🌹Cap: 09/ Festinha🌹

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(4/4 final da maratona)

Ucker

Olhei para o relógio e já eram 20hrs da noite e logo aquela casa estaria cheia com os amigos de Christian e os que fiz no pouco tempo na cidade, só esperava que meu primo não exagerava, não queria que causasse confusão em minha casa e meus pais já estavam fartos de mim e podiam muito bem me castigar, não tinha medo dos castigos, mas minha mãe sofria com minhas malcriações diárias, porém não sou capaz de não cometê-las.

Havia comprado muitas bebidas e mal cabiam no freezer e algumas coisas para beliscar na hora da fome. Analisei também o sistema de som e estava em perfeitas ordens com minhas músicas favoritas prestes a serem tocadas por todo o perímetro enorme daquele lugar. Dispensei os empregados, de certo modo tinha esse poder também, já que sou o filho do casal Uckermann e parcialmente dono da mansão onde vivemos agora. Meus pais não economizavam mesmo na hora de escolher uma casa e sempre tinha de ser a mais fabuloso e não era atoa que fossem meus pais.

A casa tinha um enorme espaço e um quintal enorme e com coqueiros bonitos e pequenos. Meu pai devia saber que teríamos que nos mudar mais uma vez e já tinha se preparado muito antes esta casa que teve de passar por uma reforma antes de mudarmos - para ficar realmente a medida Uckermann.

Subo pelas escadas e vou até o meus quarto e guardo todos meus pertences importantes, não quero que ninguém mexa em minhas coisas sem permissão e nem que façam coisas impróprias ali dentro por isso aquele canto estaria fechado para qualquer visitante inoportuno. Faço o mesmo com a suíte onde dormem meus pais, minha mãe não iria gostar de ter alguém mexendo em seus sapatos de grife e suas coisas e muito menos meu pai que é muito observador.

Escondo as chaves no cofre escondido atrás de um quadro feito por minha mãe quando era mais nova e ela tinha um dom para isso.

O que tinha guardado naquele cofre era muito importante e valioso a nossa família a gerações, eram jóias valiosas e de valor sentimental para todos da família, como o colar de diamantes que minha mãe usou em seu casamento com meu pai, custava muito caro e é peça única e isso o tornava uma das peças mais valiosas daquele conjunto e seria um tremendo inferno perder alguma das jóias.

Escuto a campainha e logo fecho o cofre e coloco o quadro novamente no lugar, corro para ir atender a porta e lá estava meu primo Christian sorridente junto a duas garotas ao seu lado, uma loira e a outra morena. Sua voz estava arrastada e podia ver que já estava bêbado. Como se fosse algo novo feito por ele.

Não demorou muito para minha casa encher de gente e na maioria das hipótese desconhecidos meus e totalmente problemáticos assim como Christian e já começava a me preocupar com aquelas pessoas invadindo meu espaço, mas fazer o que, havia aceitado aquela festinha particular.

Não demorou muito para que começasse a beber que perder um pouco de noção em minha cabeça e logo vejo Belinda entrar com suas amigas em minha casa usando um vestido azul brilhante e se ajustava ao seu belo corpo. Suas amigas estão ao seu lado e usam vestidos semelhantes ao de Belinda, mas com algumas diferenças, eram bonitas também, porém não eram capazes de superá-la.

Ela vem em minha direção andando lentamente rebolando provocante com um sorriso cheio de segundas intenções e essas intenções talvez fossem as mesma que as minhas.

- Oi.- sussurra em meu ouvido por causa da música alto do lugar.

- Oi.- envolvi sua cintura.

- Adorei sua casa.- elogio.

- Obrigado.

Seus cílios são longos demais e concluir que eram postiços. Aperto mais seu corpo contra o meu, enquanto fito seus olhos verdes cheios de desejo e pensamentos atrevidos e conhecia aquele tipo de garota como a palma de minhas mãos. Com certeza ela era o tipo de garota rica e arrogante, digamos, uma patricinha de colégio e isso talvez fosse algo que tivéssemos em comum e seria bom me divertir com ela e isso me traria prestígio no colégio.

- Gostaria de vir aqui mais vezes.- sua voz é lenta e sedutora.

- Eu também.- não era bem uma verdade, não era o momento para ser sincero.

- Que bom - suas unhas arranhavam meu pescoço - e sabe o que seria ainda melhor?- perguntou contra minha boca.

- O que?

- Isso...

Logo senti seus lábios sobre os meus e gostei de saber que tinha iniciativa e que beijava bem por sinal. Seus lábios eram quentes e doces como um morango, talvez isso por causa do batom dela. Passamos muito tempo nos beijando e conversando.

A música tocava tão alta que alguns vizinhos ligaram reclamando do barulho, mas não me importei com isso e continuei normalmente a festa, bebendo e dançando. Já estava sem noção alguma e nem me importava se havia alguém fazendo xixi no quintal e nem o fato de copos serem quebrados junto aos vasos indianos que custaram caro, minha mãe me mataria por causa do prejuízo muito caro que isso lhe daria.

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Dulce

Tomo um banho morno e sento-me na beirada de minha cama ainda enrolada na toalha. Admiro cada canto daquele quarto no qual passo a maior parte do tempo tirando o colégio. Algumas pessoas me acham que sou maluca e depressiva por me manter por tempo demais entre quatro paredes, mas não me conhecem de verdade para saberem o quanto aquilo me faz bem, as pessoas me sufocam às vezes, quase sempre. Adora ficar sozinha e não ter ninguém me julgando e me dizendo o que devo fazer ou agir.

Por que não cuidam de suas próprias vidas?

Se tem algo que odeio é ser pressionada a fazer coisas nas quais não quero fazer e agir como outras pessoas acham correto. E daí?! O modo que ago ou como me visto, gosto de usar roupas largas e deixar meu cabelo prezo a todo tempo em um coque ou um rabo de cavalo.

Visto-me da forma que sinto mais confortável, blusa de Baby-doll, uma calcinha e a calça de moletom e meias, meus pés ficavam gelados a noite e isso me incomodava bastante. Sento-me novamente na cama e pego um livro em cima do crido-mudo, e então começo a lê-lo. Até ouvir toques na porta.

- Olá.- diz minha mãe colocando somente a cabeça para dentro do quarto.

- Olá.- retribuo sorrindo.

- Está tudo bem com você?- pergunta. Sua pergunta é estranha. Parecia mal?

- Eu?- ela balança a cabeça positivamente - estou bem.

Ela entra no quarto e fecha a porta atrás de si com um estralo. Um sorriso fraco aparece em seu rosto enquanto senta-se bem ao meu lado. Não precisa ser gênio da lâmpada para saber que ela queria algo.

- O que houve, mãe?- pergunto -, está acontecendo algo?- ela continua silenciosa, isso aumenta a aflição.

- Não. É um assunto íntimo.

Íntimo?

- Filha você cresceu tão rápido - segura uma de minhas mãos. Já sabia do que iria falar e sentia a nó se formar em meu estômago - antes era tão pequena e frágil e parece que foi ontem que tinha que resolver seus problemas com fantasmas.- dá uma risadinha.

Mãe por favor não entra naquele assunto.

- Agora...você cresceu, está quase uma mulher, dói saber que não será minha menina para sempre e tenho de aceitar isso, pois engravidei sabendo que iria crescer - suspirou.

- Mãe...- tento interrompê-la, mas não dá certo.

- Sabia que teria...sentimentos novos como eu tive, agora que é adolescente sua...sexualidade esta a flor da pele, e não poderei prendê-la.- ela queria mesmo ter aquela conversa.- de jeito ou de outro precisa...se...

- Para...mãe!- aquela conversa estava constrangedora demais.
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Continuo quando puder.

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Kkkkk

Até a próxima!!! 👋

Minha Estranha Maneira de Ser  (Vondy) ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora