Teacher (intersexual)

#21.

Coloquei uma música no meio do capitulo só para vcs sentirem o drama. Kkk.

Boa leitura.

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(Lauren On.)

Sempre pensei muito nas minhas escolhas sobre o amor, sempre quis ter certeza do que eu sentia antes de me aprofundar um pouco mais no possível relacionamento, e as várias vezes que eu fiz isso, me vez não sofrer durante um bom tempo. Ter certezas, até mesmo se for em um romance de verão, é importante, porque qualquer coisa que fizer pode levar as duas pessoas ao sofrimento.

Eu tinha isso. Tinha minhas certezas sobre tudo e todas as coisas. Mais foi só por um deslize meu que tudo mudou.

Camila entrou na minha vida como um furacão descontrolado e sem destino de onde parar, não sei o que me encantou nela, talvez a forma como ela levava a vida, o seu "espírito livre". Não sei. Mais algo naquela menina me levou a imaginar tantas coisas, a fazer coisas absurdas que eu nunca, nunca tinha experimentado fazer.

Agora... por que?

Essa era uma pergunta que se repetia na minha cabeça involuntariamente, mas infelizmente não tinha resposta, e acho que nunca teria. O que não era surpresa, pelo menos, não pra mim. Eu sabia dos riscos que correria me relacionando com uma aluna, Deus, eu poderia ter ido presa. Mais mesmo assim eu quis continuar, porque eu sabia também dos meus sentimentos por ela, eu percebi que eu a amava e que não queria me afastar.

Acordei tentando me acostumar com a claridade do lugar, olhei em volta e percebi que estava em um hospital, vi Lucy no sofá lendo uma revista. Ela percebeu meu movimento tentando sentar e olhou para mim, se levantou e sentou ou meu lado com um sorriso no rosto.

- Você nos deu um susto, sabia? - falou ela. - Tinha que ter visto sua mãe, ficou desesperada.

- O que aconteceu? - pergunto com a voz baixa. - Por que estou em uma cama de hospital?

- Você não se lembra de nada? - pergunta e nego. - Você desmaiou assim que chegou em casa. Você estava mais branca que papel, então eu e seus pai achamos melhor trazer você para o hospital. - fala e parece pensar.

- Quando vou poder ir embora?

- Não sei. Mais eu liguei para a escola e avisei que você não iria por tempo indeterminado. Pelo menos até sabermos o que você tem.

- Entendi. Obrigada.

Nos seguintes segundos não falamos nada, e eu nem queria. Lembrei de tudo assim que acordei, de cada palavra dita por Camila, de tudo, e uma dor enorme invadiu o meu coração, sentia cada parte de mim doer ao lembrar de tudo o que ela me disse de uma maneira tão fria. Tudo estava doendo.

Eu não consigo entender o porquê disso, o porquê dela ter feito isso comigo, eu a amava. Eu a amo! Droga! eu a amo e esse tempo todo eu amei por dois, e isso me mata aos poucos.

- Vai me contar o que aconteceu? - pergunta Lucy e eu a olho.

- Não sei se no momento estou preparada, Lucy. Mais obrigada pela preocupação.

- Sou sua amiga e você sabe disso.

- Sim. Obrigada. - falo. - Onde estão meus pais?

- Acho que estão tomando um café.

- Por quanto tempo estou aqui?

- No máximo umas cinco horas.

Eu deidei minha cabeça no travesseiro e olhei para a janela vendo as gotas de chuva cair. Não imagina que iria chover tão cedo, afinal, estamos em Los Angeles e é muito difícil chover aqui, principalmente em época de calor. Incrível como eu estou pensando no tempo, por que estou pensando no clima quando na verdade Camila me vem à cabeça?