Volta dele

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" O amor é algo bem inusitado. Acho que todos sabemos disso. Ele pode vir de qualquer maneira para você, pode ser quando você está caminhando na rua e esbarra com alguém, pode ser que aconteça na escola, de várias maneiras! Ou pode acontecer do jeito que aconteceu comigo. Eu quase fui atropelada pelo meu amor. Mas isso é outra história que não vem ao caso, vamos seguir com o amor. Quando eu descobri quem era o motorista eu desmaiei, não podia ser verdade. São aquelas coisas que você acha que só acontecem em livros e filmes, mas não para mim isso se tornou realidade. Meu ídolo, ou melhor um dos cinco. Meu integrante favorito estava na minha frente, achei que era pegadinha e tudo, mas depois vi que era coisa do nosso amigo: o destino. Eu ainda consigo sentir as borboletas em meu estômago quando nos beijamos. Eu me senti nas nuvens, foi algo muito bom. Nós tivemos bons momentos juntos por mais que fossem durante poucos dias, mas toda vez que eu o via e sabia que aquilo era real eu o amava mais e mais. Eu sempre fui uma pessoa que andava mais focada em outras coisas e deixava os sentimentos para depois, só que isso tudo agora mudou de cabeça para baixo. Christopher Vélez você roubou meu coração..."

- Vocês todos sabiam disso? – Peço encarando os quatro na minha frente, eu tinha acabado de ler o trabalho da Hillary. E aquilo me deixou um pouco triste, as lembranças da briga invadiram minha mente. Ela tinha escrito sobre mim, antes da briga. Tenho certeza que se não fosse aquele maldito beijo não estaríamos brigados agora.

- Do trabalho sim. – Zabdi começa. – Mas do tema, não...- Suspira.

- Nós sabíamos do trabalho assim como você, mas hoje de manhã eu fui checar o site da universidade e vi. Há vários comentários sobre ele e sobre você. – Richard me encarou.

- Mas já faz três meses! – Exclamo. – Meu deus, ela deve estar com raiva de mim.

- Disso temos certeza. – Fala Joel. Eu jogo uma almofada na cara dele.

- Eu já me sinto horrível, não me faça eu ficar pior. – Falo encarando o chão.

- Chris. – Zabdi me chama. – Você gosta dela? – Pede. Eu o encaro. Posso sentir todos eles me olhando esperando a minha resposta, por mais que eles já saibam, sei que preciso dizer isso em alto e bom som.

- Sim. – Digo. – Vocês mesmos já sabem disso. Só que agora estamos no México!

- A distância não impede. Só faz o amor crescer...- Erick sorri. – Vamos Chris vá atrás dela.

- E se ela estiver com outra pessoa? – Arrumo meus óculos.

- Você nunca vai saber se não tentar. Pare de arrumar desculpas. Vai logo! – Zabdiel me puxa pelos braços. – Depois do show, nós vamos.

- Nós? – O encaro.

- Sim, vamos os cinco. – Richard responde. – Podemos ser o cupido de vocês dois.

- E vai por nós, você vai precisar de uma ajudinha. – Joel pisca.

Assim que o show termina vamos todos correndo para o camarim. Trocamos de roupa e então pedimos uma carona para Renato. Ele diz que somos loucos e que temos que voltar o mais rápido possível. Temos alguns shows agendados ainda.

Sinto que meu coração bate muito rápido, tenho medo que ele saia do meu peito. E sem coração não posso viver! Meu deus preciso me acalmar. Por sorte conseguimos pegar o último voo que iria para Miami. Nas minhas mãos eu tinha um pacote. Espero que não seja ridículo dar aquilo.

- Já sabe o que vai dizer? – Richard pede.

- Olha antes de entrar no avião eu tinha umas ideias, mas agora todas elas sumiram da minha cabeça. – Ri fraco.

- Vai dar tudo certo Chris. – Sorri. – Nós somos ótimos cupidos, assim espero.

- Eu também.

- Já mandei uma mensagem para Angel, ela disse que vai levar a Hill para o shopping. Está tudo certo, só falta o Romeu chegar. – Zabdi comenta.

- Alguém tem um remédio aí? Sinto que vou explodir...

O avião pousa e assim que conseguimos saímos dele. Pegamos um táxi e fomos para o shopping. No primeiro andar dele compro um buquê de flores. Preciso ser mais romântico nessas horas!

Pegamos o elevador e fomos até onde ficam as comidas. O shopping está cheio de pessoas. Fico procurando que nem um louco, mas não a encontro. Caminhamos por pouco minutos até a ver. Ela está de costas, com Angel na sua frente. Um arrepio toma todo meu corpo. Preciso ter coragem. É agora ou nunca.

- Boa sorte. – Os quatro dizem. Dou um sorriso e caminho devagar até ela. Angel levanta da cadeira e passa por mim e sorri. Tapo minha cara com as flores, quando chego na mesa dela, me sento na sua frente, porém ela não vê que sou eu.

- Hã está ocupado...- Fala.

- Eu sei. – Digo. Tiro as flores do meu rosto, ela arregala os olhos e vai para trás. – Oi Hill...

- Christopher. – Ela suspira.

- Trouxe isso para você. – Lhe entrego o buquê.

- Obrigada. – Sorri. – São bonitas...

- Ah eu estava em duvida se te dava isso ou não, mas resolvi trazer. – Falo. Entrego o pacote para ela. Hillary encara o pacote em mãos e logo em seguida o abre. Ela olha para mim, balança a cabeça e sorri. De dentro do pacote ela tira um urso todo colorido. – O nome dele é pandicornio...

- Eu não acredito que até nome você deu. – Ri. – É muito fofo esse urso...

-Hill eu...- Ela me encarou. – Li seu trabalho. – Digo por fim. Ela se remexe na cadeira. – Eu amei. Não sabia que eu surtia tanto efeito em você...

- Pois é. – Diz. – Mas é aí que está, você não surtia...- Fala. Meu deus estou sendo feito de trouxa, na frente dela. – Você ainda surte. – Sorri fraco. – E eu te odeio por isso. – Ela brinca com o pandicornio.

- Eu queria concertar as coisas entre nós, pois acho que eu nunca deixei tão claro como você que você também surte esse efeito em mim...Hill eu voltei para cá porque eu quero que nós dois...- Paro de falar. Ficamos nos encarando por alguns segundos. Me levanto, ela faz o mesmo. A puxo para perto de mim e a beijo. Nada melhor do que um beijo para demonstrar o que sinto. Como ela corresponde sei que as coisas entre nós dois voltou ao normal. Uma ideia passa pela minha cabeça, me separo dela.

- Hill vem comigo...

- Para onde?

- Para o resto dos shows! – Diz. – O que você acha? Aceita passar um tempo comigo?

PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora