Diário de uma garota Cristã - Revisando...

#9

 Acordo assustada me olho vejo que estou suada, levanto já se passou alguns meses depois da morte de Esther, e justo hoje eu sonhei com ela, tomo banho me troco e volto para o quarto levo um belo susto.

 —  Como entrou aqui? — pergunto assustada.
 — Pela janela, vi que você acordou e decidi pular o muro.
— Neemias se meu pai te pegar aqui, não sei o que ele é capaz de fazer com você.
 — Nada ele não faz nada — ele fala  sorrindo — e outra é só você ficar bem quieta que ele nem vai saber.
— Não, é melhor você ir embora, amanhã nós conversamos!
— Ta bom.

Ele me deu um beijo na testa e um abraço, logo sai do quarto, não demora muito minha mãe entra no mesmo.

— Lia vi que você acordou — mamãe fala — você está bem? Fiquei preocupada.
— Estou sim mamãe acho que estou precisando ter um particular com Deus.— Está certo minha filha, vai orar faz bem pra alma.

Ela saiu do meu quarto, agora é a hora de ter um bom particular com Deus, essa é a hora de falar com Deus, nem que eu tenha que só chorar, mas eu preciso entrar no meu particular com Deus.

— Senhor o que aconteceu comigo? Faz tanto tempo que eu não sonho com ela, me ajuda pai a tirar essa dor, eu necessito de uma luz, me ajuda senhor a compreender o seu caminho, sei que até aqui o senhor tem me dado graça e não tem me desamparado, mas eu não sei como lidar com tudo isso.

Continuo com os joelhos no chão chorando aos pés do senhor, meu celular começa a tocar olho e vejo que é um numero desconhecido.

— Alou? — pergunto.
— Lia?
— Sou eu mesma — falo em soluços.
— Então você é o motivo que Deus me acordou!
— Quem está falando?
— Assim fala o Senhor teu Deus, eu faço o que quero e na hora que eu quero, não tenta entender o que é inexplicável, apenas me adore que eu cuido do resto, vou eu cuidar de ti e tratar com quem te fez mal, vou eu me levantar e fazer descer, não te assuste pois o meu plano já está em pratica e ele não vai falhar, te acalma e te aquieta porquê eu cuidarei de tudo aqui, apenas ore e continue na peleja, que através de sua vida muitos voltaram para o meu caminho, e eu provarei a fé de muitos, apenas confiem em mim, que eu farei tudo, eu estou no controle eu faço o que faço porque sou dono do mundo e da vida, e ai daquele que tocar em um só fio de cabelo seu, eu sou aquele que sabe de tudo, desde o dia do seu nascimento, apenas te tranquilize porque eu estou contigo e não tenhas medo do que esta por vir agora, porquê eu te livrarei.
— Eu creio.
   
 A ligação cai e eu contínuo a chorar nos pés do senhor, hoje ele usou alguém que nem sabe quem eu sou pra falar comigo.
Acordo com o celular despertando me levanto e vou me arrumar, coloco um vestido bem simples e calço minhas sapatilhas desço para sala, meu pai me olha e fala.

— Hoje você não vai a aula querida.
— Por que? — pergunto.
— Você ira ao medico com sua mãe, fazer exames de rotina.
— Tá certo.
— Então vamos querida — mamãe diz.
  
Entro no carro fico em silêncio as coisas sempre tem um porque, chegamos ao hospital fomos fazer a ficha, não demorou muito o doutor me chama.
  
— Lia Green.
— Sou eu.
— Me acompanhe até a minha sala por favor.

Minha mãe se levanta seguimos o doutor até a sua sala, ele fica em silêncio olhando uns papéis fala e  sorrindo.

— Me chamo Sergio, vejo que você foi doadora de médula óssea certo?
— Sim doutor.
— Hum, bom para termos certeza que você está cem porcento bem, vou pedir uns exames de rotina.
— Hum hum.
— Tem algum tipo de câncer, diabetes, pressão alta, asma em sua família?
— Sim doutor!
— Quais delas?
— Leucemia Mielóide — repondo.
— OK vou mandar fazer  uns exames mais completo, qual era o tipo próximo de parentesco? Tios? Tias? Primos? Primas? Irmãos?
— Irma gêmea.

Ele anota um papel ficou em silêncio, ele me entrega um papel, chama a enfermeira.

— Cíntia leva a paciente para coletar sangue e fazer alguns exames.
— Sim doutor.

Olho para enfermeira é a mãe do Neemias, ela me da um sorriso acolhedor devolvo o mesmo, sigo ela até a sala de exames e acabamos passamos enfrente a uma área de tratamento infantil.

— O que é aqui? — pergunto.
— Quimioterapia infantil, ao lado fica a adulta, logo você ira pra lá.
— Eu não tenho câncer!
— Não sabemos ainda, manchas roxas pelo corpo já é um sinal.

Fico em silêncio será que eu tenho a mesma doença que a minha irmã? Não é possível isso, já que eu fui doadora de medula para ela, os exames teria acusado.