🌹Cap 18/ Fizemos uma boa dupla🌹

115 10 9
                                    

Dulce

No dia seguinte fui ao colégio, como sempre, no mesmo horário, encontrei Maitê em meio ao corredor, seguimos conversando pelo  caminho, antes do sinal ensurdecedor pudesse nos interromper. Assim que acontece vamos juntas até  nossa classe.

Haviam poucos alunos ali ocupando os lugares vagos. Minha amiga e eu fomos até nossas ocupações prosseguindo com nosso diálogo até a aula se iniciar;

Belinda Peregrín rompeu pela porta como um anjo demoníaco, suas pedras de esmeraldas reluziam em desdém bastante definido, suas amigas vinham logo atrás e tinham a mesma feição em seus rostos perfeitamente articulados para enganar.

Por um breve momento vi os  olhos esmerada queimarem em minha direção, não fiz questão de me importar, assim que um discreto sorriso surgiu em seus lábios púrpuras, ajeitou seu pequeno traseiro redondo ao tampo da cadeira.

Christopher? Não estava ao seu lado, talvez nem viesse para o colégio. Deveria se arrepender por isso, já que a loira usava um vestido curto  que ressaltava suas curvas, sem contar as meias arrastão que vinham a cubrir até a altura dos joelhos, a deixavam bastante sexy.

Balancei minha cabeça para afastar pensamentos pecaminosos em relação aos dois.

- Acha que irá aparecer?- olho para May confusa.

- Quem?

- Christopher Von  Uckermann, oras quem mais seria?- exclama como se fosse algo óbvio, suspiro.

- Talvez esteja com vergonha de aparecer com o galo que provoquei em sua cabeça ontem a noite - um sorriso brota em meus lábios ao me lembrar - Espero não vê-lo por pelo menos um ano.

- Acho que depois disso pensará duas vezes antes de importuná-la novamente  - disse ela. Faria suas palavras minhas - Bom, mas hoje parece que Deus não ouviu suas presses.

Sinto meu  estômago rodar assim que o vejo entrar com uma carranca estampada no rosto me fazendo arrepiar, não parou de me olhar nem mesmo quando sentou-se ao lado de Belinda ea beijou rapidamente seus lábios.

Por que fico incomodada com isso?

Antes que pudesse tivesse chance de infartar no meio de todos o professor de meia-idade e cabelos grisalhos cruzou a porta nos  cumprimentando  cordialmente, colocando sua pasta cor de marfim sobre a mesa e iniciou sua aula normalmente.

                      ***

- Essa atividade será feita em duplas...- assim que ouço suas palavras pego a mão de minha amiga ao lado, sorridente -, as duplas serão definidas por sorteios -  meu sorriso logo murchou assim como os restantes alunos que praguejavam sua  irritação. Esperava que sentasse ao lado de alguém com mínimo de cérebro.

- Isso não é justo - resmunga minha amiga, chutando a mesa do laboratório com a bico fino de sua bota preta - Reze para não sair com Belinda ou pior  com Uckermann, xifrudo - diz dando uma risadinha, faço o mesmo.

Mesmo com os murmúrios exaltados o professor iniciou o sorteio. Não importava quem fosse meu par naquela aula, que não fossem Belinda ou Christopher.

Meus batimentos estavam acelerados assim quando chegou minha vez:

- Srta. Saviñon - anuncio o professor segurando um pequeno pedaço de papel - irá fazer parceria com o sr. Uckermann - senti uma imensa repulsa e o chão sumir sob meus pés.

Oh! Deus! O que fiz para merecer tal castigo.

Christopher parecia feliz, concerteza estava louco para me atormentar a aula inteira. O dia seria o mais longo de todos.

Maitê que já estava com seu par me olhou de forma que me era confortável. Tudo que queria naquele momento era vomitar, colocar todo meu café da manhã para fora. Olho na direção do meu par e recebo uma piscadinha descarada, viro novamente o rosto e passo as mãos por ele.

Será só por alguns minutos, passará rápido.

- Podem unir seus pares - disse o professor indo até o painel branco a suas costas.

Virei-me paro o lado oposto assim que sinto o lugar vazio ao meu lado ser preenchido, não queria fazer contado visual com aquele ser. Talvez não fosse me conter em relação a sua testa gestante. Já estava rindo somente de imaginar.

- O distinto é incrível, não?- ergo meus ombros assim que ouço sua voz, o ignoro - Ok, você não tem humor - ele colocou a mão sobre o balcão, começando a tamborila com batidas repentinas na madeira.

- Isso não é destino, Uckermann - digo baixinho pegando alguns tubos de ensaio nas mãos - Usaria karma para realmente definir o que está acontecendo - indicando para nós dois.

Ele rir. Sou incapaz de não achar aquilo bastante charmoso.

Puta merda!

- Você realmente não tem senso de humor - diz de descontraído, forço-me a fitá-lo. Usava uma toca cinza para esconder sua testa.

- Não estou aqui para ser uma palhaça como você - ele move a cabeça de um lado ao outro - E se não percebeu temos coisas a fazer - viro-me para prestar atenção ao  professor.

Durante boa parte do tempo tive que seguir as ordens tudo sozinha, Christopher não se mexia nem mesmo para me passar qualquer produto químico de que precisava e estavam ao seu lado, em quanto tentava pegá-los quase enfiava  meus seios em sua cara. Esse seria motivo para o que fazia.

Não adiantava brigar, não precisava de sua ajuda, não seria eu quem precisaria de uma média extra no final do bimestre. Segui tudo a risca, até um momento quando não estava achando algo que se encaixasse, havia me dado um branco no momento e a minha salvação veio de alguém que jamais imaginária.

- Não presto atenção sempre em peitos - sorri passando as mãos pelos cabelos ondulados, cheiravam tão bem e tive que segurar a vontade de me curvar e aspirar o cheiro de seu shampoo melhor.

- Isso é muito raro - brinquei sem segurar o riso, enquanto pingava gotículas de cloreto de sódio em minha fórmula.

- Viu você sorriu - exclamou com bastante entusiasmo. A pele do meu rosto se tornou rosa.

- Christopher menos - sussurrei, tentando segurar meu riso, mas era difícil - Temos que terminar isso aqui, você me ajuda ou não?

- Ok - aquieceu, se aproximando mais de mim.

Durante o resto da aula Christopher e eu finalmente começávamos a trabalhar em equipe. Confesso que não foi tão ruim quanto pensava, Christopher conseguia suavizar um pouco meu lado mais nervoso quando falava suas típicas besteiras, além do mais fiquei impressionada com o fato de ter me mostrado ser bastante útil. Christopher era inteligente, só tirava as notas baixas por se concentrar em coisas fúteis e em falar nelas, Belinda não parecia nem um pouco contente, seu nariz afilado estava torcido pelo ciúmes.

- Todos, exceto srta. Peregrín e seu par, tiveram um bom desempenho na aula de hoje, estão de parabéns - todos vibravam, menos Belinda que fazia uma careta a seu parceiro que parecia um animal assustado.

- Nós fizemos uma boa dupla, não é?- assinto com sinceridade.

______________________________
Desculpem a demora minhas bebês. Não esqueci a fic, isso nunca irá acontecer. Eu ando meio sem inspiração em algumas fics minhas e estava enrolado com uma fic que acabei de tirar do forno, mas prometo arrumar isso e postar com mais frequência 😘

Comentem e votem para me ajudar tbm!!
              

Minha Estranha Maneira de Ser  (Vondy) ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora