Minha Estranha Maneira de Ser (Vondy) Reescrevendo

🌹Cap: 08/ Não! Isso! Não🌹

(3/4 maratona)

❤Dulce❤

Depois da interrupção a aula se iniciou a poucos minutos. Meu coração estava acelerado com a presença dele ali e esperava que nada fizesse a mim por isso tentava ao máximo não olhar para ele, ou para Belinda ao seu lado da mesa. Foquei minha atenção toda na aula assim como Maitê que anotava tudo que fosse importante em seu bloco de notas, os brincos enormes balançavam em suas orelhas, ainda não entendia como as orelhas de May continuavam firmes com aquele quantidade de brincos gigantes que usava.

Christopher e Belinda pareciam ter uma conversa bem interessante e mal prestavam atenção na aula. Christopher parecia muito entretido olhando para o decote de Belinda onde seus seios quase saltavam dali. Mas ele ainda olhava em minha direção, podia sentir o calor dos seus olhos em mim, não queria manter contato visual por isso virava o rosto para não olhar para ele.

- Ele não para de olhar para você. - diz Maitê, sussurrando bem perto do meu rosto.

- Percebi isso.- digo por fim.

Maitê coloca uma mexa de seus cabelos curtos e negros atrás da orelha e olha bem para o meu rosto com seus cílios negros balançando de forma delicada.

- Dulce conquistando corações.- comenta sorrindo, faz um dançinha estranha com os ombros.

Maitê não sabia o que falava. Onde Christopher estaria interessado em mim? Ela não via o modo como olhava para Belinda e o modo como olhava a mim, com certeza ódio era o que se passava em seus olhos castanhos assim que vinha à meu rosto. - era Belinda que desejava não a mim a pobre desengonçada.

Balanço a cabeça negando aquela hipótese:

- Não lembra do que aconteceu assim que nos conhecemos?- pergunto. Maitê da de ombros. - é evidente que me odeia.

- O ódio e o amor andam juntos.- sua voz sai tão fina que mal a escuto.

- Mas não nesse caso.

Maitê aperta os lábios pintados de rosa preparada para dizer mais algo, porém escutamos o pigarro da professora e o olhar severo em nossa direção. Maitê se cala no mesmo instante.

- Algo de errado aí atrás, senhoritas Perroni e Saviñon?- pergunta Charlotte levemente irritada e batendo sua caneta na beirada de sua mesa. As linhas de seu rosto pareciam tortas.

- N-não, não há nada de errado.- lhe respondo nervosa.

Ela faz um barulho estranho e balança a cabeça somente e só então volta a dar sua aula. Toda a sala olhava em nossa direção. Depois disso May e eu passamos o resto da aula em puro silêncio, então o sinal toca e a aula acaba e se inicia outra em um pequeno intervalo de 15 minutos.

O tempo ia passando lentamente a cada aula e tudo que fazia era olhar para os ponteiros do relógio anexado no alto da parede cinza - em algum momento o imaginei caindo sobre o crânio de alguns professores.-, os ponteiros pareciam se mover lentamente, exceto o que marcava os segundos. Nunca quis tanto que acabasse rápido e que pudesse voltar logo para casa e ficar bem longe de específicos olhos castanhos.

Como se Deus ouvisse minhas presses o sinal toca, alto demais e fazem meus ouvidos zumbirem. Em menos de cinco segundos a sala já se tornava quase vazia e os alunos saiam em disparada da sala. Maitê e eu fomos as últimas e nos despedimos do professor com um aceno. Andamos por uma parte do corredor até May senti vontade de urinar e correr para o banheiro e então segui sozinha. Estava rezando para não encontrar com ninguém que me faça ter calafrios. Quando eu achei que tivesse me livrado eu o vejo com Belinda perto do portão de saída, estavam quase se agarrando lá na frente e isso fez meu estômago embrulhar. Passei em disparada ao lado deles e por sorte não disseram nada ou ao menos me notaram...

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💲Ucker 💲

Me jogo sobre o sofá na enorme sala de estar bebo uma garrafa gelada de cerveja e escuto música alta por meu som portátil. Meus pais sairam de viagem e isso significava que tinha a casa só para mim e que podia fazer tudo o que quisesse, sei que prometi a minha mãe que comportaria, mas eu não sou capaz de obedecer qualquer coisa, precisava me divertir.

A campainha toca e não faço esforço algum para atendê-la, somente pelo simples fato de ter pessoas para fazerem isso por mim, mas ninguém aparece e a pessoa do lado de fora da porta aperta aquele botão com muita fúria e vejo que tenho que sair do sofá para atender a visita.

Era Christian parado na minha frente com seus cabelos coloridos e chamativos. Há uma garrafa de cerveja em suas mãos e ela a sacode várias vezes. Sua camiseta e repleta de flores e colava em seu peito dando a ele um toque meio de um gay.

- Eae! Chris!- cumprimenta invadindo minha casa sem pedir permissão. Reviro os olhos. - fiquei sabendo que seus papais não estão na cidade - se joga da forma mais desengonçada sobre o sofá.

- É não estão. Pode me dar espaço?- sento ao seu lado do sofá.

- Podíamos chamar umas gatas e dá uma festinha, o que acha?- proponhe, cutucando minhas costelas.

- Seria uma boa idéia.

- Podia chamar a Belinda, ela parecia interessada em você.- dando um logo gole em sua cerveja.

Belinda era uma garota bonita e atraente e seria uma boa trazê-la para minha casa. Pelo que soube sobre ela é que era a garota mais popular do colégio e que também a mais bela, podia até concordar com isso, seria uma boa me divertir com ela um pouco, mas depois trocaria ela com outra garota bonita e atraente e naquele colégio tinha várias que me davam certo interesse, menos Dulce Maria e aquela sua amiga representante, essas duas queria distância.

- Seria uma boa.- digo com malícia.

- Esse é o meu primo!- berra Christian batendo em meu ombro com certa força.- posso chamar alguns amigos meus e algumas amigas?- pergunta.

- Pode. Mas não quero muitas pessoas, pois se acontecer muito bagunçada irá sobrar para mim.- advirto. Não queria correr o risco de ter que ficar de castigo aos 17 anos.

- Confie em mim.- pisca - essas será sua festa de boas vindas ao novo colégio e convidarei só as mais gatas daquele colégio.- pronuncia cheio de si.

- Nada de Dulce?- pergunto. Não sei porque perguntei sobre ela. De alguma forma aquela garota estava me deixando maluco.

Christian franzi o cenho e arregá-la os olhos.

- Com certeza não. Aquela garota é muito estranha. Espero que não esteja interessado nela.

- NÃO! Isso nunca!...
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