Diário de uma garota Cristã - Revisando...

#29

Meu despertador toca anunciando que o dia amanheceu, vou até o banheiro me arrumar para ir pra escola, visto meu uniforme e desço para tomar café da manhã, não demora muito a campainha toca, Rita abre a porta, Neemias vem com um belo sorriso.

— Bom dia princesa — Neemias fala me dando um beijo na testa.
— Bom dia Neemias, que sorriso bobo é esse? — pergunto animada.
— Hoje eu acordei inspirado, amanhã é sexta o que acha de sábado irmos no parque?
— Se meus pais deixarem vamos sim.— Bom dia crianças — meu pai fala entrando na sala com uma xícara de café.

Neemias envolve seus braços no meu pescoço, seu gesto é tão fofo, meu pai observa cena da um sorriso, não demora ele fala rindo.

— Vamos, vamos, se não vocês vão se atrasar.

Saímos em direção ao carro, Victoria está encostada no muro nos esperando, entramos no carro eu ligo o som estava tocando alguns louvores, começo a cantar um pedacinho do louvor baixinho, meu pai me olha e fala pensativo.

— Você e a Esther louvavam sempre esse louvor.
— Ontem eu achei as coisas dela em um quarto da casa — comento.
— Eu e sua mãe decidimos deixar as coisas guardando no quarto que seria dela, o que você acha?
— Eu acho bom, assim nos meio que mantemos um pedacinho dela vivo em nós.
— Lia, creio eu que há algumas coisas que vai lhe interessar.
— É depois eu vou dar uma olhada com mais calma.

Chegando na escola tem muitas pessoas no portão, me despeço do meu pai vou até o portão e adentro na escola, Neemias sumiu de vista vejo Roberta sentada com um sorriso no rosto.

— Que sorriso é esse? — pergunto.
— Conheci um novinho.
— Novinho o que é isso?
— Lia você veio do estado dê São Paulo e não sabe o significado dessas gírias?
— É eu sou paulista, mas não me envolvia com essas coisas.
— Caretinha, o nome dele é Bernardo Cooper.
— Ele é da escola?
— Não, ele já faz faculdade, ele é um ótimo rapaz, de boa família.
— Como você conheceu ele?
— É um interrogatório?
— Não só estou cuidando da minha melhor amiga.
— Sei, mas ele é bonito e hoje ele vai me levar no parque.
— E vocês estão namorando?
— Nos conhecendo.

Roberta está muito feliz, eu gosto de ver ela assim, mas me preocupo com ela, não quero que ela se iluda.

— Roberta posso te dar um concelho? — pergunto.
— Pode amiga.
— Não quero ser pessimista ou chata, mas cuidado com quem você se relaciona, procura ver o que esse rapaz quer com você, não quero que você sofra por um cara.
— Lia, eu sei que você se preocupa comigo, mas eu não quero ser grossa com você, mas eu só acho que eu sei me cuidar bem.
— Eu te entendo amiga, mas se precisar eu vou estar aqui.

Bate o sinal para irmos pra sala, Neemias aparece com um sorriso de gato, chegamos na sala estavamos conversando coisas aleatória, quando do nada Ashilley entra na sala, usando uma tala no pé, braço imobilizado e um colar cervical, meu coração começa a palpitar.

— É, não se pode confiar no que o povo fala — Roberta comenta.
— Eu prefiro não opinar — falo levantando as mãos para o alto.
— A diretora é bem mentirosa — Neemias comenta — essa praga não tinha quebrado o braço, perna e fraturado a coluna e estava entre a vida e a morte?
— Disse sim — respondo confirmando.
— Vocês devem estar se perguntando né? Como eu voltei assim tão rápido e bela como sempre?
— Bela só se for no inferno mesmo — Roberta responde com sarcasmos.
— Eu só quebrei o braço, torci o pé e os médicos pediu pra mim ficar um tempo com esse colar cervical, eu pedi para minha mãe dizer que eu tinha me machucado muito feio, mas não deu muito certo, eu só quero dizer que estou de volta.
— Eu ainda continuo achando que ela deve ser uns dos adeptos do próprio capiroto — Roberta fala.
— Seus comentários não me atingem sua favelada.
— Acho bom você abaixar a sua bola Ashilley, você não manda em ninguém aqui, então abaixa a sua voz.
— E você Neemias não foi no hospital.
— Não perdi nada lá enviada do cão — Neemias fala e a sala inteira riu.
— Fofo como sempre, relaxa meu bem — ela responde e olha pra mim — e você resto de siamesa, o gato comeu a sua língua? Ou eu me esqueci que quem ti defendia era a sua irmã, e agora quem vai te defender?
— Eu — Roberta fala se levantando.
— Eu também — disse Neemias.
— Eu com toda certeza — disse uma garota se levantando.
— Contém comigo também — outro levantou.

A sala inteira foi se levantando meus olhos estavam cheios de lágrimas, ninguém nunca fez isso por mim.

— Calem a boca seus hipócritas — ela gritam
— Hipócrita é você e não nós, não vamos nós calar — gritou uma garota.
— Você não vai por mais suas mãos imundas em mais ninguém — Roberta disse se colocando de frente com Ashilley — você não tem vez aqui Ashilley, então vaza porque agora eu juro que te mando para um hospital, e pode ter certeza que de lá você não sai viva.
— Já chega das suas maldade Ashilley — Neemias fala — você perdeu e se continuar a nós atormenta e sua mãe não tomar uma atitude e te colocar na linha, nós denunciaremos ela e acabaremos com esse seu reinado.
— Minha mãe não manda em nada aqui, é apenas um pal mandado do meu pai que é dono dessa escola.
— O que está acontecendo aqui?

Todos olhamos em direção da porta, professora Carla de geografia e a diretora estavam nos encarando.

— Estamos colocando essa adepta do capiroto no lugar dela — Roberta fala  — ela não vai humilhar ninguém, não somos obrigados a ter que aturar essa mal amada, estamos cansados das maldades dessa garota.
— Silêncio — ela a diretora grita — todos em seus lugares agora, nada de motim na escola, antes que eu de uma advertência ou uma suspensão coletiva, que eu saiba eu mando nessa escola.
— Você não manda em nada — uma voz grossa surgiu atrás da diretora —  como você é uma péssima administradora, não consegui nem colocar essa garota no lugar dela, eu quero vocês duas na minha sala agora, vocês voltem para os seus lugares e a professora irá dar a aula dela.