Ele me levou de volta a sua casa naquela comunidade, eu não queria ficar ali naquele lugar, não que eu tenha algo contra, quero ficar em um lugar mais aconchegante. De repente recebi uma ligação de minha mãe, Adolfo tinha dito a ela que fui sequestrado.
- Filho, onde você está? - Ela pergunta desesperada.
- Oi mãe, estou na casa de um amigo - Falei como se nada houvesse acontecido.
- Adolfo me ligou dizendo que você foi sequestrado por um ladrão.
- Ele me fez de refém, mas ja estou solto, fique despreocupada. - Eu estava até calmo.
- E você me fala nessa naturalidade Vitor? - Ela fica brava - E quem deu ordem pra você dispensar os seguranças? E se acontecesse alguma coisa com você?
- Não aconteceu nada mãe, eu ja tenho dezenove anos, não me trate como criança. - Falei chateado.
- Estamos voltando para casa.
- Ja? - Me espanto.
- Sim, não podemos deixar você sozinho.
- Não, pode ficar ai, a senhora está me tratando como criança de novo. - Indaguei.
- Você é o nosso único filho, quer oque? - Ela retruca.
- Quero que pare de me tratar como criança, e os seguranças ja voltaram. - Gritei.
- Tem certeza? - Ela insiste.
- Eu estou bem, não precisa voltar para casa.
- Tá bom. - Ela para de drama.
- Passar bem, mãe!
- Eu te amo filho.
- Eu também te amo! - Desligo.
Fernando estava olhando para minha cara, quase rindo.
- Oque foi? - Falei bravo com ele.
- Você é muito bebezão - Ele debocha.
- Aff, cala a boca, eu não sou nenhum bebê não, meus pais que são muito preocupados.
- É um bebezão sim. - Ele continua a zuação.
- Fica na sua Fernando, vai arrumar uma mala e pegar algumas roupas. - Ordenei.
- Pra que? - Ele se espanta.
- Pra irmos para a minha casa. - Olhei pra ele sorrindo.
- Pra sua casa? Você está doido? E se me pegarem? - Ele parecia com medo.
- Primeiro - As cameras de segurança estavam todas desligadas, eu mesmo fiz isso. - Comecei a falar - Segundo - A única pessoa que sabe que você é o ladrão sou eu.
- E você vai levar uma pessoa que roubou você, para dentro da sua casa? - Até que ele tinha razão.
- Na verdade não, mas eu sei quais foram os motivos. - Sorri - Agora para de conversa e vai logo.
- Você sempre foi muito mandão desse jeito? - Ele fala debochando outra vez.
Ele vai até o guarda roupa, coloca algumas peças de roupa em uma bolsa. Fiquei observando ele, Fernando não era um cara ruim, ele tinha o coração nobre, estava se arriscando para salvar a irmã, eu estava admirando muito isso nele.
- Vamos? - Ele me olhava.
- Vamos. - Me levantei.
Vocês podem estar me achando um louco, levar um cara que roubou a minha casa para dentro dela outra vez, mas eu sei que ele não faria nada de ruim para mim, eu sentia algo diferente nele. Fiquei o caminho todo olhando para o celular, Fernando não dá uma palavra. Chegando em casa o portão estava fechado, liguei para o telefone de casa e pedi para alguém abrir, quando entramos o segurança não parava de encarar Fernando. Colocamos o carro dele na garagem e fomos para dentro, Fátima ao me ver da um grito.
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Amor Bandido (Romance Gay)
AdventureEu estava apaixonado por ele, o cara que roubou as jóias da minha mãe, é loucura eu sei. Mas ele fez isso para salvar sua irmã, que está nas mãos de um traficante muito perigoso, resolvi ajuda-lo, agora temos que correr contra o tempo para salvar es...