#12

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Nalani passou a mão pelo vestido que usava numa tentativa de arrumá-lo, sendo que o mesmo já estava devidamente no lugar. A realidade era que ela estava nervosa. Dali a exatamente meia hora teria que estar na delegacia para encontrar Rosalie Martinez e ali iria finalmente denunciar Enrique Ávilla.

- Você tem certeza de que quer ir sozinha? Eu posso faltar um dia de ensaio. - Antonielle Sol disse ao entrar no quarto. Nai ainda estava morando com a melhor amiga, pois enquanto Enrique estivesse solto, ela não pisaria em seu apartamento.
- Não estarei sozinha, Rosie estará comigo. Fique tranquila, cariño, vá ensaiar. Eu quero muito ver você arrasando em cima do palco daqui alguns dias.
- Está chegando, não é? - Anto perguntou e esfregou as mãos uma na outra. - Então eu já irei, você ficará bem mesmo? - Nalani concordou com a cabeça. - Eu amo você, corazón. Fique tranquila.
- Obrigada, eu também amo você. - a morena disse e Antonielle a abraçou forte.

A loira sabia que a melhor amiga era mais forte do que aparentava ser e tinha a certeza de que ela iria dar a volta por cima daquela situação de uma forma esplêndida.

Nalani era Nalani, ela iria conseguir.

Antonielle saiu do quarto e Waialiki respirou fundo. A morena pegou seu batom vermelho e pintou os lábios, naquele momento, ela se sentiu poderosa. Sorriu para o espelho e escutou seu telefone apitar. Era uma mensagem de Rosalie e isso significava que já era hora de ir.

*

Nalani chegou na delegacia no horário combinado. Desceu do táxi e, antes que pudesse entrar, viu Rosie lhe esperando na porta do lugar. A espanhola sorriu em sua direção e Nai caminhou mais rápido ao seu encontro.

- Bom dia, querida! Você está bem?
- Como nunca estive. Vamos?
- Vamos. - Rosalie Martinez respondeu e estendeu a mão para que a inglesa pudesse segurar.

As duas entraram na delegacia de mãos dadas e Nalani se sentiu segura, como se nada pudesse detê-la. Rosie caminhou pelo local com ela e elas entraram em uma sala, onde estavam o delegado, o escrivão, e um policial. Elas sentaram-se de frente para o delegado e Nalani respirou fundo.

- Boa tarde, de novo. - Rosie cumprimentou o delegado, esse que sorriu amigavelmente para ela. - Essa é a minha cliente, a que eu falei mais cedo.
- Claro, então, senhorita Waialiki, alguma coisa para me dizer?
- Eu quero fazer uma denúncia. - Nalani respondeu, firme. - Eu quero denunciar meu ex-namorado por agressão. Ele me violentou tanto fisicamente quanto psicologicamente. O nome dele é Enrique Castro Ávilla, mais conhecido como Rik Ávilla, camisa 10 e capitão do Barcelona. A estrela do futebol nada mais é que um agressor de mulheres.
- Eu tenho aqui as provas que comprovam que minha cliente foi agredida fisicamente. - Rosie disse e colocou uma pasta preta sob a mesa. - Aqui estão os laudos médicos que contam detalhadamente o que ela sofreu. - o delegado pegou a pasta e começou a ler documento por documento. Por vezes, balançava a cabeça negativamente e, outras, escrevia no computador à sua frente. - Também tenho testemunhas, ontem o ex-namorado da minha cliente tentou levá-la à força de um restaurante. Eu queria pedir uma medida...
- Não precisa nem pedir. - o delegado disse ao fechar a pasta. - Aqui já tenho provas suficientes para pedir uma medida protetiva para sua cliente. Erick... - chamou e o policial que estava na sala aproximou-se da mesa. - Prepare uma viatura, estamos indo para Barcelona.

Ao ouvir aquelas palavras, Nalani Waialiki respirou, aliviada, e sentiu um peso gigantesco sair de suas costas. A morena permitiu-se chorar e foi abraçada por Rosie, o delegado estendeu a mão para ela e, meio sem jeito, ela apertou. Nalani Waialiki ia ter justiça.

LATCH • REAL MADRIDOnde histórias criam vida. Descubra agora