Capítulo 18

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Melanie

Tinha acordado há alguns minutos e percebi que não tinha mais ninguém no quarto além de mim, a cortina estava fechada e a porta entreaberta, com muita preguiça me ajeitei na cama e liguei a TV. Lorenzo entra com uma bandeja cheia de coisas, põe em cima do meu colo e me dá um beijo na testa.

Mel – Não tinha algo menos clichê que isso, não?

2L – Qual foi, morena? Só sabe reclamar. Bom dia pra você também, dorminhoca.

Mel – Meio impossível não dormir tanto depois de uma foda daquelas.

2L – Gamou, foi?

Joguei um travesseiro nele gritando – Claro que não.

2L – Mas agora vou te mandar o papo, sábado que vem tem baile e eu vou te apresentar como minha fiel.

Terminei de comer e olhei pra ele – A gente pode conversar sobre isso depois? Quero ir pra casa.

2L – Claro, se veste aí que eu te espero lá em baixo.

Quando cheguei em casa, liguei direto pras meninas, convenci elas a virem dizendo que era caso de vida ou morte. Elas chegaram desesperadas.

Lari – Eu espero que isso seja muito importante. São 11h da manhã e eu poderia estar dormindo.

Duda – Solta o papo.

Mel – Adivinha quem me pediu pra ser a fiel dele?

Duda – Lorenzo, famoso 2L.

Lari – Tu tem que estar impecável nesse baile, com o cabelo, roupa e a maquiagem mais pica de toda a favela.

Lorenzo

Depois que deixei a minha mina em casa, encostei na boca e cumprimentei os moleques dizendo que estava felizão porque escolhi a Mel pra ser minha fiel.

2L – Essa porra tem que ficar de verdade, quero que vocês convoquem o FP, e o Rennan da Penha também.

Duas semanas se passaram e era o dia do baile.

Eduarda

Depois de um dia inteiro cansativo ajudando a Mel a se arrumar era lógico que eu e Juliana não iríamos ficamos por baixo também. A Mel conseguiu o 2L, Lari o Menor, agora faltava eu e o Diguin né! Depois de estarmos lindas e belas, partimos para o baile, hoje ia pegar fogo.

Larissa

Baile tava de verdade, já cheguei lá encontrando com o Menor, e ele já me puxou pra perto dele, colocou a mão na minha bunda e me levou para o camarote, a Mel já estava agarrada no pescoço do 2L como de costume e a Duda afogando suas mágoas na bebida, dei um tapa nela mandando ela se ligar que hoje não era dia de ficar triste. Encostei em um canto e fui curtir um pouquinho com meu amor.

Eduarda

Já estava puta da vida, cansadona de sofrer por macho. Dava maior assistência, jogava altos verdes e ele nada, não tomava nem uma atitude se quer. Quer saber? Eu desisto, é aquele velho ditado, não deu assistência, perde pra concorrência. Vou é beber e não quero nem saber.

Sai do camarote e fui pra pista, comecei a dançar e beber muito, até sentir alguém colocando a mão na minha cintura e dançando comigo, me envolvi, só queria esquecer o Diego, tinha que aproveitar, também sou filha de Deus. Senti alguém beijando meu pescoço, já estava toda arrepiada. Quando me virei pra ver quem era, me assustei e dei um grito – Você?! – Não obtive nenhuma resposta porque na mesma hora, o 2L subiu ao palco pra apresentar a Mel, da qual eu não assisti, já que o infeliz me puxou pra um beco longe do baile.

O Dono do Morro RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora