Histeria

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Abri os olhos bem devagar. Me virei e dei de cara com alguns travesseiros. Onde estou? Vi algumas malas ao redor e tinha uma bagunça incrivelmente gigante. Devo estar vendo coisas...Vi que tinha duas portas dentro do quarto. Fui até uma que era o banheiro e em seguida caminhei até a outra, parecia ser uma porta de acesso.

Estava trancada. Ouvi um barulho vindo do corredor. A porta se abriu e dei de cara com ele.

- Acordou! – Sorriu.

- Isso é pegadinha? – O encarei.

- Não é. – Riu. – Quem é você? – Pediu.

- Hillary. – Falei e então pareceu que uma luz se ascendeu.

- Não pode ser, entre mil pessoas quase atropelei você. – Riu. – Não preciso me apresentar, não é?

- Christopher Vélez. – Falei. – Posso te dar um abraço?

- Claro. – Ele me puxou e então me abraçou. Seu perfume me atingiu com força. Fiquei agarradinha nele durante algum tempo.

- É bom. O seu abraço. – Falei com a voz abafada.

- Não achei que fosse conhecer em pessoa a fã mais curiosa de todas. – Nos separamos e senti minhas bochechas corarem. – Que fofa. – Riu.

- Ah nem me lembre. Só queria sua resposta. – Falei. – E consegui.

- Você pode não querer responder, mas do que fugia? – Ele se sentou na cama e fez sinal para eu me juntar a ele. Assim fiz. Encarei o chão e respirei fundo.

- Alex.

- Ah...

- Ele havia me convidado para sair...eu aceitei e fomos jantar só que ele estava forçando as coisas...- Dei um longo suspiro. – Não achei que ele fosse fazer isso...- Senti meus olhos marejados. – Por sorte eu saí correndo. Ele queria me beijar a força meu deus e sabe se lá mais o que! – Joguei os braços para cima.

- Está tudo bem agora. – Falou passando a mão nos meus braços. – Você me assustou...

- Desculpe. – Sorri sem jeito.

- Quer comer algo? Os garotos estão lá em baixo e...

- Pera aí. – O cortei. – CNCO está jantando neste hotel?

- Você sabe que eu sou um integrante, não é? – Riu.

- Sei sim, mas não consigo acreditar. – Falei me levantando. Puxei ele pelo braço. – Quero conhece-los.

- Vamos lá então. Já vi que você é histérica...

- Ei! – Exclamei.

Começamos a rir. Christopher estava certo, eu sou meio louca mesmo. Ainda mais quando você tem a chance de ver sua banda favorita na sua frente, poder tocar neles, abraçar, tocar no cabelo...

Assim que chegamos no restaurante seguimos por um corredor que dava em uma sala reservada. Ouvi algumas conversas e assim que vi os outros quatro integrantes abri um enorme sorriso.

- Acho que vou correr até eles. – Informei. – Eles não vão se assustar né? – O olhei.

- Acho que não. – Riu. – Pessoal...- Todos se viraram para nós dois. – Hillary. – Apontou para mim. – Corram.

Os quatro se encararam sem entender nada. Eu fui indo como uma pessoa civilizada, mas não me contive e corri até Zabdiel.

- AHHHHHHHHHHHHHHHH ZABDIEL. – Agarrei ele. – Você é tão fofo. – Apertei suas bochechas. – Super shippo Chrisdiel. – Encarei os dois.

- Até você com isso? – Zabdi pediu.

- Sim, deus amo todos. – Pulei em Richard. – Ah que delícia...posso ver sua barriga? – Pedi rindo. Ele fez uma cara engraçada e começou a rir.

- Foi ela que fez a pergunta não foi? – Pediu a Chris que assentiu. – Suspeitei.

- Gente sou bem descarada mesmo. Mas vocês são incríveis, tipo olha só as nalgas do Zabdi quero apertar daqui a pouco. – Sorri que nem psicopata. – Estou assustando vocês, não é?

- Está. – Os cinco riram.

- Onde está Joerick? – Fui até os dois. – Meu vocês são tão incríveis. – Abracei os dois. Toquei no cabelo de Joel. – Que bandana bonita...

- Obrigada. – Sorriu.

- Você vai surtar um pouco mais ou o que? – Chris pediu.

- Ei vocês são CNCO me deixe pirar. – Ri.

Depois de jantar com os cinco, chequei as horas e dei um pulo da cadeira. Era quase duas da manhã. Tia Angel deve estar pirando. Christopher estava ao meu lado e percebeu minha inquietação.

- O que foi? – Pediu.

- Preciso ir...- Falei baixo.

- Eu te levo. – Se levantou. Me despedi dos outros e então segui ele pelos corredores e fomos até o estacionamento. Desligou o alarme e abriu a porta do carona para eu entrar.

- Obrigada. – Sorri. Me ajeitei dentro do carro e coloquei o cinto. Assim que entrou colocou a chave e deu partida. Dei meu endereço a ele e fomos andando pelas ruas de Miami. Poucos carros andavam na rua. Fiquei encarando a vista da janela. – Christopher...obrigada. – O olhei. Vi que ele deu um sorriso.

- De nada. Era o mínimo que eu podia fazer...- Virou à esquerda. – É ali? – Mostrou a casa.

- É sim. – Falei. Ele parou o carro na frente da casa. As luzes estavam acesas ainda. Tirei o sinto e quando eu ia abri a porta ele me conteve.

- Se precisar de algo...sobre aquele tal de Alex...posso ajudar se quiser. – Falou e passou a mão nos cabelos.

- Sim, eu dou um jeito nisso. – Falei. – Obrigada mais uma vez. – Dei um abraço rápido nele.

- Espero que nos encontremos mais vezes. – Disse sorrindo. – Pelo menos enquanto estou por aqui...

- Vão ficar quanto tempo? – Preciso saber se posso vê-lo novamente.

- Duas semanas. Aí temos a turnê...vamos começar por aqui. Ah falando nisso vou te mandar o ingresso...

- Ah claro. – Sorri. – Ei posso...tirar uma foto com você? Minha tia não vai acreditar se eu contar...

- Pode sim. – Chegou mais perto de mim e então tirei uma foto nossa.

- Até mais? – Pedi rindo.

- Até mais. – Assentiu.

Nós nos veríamos de novo...

Saí do carro e corri para dentro de casa, mas antes de entrar me virei e acenei para ele que me retribuiu da mesma maneira. Tia Angel abriu a porta e me abraçou.

- Onde esteve? Fiquei preocupada...- Deu espaço para eu entrar.

- Longa história. Mas olha com quem eu estava...- Peguei meu celular.

- Não estava com Alex?

- Não quero falar sobre ele. – Fiz careta. – Olha tia!

Ela encarou a tela do celular e abriu a boca.

- Ele te trouxe? – Pediu.

- Sim. Christopher Vélez me trouxe para casa!

PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora