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Tive que aprender a conviver com meus medos mesmo sendo muito nova, me chamo Lia Green, tenho 17 anos sou filha única, meus pais se chamam Pedro Green e minha mãe Anna Green.
Na minha antiga escola eu era considerada a esquisita filha de pais pastores, sempre fui ensinada que o verdadeiro a amor vem de Deus, meus pais foram transferidos de cidade por causa da igreja, estamos nos mudando para o interior de Goiás.

— Lia vamos? — minha mãe me chama.
— Algum dia voltaremos para cá? — pergunto curiosa.
— Minha filha o futuro a Deus pertence, mas se ele permitir, sim nós voltaremos.

Vou com minha última mala para o carro, olho pela última vez aquela casa grande e bonita na qual eu cresci e vivi toda a minha infância.

— Vai ser melhor pra você minha querida — meu pai fala — uma vida nova será bom para você.

Me sento no carro coloco meus fones, fico ouvindo louvores me permito dormi porque a viagem vai ser muito longa.

— Lia acorda chegamos.

Abro meus olhos e me acostumo com a claridade, olho bem em frente observo uma casa grande, ela é linda tem várias outras casas muito bem arrumadas

— Essa é a casa? — pergunto.

Minha mãe balança a cabeça em concordância, o caminhão de mudança logo chega atrás, pego minhas malas e entro na casa por dentro ela é mais bonita ainda.

— Seu quarto fica lá em cima, aposto que vai querer da uma olhada — meu pai fala ajudando os homens da mudança.
— Claro pai.

Subo as escadas vou até a porta onde tem meu nome, abro a mesma e adentro de um cômodo rosa claro com uma faixa branca no meio, vou até a sacada que mostra o quintal enorme e a casa de algum vizinho, fico observando a janela aberta é um quarto masculino, paro de reparar e vou para fora da casa.

— Mãe no que posso ajudar?
— Bom querida não tem nada para fazer, por quê não vai dar uma volta no bairro e conhecer um pouco?

Faço o que ela manda, o bairro é bem sofisticado, continuo andando e paro em frente uma pracinha a onde tem algumas criança brincando, fico olhando tudo com cautela até um garoto se aproximar de mim.

— Perdida princesa?

Olho para aquele rapaz pensando nas piores coisas do mundo.

— Não, quero dizer eu preciso ir, foi um prazer te ver.
— Ei se acalma, não vou te fazer mal.
— Eu preciso mesmo ir.

Saio de lá e deixo ele sozinho, volto para casa, minha mãe está no portão conversando com uma mulher.

— Boa tarde — falo entrando.
— Filha essa é a Cintia nossa vizinha, ela vai na igreja que nos vamos começar a ir.
— Me chamo Lia.
— Como sua mãe disse sou Cintia, tenho dois filhos Victoria e Neemias.
— Que legal e a onde eles estão?
— Victoria no estudo da igreja, o Neemias não sei, deve estar com seus amigos na pracinha.
— Assim entendo.
— Filha — minha mãe me chama — seu pai e os ajudantes, já colocaram as suas coisas em seu quarto, se você quiser pode ir arrumar.
— Sim mamãe, Cintia foi muito bom falar com a senhora.

Me despeço e vou até o quarto, vejo a bagunça que está, começo arrumar tudo em seu devido lugar, guardo as roupas no closet, meus livros coloco na prateleiras, meu computador na mesinha deixo tudo arrumado, pego minha bíblia e vou ler um pouco.
Término de ler vou tomar um banho, coloco um vestido simples e prendo meus cabelos longos e lisos, sou uma morena de cabelos lisos escorridos pretos, meus olhos são castanhos claros, eu sou bem parecido com meus pais.

— O jantar já está quase pronto — mamãe diz.
— Vamos receber convidados?
— Sim, a Cintia vem jantar em casa, sei que isso tudo é novo para você filha.
— Ela é casada?
— Sim filha o marido dela também vem.
— Hum entendo.

A campainha toca vou atender a porta vejo Cintia e sua família.

— Podem entrar - falo sorrindo.

O garoto entra na sala me assusto, eu o conheço, é o mesmo garoto que me chamou de princesa na pracinha.

Diário de uma garota Cristã - Revisando...Onde histórias criam vida. Descubra agora