doce e impetuosa rainha — cujos problemas lhe estressavam a ponto de lhe escurecer os cabelos — ao vil e enganador príncipe adotado — cuja maldade ímpar já virara lenda no reino.
Por um momento, olhando atentamente um para o outro, eles se perguntavam como afinal aquela rotina a que estavam tão acostumados se transformara num turbilhão sem fim. Eram atirados em todas as direções, sofrendo feridas incapacitantes, que virariam cicatrizes para toda a vida. Restava saber quem daria o golpe mais poderoso, cessando então a disputa de uma vez por todas. Sif achava que era ela. Por um momento, Loki achou-o também.
*****
Ele não havia dormido naquela noite. Não. Esperava em seu posto pacientemente, desde que a ideia lhe cruzou a mente em meio a reflexões fantásticas. Ou nem tanto. Segurava com firmeza um punhal e, embora ofegasse, a mão não tremia. Mantinha-se frio, inalterado, fora a respiração desregulada. Viu quando seu segundo alvo abriu as portas duplas, celebrando os primeiros raios da manhã. Ele parecia descansado e feliz, espreguiçando-se sob o portão e cravando as duas mãos nele, para esticar-se mais um pouco.
Thor deixou seu quarto sem olhar para trás. Nem reparou no irmão saindo de seu esconderijo, as olheiras delineando sua loucura, bagunçando seu bom senso. Loki dispensava qualquer pensamento racional.
O punhal em riste, ele girou a maçaneta devagar. Sabia que a rainha ainda estaria adormecida, inocente, aproveitando seus breves momentos de preguiça antes de começar seus afazeres reais. Ela deixava o quarto uma hora depois do marido, nunca antes disso.
Loki pensou na expressão que seu irmão faria ao encontrá-la. No que diria... Ele então teria sua parte do castigo. Não passaria em branco. Pelo contrário, seria inundado de vermelho...
