🌹Cap: 07/ Filme nada romântico🌹

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(2/4 maratona)

Dulce

Chegamos ao colégio no horário de sempre. Meu pai me deixa na porta do colégio se despendido de mim com um beijo em minha testa e deseja uma boa aula, mas nem sempre era uma boa aula, mas não dizia nada além de agradecer por isso e desejá-lo o mesmo em seu trabalho. Não queria trazer mais preocupação a ele por causa daqueles meus dilemas insignificantes no colégio.

Entro no colégio assim que o vejo desaparecer pela estrada, subindo as pequenas escadas na entrada do colégio. Sigo pelo corredor estreito em direção aos armários, carrego quatro livros junto ao meu peito e tomo bastante cuidado para não derrubá-los, mas como sempre derrubo tudo no chão. Suspiro.

Naquele momento queria que minha vida funcionasse com num filme de romance, onde a pobre moça derruba seus livros do chão e do nada parece um garoto lindo e prestativo para ajudá-la naquele problema e ficassem apaixonados depois, era patético, mas pouparia que ficasse corcunda depois de tudo. Mas minha vida não é um filme e tudo que tenho são garotos patéticos, ou me ignoram, ou chutam meus livros para mais longe e riem da minha cara. Sinto muito raiva dali e conto a até três para não matá-los.

Quando me agacho para pegar meus livros no chão uma voz me interrompe no mesmo momento e sinto-me bem em ouvi-lá, era tão linda e doce. Nunca havia escutado voz daquela forma.

- Deixa eu te ajudar - fico estático no momento.

Meu Deus! Aquilo não estava acontecendo!

Ele era diferente no colégio e bem bonito por sinal. Tinha olhos verdes e cabelos castanhos e lisos e um sorriso encantador. Me ajudou a arrumar meus livros e ainda os colocou dentro do armário bem organizado. Minha vida realmente estava parecendo um filme, mas só mudava o fato de ser a fera não a bela.

- O-obrigado. - ótimo Dulce!

- De nada.

Fecho a porta do armário e o tranco no mesmo instante.

- Você é novo no colégio?- pergunto. Com certeza nunca havia o visto aqui antes e além do mais ele não usava o uniforme do colégio.

- Não, não. Só estou acompanhando minha tia que trabalha aqui.

- Charlotte?- a única pessoa que pudesse ser sua tia.

- Isso mesmo. Bom deixe eu me apresentar. Sou o Paul - estende a mão em minha direção e eu a aperto - e você é...

- Dulce. Dulce Maria.

- Bonito nome, combina com você.- coro.

- O seu também.

- PAUL!- alguém o grita de longe.

- Tenho que ir.- faz um careta indicando para trás.- adorei conhecer você. Espero vê-la mais vezes.- deu um beijo rápido em minha bochecha.

- Eu também.

O mundo parecia querer brincar comigo, primeiro conheço um cara totalmente arrogante e estúpido e em outro momento conheço um cara totalmente fofo e atencioso. Mas nós dois haviam algo em comum, eram absurdamente lindos.

Ainda meu desnorteada por ter acabado mesmo de vivênciar um filme a minutos atrás sigo até a sala faltavam uns 19 minutos para o toque de recolher soasse, mas não queria ter o desprazer de encontrar com Christopher nós corredores novamente, justamente agora que voltou de sua suspensão semanal. Tinha medo do que pudesse acontecer comigo agora para frente.

Sigo em silêncio até a carteira no final da fileira ao lado da porta, sempre sentava ali onde me mantinha afastada e minha presença parecia ficar quase ignorada, seria totalmente se Belinda não achasse bom me expor todos os dias. Se encher meu saco fosse matéria, tiraria nota 10.

Só foi pensar nela para que surgisse dentro da sala, com seus saltos fazendo barulho no chão. Pego meus fones para caso precise deles. Seus olhos vão direto para mim e exalam frieza e desdém. Ser fria era um das suas maiores qualidades, se é que pode ser chamado de qualidade.

Suas roupas sempre muito curtas e justas. Ainda não entendia como não a castigaram por isso. Sabia que havia um cláusula nas regras da instituição que proibiam a uso de roupas justas e curtas no ambiente escolar e qualquer outro tipo de vestimenta fora o uniforme oficial do colégio. Mas ela parecia imune a punições, ela parecia cegar todos de alguma forma.

Ela se aproxima de mim rebolando e seus enormes brincos balançavam junto aos seus quadris. Meu corpo se arrepia quando uma de suas mãos pousa sobre minha mesa fazendo as inúmeras pulseiras em seu pulso sacudirem com um tilintar irritante. Os olhos esmeraldas pareciam prestes a lançarem raios laseres em mim. Suspiro e a encaro.

- Só vou dizer uma vez...- morde os lábios com força -, não se aproxime do Christopher, ele é meu.- sua ameaça me deixa confusa.

- Não chegarei perto daquele imbecil.

Ela segura com força meu rosto e suas enormes unhas quase furam minha pele.

- Claro que não, porque você irá morrer se aproximar dele.

- Belinda eu não tenho nenhum interesse nele.- digo sendo totalmente realista.

Ela rir como se o que tivesse dito fosse uma piada.

- Todas tem interesse nele.

Meu único interesse nele era que se mantesse distância de mim para sempre.

- Eu...

Ela não me deixa falar.

- Está avisada.- dizendo isso vai até sua carteira bem na frente.

Era muito confuso ela ter medo que roube o Christopher dela. Por que faria isso e ela não sabe que ele me considera sua inimiga mortal agora? Com certeza eles fariam um belo casal. Belinda podia fazer o que quiser com aquele ser nojento e idiota. Não tinha interesse algum nele, apesar de ser um belo projeto de pessoa, mas não importa a embalagem se o conteúdo seja péssimo.

- O que essa idiota fez com você?- Maitê aparece e senta ao meu lado na carteira. Fala de forma sussurrada em meu ouvido.

- Ela não me fez nada.- tranquilizo.

May olha na direção da mesa de Belinda e as duas trocam olhares de ódio. Maitê não se dava bem com ela como eu. Talvez fosse minha amiga por isso.

- Odeio essa vadia.- assovia. Cruzando os braços no peito.

- Deixa ela para lá, May.- chamo sua atenção.- a aula irá começar.

Logo a sala se enche de alunos e a professora chega e começa sua aula. Sinto um alívio por não ter encontrado com Christopher por aí. Esperava não vê-lo nunca mais. Porém logo começam a bater na porta da sala com certa violência.

- Quem será?- resmunga a professora brava indo até a porta.

- Posso entrar?- ah! Aquela voz.

- Esta atrasado senhor Uckermann.- reclama a professora.

- Desculpa. Vai me deixar entrar o não.- diz impaciente.

- Vai entra.

Os pelos do meu corpo se arrepiam assim que o vejo entrando pela sala com uma expressão entediada que logo se transforma em puro ódio quando me ver. Meu coração acelera. Ele iria tornar minha vida um inferno, talvez já tivesse tornado.

- Espero que isso não se repita.- aconselha a professora sentando novamente em seu lugar. - Sente-se ao lado da senhorita...

Belinda empurrar uma de suas amigas para a mesa vazia ao lado e interrompe a professora com seu oferecimento infantil e idiota.

- Sente aqui.- ela o chamava.

Vejo um sorriso safado nós lábios dele quando senta-se ao lado dela. Eles eram o casal mais perfeito de todos....
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Minha Estranha Maneira de Ser  (Vondy) ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora