🌹Cap: 16/ Bom demais para ser verdade🌹

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Dulce.

- Eu o matei! - digo com as mãos rente aos lábios.

Meus batimentos cardíacos se mantinha acelerado a maior parte do tempo. Christopher estava imóvel, parecia dormir, só que na verdade estava apagado. Me aproximo de seu corpo nas pontas de meus pés me agachando ao lado de seu corpo colocando meus dedos entre seu nariz e boca para sentir se respirava e felizmente estava respirando respirando normalmente, seu peito se movia lentamente. Com toda delicadeza viro o rosto dele colocando sobre uma travesseiro.

- Isso vai ficar inchado - olho o lado onde o controle havia lhe acertado e havia sangue - calma vou trazer gelo para colocar nisso aí - posiciono sua cabeça melhor no pequeno travesseiro para que não houvesse danos maiores em sua cabeça - você está vivo não tem motivos para ficar bravo.

Me afasto dele e desço até a cozinha para poder pegar gelo e tentar diminui um pouco o inchaço que logo viria a surgir em sua cabeça. Minhas mãos tremiam quando colocava os cubos de gelo na bolsa e quando termino tudo subo novamente em meu quarto e deparo com Christopher me fitando bravo e confuso ao mesmo tempo. Assim que vejo seus olhos aberto percebo o que realmente aconteceu e começo a gargalhar como uma louca.

- Por que está rindo?- resmunga Christopher com um olhar furioso - isso não tem a menor graça - quanto mais ele resmungava, mais me contorcia de rir - Dulce!

Demoro tempo demais para recuperar de meu ataque repentino de risadas. Christopher tem uma expressão de poucos amigos, porém não tenho mais medo - por que sentir medo de alguém que é facilmente derrotado por um controle de DVD player? Controlo minha respiração por alguns segundos antes de recomeçar a falar.

- Quem é o covarde agora? -provoco-o - Christopher só aconselho uma coisa a você,  nunca, nunca mesmo me chame de covarde, porque se tem algo que não sou é isso.

- Acha que não percebi isso - diz irritado. Com certeza ter apagado por minha causa havia ferido sua virilidade - não sabia que tinha pontaria - zombando de si mesmo.

Me aproximo dele colocando a bolsa de gelo em sua cabeça sem a menor delicadeza o fazendo gemer de dor e resmungar o que era algo que sabia fazer muito bem: reclamar, reclamar, somente reclamar. Precisava aprender que não se podia provocar Dulce Maria e ficar ileso.

- Quantas vezes terei que repetir que não tem graça - reclama assim que recomeço a rir.

- Christopher confessa é engraçado - pego o controle em minhas mãos, ele estava ileso sem nenhum arranhão aparentemente, já a testa de Christopher estava em ruínas - não parece tão ameaçador agora o que foi, está com medo?

- Não me irrita garota - expressão com os dentes trincados.

Estreito meus olhos nos dele.

- Quer que jogue no outro lado para ficar igual - ameaço irritada, Christopher nega com uma expressão de medo assim que ergo o aparelho rente ao seu rosto - então fica calado e me obedeça, ok?- ele concorda irritado.

Era tão excitante me sentir superior em relação a ele, talvez o controle remoto fosse uma ótima arma, seria muito útil em confrontos e guerras, somente com uma pancada fez um enorme ser humano como Christopher dormir por um bom tempo. Nunca pararia de rir disso.

- Está realmente adorando isso não?- me olhando.

- Com certeza, Christopher. Nunca pensei que fosse tão vulnerável em relação a um controle remoto?

- Isso não é um controle e sim um tijolo, Dulce isso mata alguém - ele mesmo começa rir e me fazendo rir.

- Acho que vou levá-lo junto comigo a qualquer lugar, com certeza estarei protegida de você ou de qualquer outro estúpido com cérebro de ervilha - pressionando a bolsa mais uma vez contra o ferimento o fazendo encolher.

Ele continuava a sangrar, o sangue escorria até sua camisa branca o que com certeza daria uma bela mancha que nunca seria removida, ele teria que dar adeus para aquela roupa. Lembro-me que tem um kit de primeiros socorros em cima do armário do banheiro e me apresso para pegá-lo.

- Segure - entrego a bolsa a ele que me olha confuso.

- Onde vai?

- Ali no banheiro. Preciso limpar o sangue - indico a sua camiseta sangrenta e entro no banheiro erguendo meu corpo rapidamente para alcançar a pequena maleta branca com a cruz ilustrada.

Aperto a maleta contra meu peito e volto rapidamente ao quarto e quase tenho um ataque assim que vejo Christopher sem a camiseta. Devo me controlar diante dele, mas é difícil quando tenho a visão de seu corpo tão marcado e com a pele tão bronzeada, dourada. Controlo minha respiração. Christopher estava sentado na beirada de minha cama com os braços apoiados no quadril o deixando sexy.

Dulce foco, respira!

Alertou minha voz interior. Sento-me ao seu lado e abro a maleta pegando um frasco transparente e um maço de algodão macio. Meu rosto se incendiava com seu olhar em mim, estou perdendo o controle. Abro o frasco despejando o líquido no algodão. A única coisa que me mantinha separada dele era a maleta entre nós que logo e retirada.

Me aproximo dele meio hesitante, tento evitar sua pele exposta e focar somente no corte feito por mim. Ele reclama assim que toco seu ferimento com o algodão molhado, estávamos tão próximos que podia sentir seu hálito em minha nuca me fazendo arrepiar, assim como seus olhos que parecem mais verdes do que castanhos nesse dia - qual é o meu problema?

- Você pode  deixar sangrar até a morte se quiser - dando de ombros levemente me fazendo olhar no interior de seus olhos castanhos esverdeado. Como podia dizer aquelas coisas?

Por mais que tivesse raiva dele nunca lhe desejaria a morte ou o sofrimento.

- Hum...eu não quero, Christopher - digo em tom baixo e se inicia um bom tempo silencioso.

Limpei seu sangue e joguei tudo no lixo e guardei a maleta novamente ao armário do banheiro. Felizmente o corte era pequeno e superficial, não ficaria cicatriz ou precisaria de ponto, apesar de do inchaço que ocorrerá cedo ou tarde - isso era de menos.

- Como se sente?- pergunto. Christopher parecia pensativo, longe demais para me ouvir - Christopher?

- O que?

- Está melhor?- pergunto e ele somente balança a cabeça - desculpa - também havia exagerado jogando aquilo nele.

Christopher me olha confusa por meu pedido de desculpa.

- Desculpa pelo que?- com os olhos estreitos em meu rosto.

Mordo meus lábios e puxo um cabelo que temia cair nos meus olhos.

- Por ter acertado o controle em você, acho que exagerei - ele dá de ombros.

- Eu que provoquei, bem que mereci, Dulce - porque? Eu invadir seu quarto e chamei-a de covarde, faria o mesmo se fosse você - sorrindo levemente.

Havia algo diferente em seu sorriso, talvez pela primeira vez fosse verdadeiro e houvesse um sentimento bom que não fosse ironia ou superioridade. Faria qualquer coisa para vê-lo sorrir assim mais vezes. Poderia haver chance para ele?

Mas nunca conte com o ovo no traseiro da galinha.

Como os momentos bons não duram muito...

- Mas irei me vingar de você - provocou me fazendo revirar tanto meus olhos que achei que fossem se soltar de meu crânio e sairem pulando - ninguém me feria assim e fica ileso.

- Era bom demais para ser verdade - reclamo - Christopher você está na minha casa, será que tenho que repetir isso mil vezes para você se tocar e ir embora daqui.

- Vou sair daqui quando quiser - colocando seus pés imundos em minha cama - porque não deita comigo aqui? Prometo não morder - finjo um vômito.

- Nunca.

- Dulce! Cade você?- a voz de Maitê sooa no quarto.

- Ah! Meu Deus! Maitê não pode ver você aqui...
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Minha Estranha Maneira de Ser  (Vondy) ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora