Capítulo XV - Um Erro

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   Depois que viajei com meus pais, meu pai insistiu para que eu fosse até a casa da Helena saber como ela estava. Desde aquele dia, eu não consegui parar de pensar naquela cena. Será que Donna estava me traindo com outro? Eu até pensei nessa hipótese, mas se fosse isso, acho que eu já teria desconfiado e terminado. Então, eu fui até a casa da Helena, conversar sobre isso e ver como estava recuperação.
   No final da tarde, por volta das 6:00 horas cheguei e toquei a campainha da casa, que aparentemente estava com um aspecto positivo, diferente da minha situação. Depois de alguns segundos esperando na porta, resolvi ligar para ela. Peguei o celular e vi uma nova notificação. Era uma mensagem da Donna. Ela dizia que iria fazer uma entrevista de emprego e levaria uma semana fora. Eu nem respondi. Preferi deixar tudo como estava.
   Helena abriu a porta, mesmo sem eu precisar ligar. Com aquele sorriso, recebi um abraço no primeiro olhar.

-Foi mal te fazer esperar, estava saindo do banho quando a campainha tocou.- Ela ne olhou e sorriu.

   Eu retribuí e entrei. Depois de contar a ela a situação, ela levou um tempo para entender melhor e ligar os pontos. Logo, me disse:

-Nick, se eu te contar o que eu penso, você ficaria irritado?- Ela olhou lara mim com uma cara meio desanimada.

-Não, pode falar.- Eu disse, sendo paciente.

-Eu acho que o sequestrador está solto de novo.-

-O que?! Como assim?- Perguntei, incrédulo.

-Eu andei vendo alguns artigos semanais na internet e parece que o nome dele ainda não foi revelado,  então todos acham que ele está a solta novamente e a mídia não quis expor nada. Eu não me sinto muito bem desde que saí do hospital. É como se eu estivesse mais vulnerável aqui. Que a qualquer momento vai começar tudo de novo...- Ela abaixou a cabeça, pensativa.

-Eu queria muito dizer que entendo, mas eu não passei pelo que vocês passaram. Então, o máximo que eu puder te ajudar, eu vou estar aqui.-

-Obrigado, Nick.- Ela sorriu e logo pareceu se lembrar de algo e disse: -Ah, e eu consegui finalmente saber o paradeiro da minha amiga, aquela que te contei a história.-

-Hum... se não me engano é "Nina"... né?- Perguntei duvidando.

-Sim! Levei muito tempo procurando informações e finalmente consegui descobrir o hospital  em que ela está. Queria que você me levasse até lá, meus pais disseram que eu não podia sair sozinha.-

-É, concordo com eles.- Eu ri e continuei: -Bom, se realmente vamos para um hospital, temos que nos apressar, é um saco ter que esperar o horário de visitas.- Me levantei.

-Ah, é verdade, vamos logo.- Ela se levantou.

   Depois de alguns minutos dirigindo, me lembrei da questão que Helena não havia me respondido direito, então, perguntei enquanto dirigia:

-Helena, quando você me contou sobre a possível possibilidade do sequestrador estar a solta, não me disse o que a Donna tem haver com isso.-

-É que eu suspeitei de um encontro dos dois. Donna não tem passado muito tempo com você e nem ele tem dado notícias. Você não acha isso um pouco suspeito?- Ela falou, olhando para frente, esperando uma resposta minha.

-Essa é uma questão de se analisar mesmo. Agora que você disse, isso realmente parece fazer sentido.-

-Acho que você deveria tomar un pouco mais de cuidado a partir de agora.- Ela me disse, como um aviso.

   Eu concordei e logo, chegamos ao hospital indicado. Fomos até a recepção e quando perguntamos sobre a garota, uma enfermeira que pegava alguns papéis perto da recepcionista disse:

O Mistério Da Casa No LagoOnde histórias criam vida. Descubra agora