Raiva

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Fátima era super de boa quanto aos caras que eu ficava, ele sabia que eu era gay. Mas mesmo assim eu fiquei muito envergonhado ao ver ela ali parada, ainda mais que ela viu Fernando me beijando.

- Oi Fátima - Falei sorrindo, Fernando não sabia onde enfiar a cara de vergonha.

- Vocês querem algo para beber? -  Ela falava olhando para ele.

- Não, não precisa não Fátima, muito obrigado. - Olhei também para Fernando. - Você quer beber alguma coisa?

- Não, obrigado - Ele fala tímido.

- Fátima, tem sorvete? - Pergunto.

- Tem sim.

- Pode trazer duas taças? - Pisquei para ela.

- Ta bom. - Ela se retira.

Fernando voltou a se aproximar de mim.

- É tão perfeita a sua vida não é? - Ele fica um pouco triste.

- Não digo que é perfeita, eu só tenho oque quero, na hora que eu quero. - Sorri.

- Isso não é perfeito? - Ele me olha.

- Bom, deixa isso pra lá, desde quando você é gay? - Perguntei por causa do beijo.

- Acho que desde quando eu nasci. - Ele sorri.

- Você não parece ser gay.

- Não faço questão de que as pessoas saibam, sou muito discreto. - Ele está se achando.

- Isso é legal, gosto de caras assim. - Falei jogando indiretas.

- Gosta é? - Ela dá um sorriso.

- Gosto, que tal você vim aqui e colar sua boca na minha de novo. - Falei percorrendo seu corpo com o olhar.

- Acho melhor não. - Ele corta meu barato. - Alguém pode chegar outra vez.

- Vamos pro meu quarto?

Oque estava havendo comigo? Eu estava dando em cima dele na maior cara de pau.

- Vitor, você não entende. - Ele baixa a cabeça.

- Como assim? - Estranhei.

- Eu tenho namorado. - Aquilo me atinge com tudo, parecia um soco na minha cara.

- Mas, porque me beijou então? - Fechei a cara.

- Desculpa, foi um impulso, você faz muito meu tipo. - Ele estava muito sem graça.

Eu não sabia onde enfiar a minha cara, porque ele fez isso?

- Eu que peço desculpas. - Peguei a toalha.

- Hey? - Ele sai de dentro da piscina.

- Oque foi? - Falei me enxugando.

- Desculpa. - Ele pega minha mão.

- Esta tudo bem Fernando, você não tem de que pedir desculpas, você só está aqui em casa porque eu resolvi te ajudar. - Fui direto.

- Você tem razão.

- Não te chamei para criar nenhuma afeição sentimental. - Eu estava meio chateado sim, mas não queria deixar isso transparecer.

- Ta bom, não vou mais fazer isso, a partir de agora estou aqui por um objetivo. - Ele olha em meus olhos - Salvar minha irmã.

De repente Fátima aparece com duas taças de sorvete.

- Trouxe o sorvete que me pediu Vitor. - Ela fala me olhando.

Amor Bandido (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora