🌹Cap: 13/ Semi-Deus🌹

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Dulce.

Puxo meu capuz para cima de minha cabeça e escondo os fones em meu ouvido, deito-me sobre a mesa e ouço a música tranquilamente, enquanto todos parecem agitados a minha volta - estão aproveitando aqueles 15mm de folga o máximo que puderem, era um momento sagrado, mesmo que isso se repetisse várias e várias vezes a cada período de aula.

Para mim nada era diferente, não havia a menor graça estar ali quando o máximo que pode fazer e devorar algum sanduíche e ouvir sua melhor amiga reclamar de uma espinha em seu rosto.

- Isso sempre tem que acontecer na hora erra...urgh!... como irão olhar para mim com isso em meu rosto - dizia rapidamente irritada disparando para todos os lados sua irá. Não sabia se devia me meter, mas foi o que fiz.

- Nem está tão ruim...- sou interrompido no mesmo instante pela voz aguda dela.

- O que!? Como não está muito ruim!?...Dulce isso está vivo, vivo! Agora todos vão vê-la e era para ser a minha noite - choramingou como uma criança que o pai recusou comprar o brinquedo que queria.

Poncho lança-me um discreto olhar de quem diz: ela está louca, concordava perfeitamente com ele. Maitê estava agindo de forma tão exagerada por causa de uma minúscula espinha no queixo, já havia lidado com maiores, porém como conhecia muito bem senhorita Maitê era natural que reagisse com exagero, tudo a ele era exagerado como seus brincos enormes, as pulseiras com pingentes variados e tudo tão colorido, até mesmo o uniforme sofria com o estilo que gostava.

Lembro-me de uma vez quando Maitê inventou de fazer uma tatuagem e quase me obrigou a fazer também e com certeza eu disse não, um tão sonoro não que a fez ficar com raiva de mim por uns dois dias, mas logo voltamos a ser amigas, um tipo de amiga que é considerado estranho demais pelo grupo de Belinda - o que realmente não ligavamos a isso - em tocar em Belinda ela simplesmente surgi com seus amigos e como era de se esperar Christopher estava bem ao seu lado com seus ombros largos balançando de um lado para o outro com seus passos firmes e lentos como se estivesse desfilando.

Não era segredo para ninguém que Christopher entraria para aquele grupo, tinha todas os requisitos para isso: rico, mesquinho, esnobe, cabeça de vento, bonito...tinha vários outros tipos de qualidades - se podemos chamar assim -, para se ter a aprovação da mais tonta de todas - se pensou Belinda está certo.

Fecho meus olhos com força assim como eles se aproximam de nossa mesa como sempre fazem caretas como se sentisse algum odor ruim, era sempre assim. Mas não reparei muito nos outros, somente em Christopher que não fazia o mesmo que sua namorada ou qualquer outro, olhava especialmente para mim, seus olhos castanhos tinha alguns reflexos em verde, por mais idiota que ele fosse sua beleza me prendia de forma bastante incomum - odiava quando ficava dessa forma, era injusto. Paro de olhar assim que ele nota o que faz comigo e pisca da forma que sabia bem fazer, então rolo os olhos de volta.

- Argh! Nojentos! - Maitê faz uma careta desgostosa com lábios franzidos - aquelas pessoas nem deviam estarem aqui e sim num hospício - assenti com a cabeça sobre a mesa.

Então tudo fica silêncio por alguns segundos até Maitê tocar num assunto no qual não queria que tocasse: Christopher Uckermann.

- Alguém notou a forma com Christopher olhou para Dulce? - prolongado meu nome. Eu não queria que pensasse que tínhamos alguma coisa, pois não tínhamos nada além de ódio um ao outro - ele parece está caidinho por...

- Belinda - a interrompi antes que disse qualquer besteira - ele só me olha daquela forma, sabendo que irrita - digo isso rápido demais que talvez não passe a veracidade que precisava.

A morena entre abre os olhos, colocando um pedaço de pão nos lábios deixando uma pontinha de maionese sujar seus lábios. Ela não havia acreditado em mim, mas tudo era a verdade, Christopher estava afim de Belinda e não precisa ser vidente ou qualquer pessoa que saiba ler cartas para se saber que não faço o tipo dele, nunca que farei. Não faço questão.

- Não pareceu, mas se é o que acha...quem sou eu para discutir?- piscando -, bom, mas você viu as roupas que Fuzz está usando? São tão vulgar - sinto alivio quando sua atenção se volta a integrante mais pequena do grupo Fuzz Malo.

O resto do dia no colégio foi praticamente normal, aula, atrás de outra a mesma repetição e as mesmas caras achatadas de sempre. Para meu alívio Christopher ficou bastante tempo prestando atenção nos seios de Belinda que pareciam saltar do decote de sua blusa rosa, ela fingia não perceber os olhos dele sobre ela, era óbvio que isso a deixava feliz, usava sua sexualidade como um poder sobre as pessoas as fazendo de seus bichinhos de estimação, os quais podia brincar até cansar e jogá-los fora.

Por que isso me incomoda?

Pareço alheia as aulas restantes, era como se minha mente se perdesse a cada vez que me focava nos cabelos castanhos com reflexos dourados um pouco a frente de mim, isso me deixava tonta. Maitê falava toneladas de palavras, mas eu nem prestava a atenção, o que me disse a algum tempo atrás m fazia pensar, pensar se aquilo fosse verdade, mas isso durou pouco tempo até enfiar em minha mente que Christopher era um estúpido...

Quando tudo acabou fiquei torcendo para não encontrá-lo nos corredores enroscado com Belinda como um carrapato, não tenho cabeça para aturá-lo agora e tenho sorte não o encontro a lugar algum no corredor estreito, somente alguns alunos conversando, ou cochichando algo certamente sobre mim.

Não me importo como sempre, nada importava desde que me mantesse livre do inoportuno Christopher e quando estou prestes a comemorar uma mão pousa em meu ombro me fazendo transpirar e meu coração se acelerar em meu peito.

Deus! Não!

- Pensou que fosse um fantasma?- solto o ar com alívio assim que vejo Maitê - que houve?

- Você me assustou.

- Jura? Ou está somente decepcionada por não ser o semi-Deus do Christopher?- fecho a cara - ok! Não falo mais - erguendo os braços -, bom gostaria de uma carona até sua casa?...

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Leio pela décima vez Romeu e Julieta em meu quarto sentada na poltrona em meu quarto, mas não sei se tenho o interesse de sempre em minha leitura, nunca pensei que algum dia Shakespeare não seria algo interessante a mim, mas vejo que me enganei, na verdade tudo parece confuso, Christopher torna tudo isso confuso.

Jogo o livro para um lado da cama e suspiro pesadamente e começo a pensar com raiva no fato dele está bem ao meu lado, morando tão perto de mim tendo chance maior de me irritar. Só de pensar nesse fato uma luz ilumina meu quarto, uma luz vinda do vizinho, no caso o quarto dele. Meu quarto só estava sendo iluminado por um abajú ao lado de minha cama, meus pais iam dormir cedo por isso ficava somente com a luz da abajú para que não percebessem que ficava acordada.

Por algum motivo vou até a janela e vejo algo que me prende totalmente a visão mais bonita que eu podia ter no momento, mas é ele o garoto que foi estúpido comigo desde o primeiro dia em que me viu e não posso simplesmente me deixar levar somente pelo fato dele ser tão bonito, ainda mais estando somente com uma toalha envolvendo sua cintura. Minha respiração fica descontrolada. A visão de seus cabelos molhados e bagunçados era tão impressionante, as gotas de água brilhavam em seu corpo semi-nu, de alguma forma quis passear por ele como elas em cada parte daquele corpo com músculos perfeito, sobre a pele branca tão brilhante. Imaginava se seus braços poderiam me esquentar quando tivesse frio, devo parar de pensar nessas coisas, mas não consigo e forte demais. Talvez fosse pelo fato de nunca te visto um homem semi-nu, nem ao menos nu em minha frente. Maitê tinha razão quanto a usar o termo Semi-Deus para com Christopher.

Estou tão presa aquilo que a única coisa que me faz parar de fitá-lo são os olhos castanhos olhando em minha direção em tão fecho minha janela rapidamente e quase caiu de bunda não chão. Minha pele queimando de vergonha. E agora? Ele havia me visto admirá-lo como uma idiota...
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Hum...Dulce safadinha 😏.

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Minha Estranha Maneira de Ser  (Vondy) ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora