Amor Bandido (Romance Gay)

Proteção

Fernando estava tomando banho no banheiro do meu quarto, ele tinha que se limpar de todo aquele sangue. Não demora muito ele sai do banheiro com a toalha enrolada em sua cintura.

- Você pode me emprestar uma roupa sua? - Ele dizia me olhando.

- Posso - Fui até o guarda roupa e peguei uma camisa e uma calça para ele vestir - Comece a me falar logo, quem é tão perigoso quanto Dogão?  Porque você sumiu?

- Senta ai na cama - Ele fala me olhando enquanto vestia a camisa.

Me sentei e fiquei esperando uma explicação. Ele se senta ao meu lado.

- Fala logo Fernando - Insisto.

- Sim, eu queria fugir de você, mas por amor.

- Como assim? - Eu não entendia nada.

- Minha intenção era fugir por algum tempo, até conseguir provar minha inocência, não quero "Estar morto" quero viver minha vida em paz. Só que também não queria ver você envolvido nisso. - Lágrimas começaram a sair de seus olhos. - Você é impulsivo, tem um gênio forte.

- Eu sou mais inteligente do que você, poderia ter deixado eu te ajudar. - Comecei a olhar para os lados.

- Pra ver você apanhando de novo? Toda vez que lembro daquilo me dói.

- E olha você; está todo machucado e quer falar de mim? - Eu não entendia.

- Isso daqui já é outra estória.

- Me deve satisfação dessa estória ai também. - Resmunguei.

- Seus pais não te contam tudo. - Ele me da uma banho de água fria.

- Oque meus pais tem haver com isso? - Achei estranho.

- Seu pai trabalha com pessoas barra pesada. - Ele conta - Tem um cara chamado Maurício, ele quer a metade da empresa que seu pai tem, assim ficaria mais fácil para ele agir com seus negócios ilegais. E ele vai fazer de tudo para conseguir, até mesmo matar o bem mais precioso que seu pai tem.

- Que no caso seria...?

- VOCÊ! - Ele segura minha mão. - Foi por isso que eu voltei.

- De onde você tirou essas informações? - Fiquei curioso.

- Assim que sai da Fazenda, fui oferecer meus serviços a Dogão, só que chegando lá, vi seu pai de longe conversando com ele, não entendi direito oque estava acontecendo, então resolvi investigar. Invadi o escritório de seu pai e consegui passar várias informações para um pendrive.

- Cade esse pendrive ? - Perguntei.

- É por causa dele que estou machucado. - Ele sorri.

- Te pegaram?

- Sim.

- Meu pai?

- Não, Vitor - Ele da um suspiro - Antes fosse seu pai. Esse Maurício já estava a um passo a frente de mim, ele sabia que eu e você éramos namorado, você está sendo vigiado a alguns meses, ele sabe de tudo, do que você fez pra me tirar da prisão, do meu envolvimento com Dogão, absolutamente tudo.

- E como você está aqui? - Perguntei.

- Ele me soltou, pediu para eu ficar bem longe de você.

- Essa conversa está bem confusa Fernando - Me levantei da cama e cruzei os braços.

- Você não acredita em mim? - Ele me olha meio triste.

- Eu quero acreditar, mas não sei, parece um absurdo tudo oque você me disse. - Minha cabeça estava doendo.