AJUDA

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   Dirigi a noite toda. E só cheguei em Keene City no outro dia de manhã.

  O que eu fui fazer lá?

  Ferir meu orgulho mais uma vez, e pedir ajuda.

  Talvez essa pessoa se recusaria a me ajudar. Ainda mais depois do que eu fiz. Mas não custava tentar.

  Estacionei o carro em frente a casa, e fui até a porta. Pelo menos eu achava que era aquela casa. Fazia muito tempo que eu tinha ido com Bob.

  Dei três batidas e nada. Olhava freneticamente em volta para ter certeza que ninguém estava na rua.

  Comecei a bater desesperadamente na porta. E finalmente atenderam.

  O cara que atenderá era alto, tinha cabelos castanhos, pele clara, e os olhos eram verdes. Estava exibindo a barriga e os braços malhados e usava uma calça moletom cinza claro.

- Você pode me ajudar?

  Temi que ele não me entendesse, eu estava com dificuldade pra respirar, o que fazia que minha voz saísse falhada.

- Eu sei quem você é. Você é a garota que matou o meu irmão.

- Sim, mas... por favor. Você tem que me ajudar. Não fui eu quem matou o presidente.

- Eu sei.

- Sabe?

- O presidente não morreu, mas o arcebispo da Etiópia sim.

- Mas porque o matariam?

  Eu o olhei, e sua expressão era fria.

- Você é enfermeiro, não é?

- Não, esse era o sonho dos meus pais. Eu não suporto ver sangue, sou apenas um mecânico. Sabe foi bom conversar com você, mas acho melhor você ir.- Falou fechando a porta.

- Por favor! - Falei quase em tom de súplica, segurando a porta. -  Eu não fiz nada do que eles estão dizendo. Eu juro.

  Desta vez ele estava me olhando com um olhar piedoso.

- Me enganaram, e agora preciso de ajuda. Se fosse mentira eu não iria vir aqui te pedir isso, ainda mais pra você.

  Foi aí que eu vi. Ele segurava uma arma.

- Esta pensando em atirar em mim? Se for me matar, me mata logo. Eu não tenho pra onde ir mesmo.

- Entre. - Disse me dando passagem. - Me dê a sua chave vou por seu carro na garagem. Os vizinhos podem aparecer a qualquer momento. Acho melhor você me chamar de Mark.

   Entrei e lhe dei a chave. Sentei no sofá e ele se foi me deixando sozinha.

O Tiro PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora