PREPARATIVOS

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  Na manhã seguinte fomos à cidade, Gibson sacou o dinheiro, relutante mas mesmo assim o fez, prometi a ele que o pagaria com juros.

  Mandei ele comprar o café e fiquei esperando no carro, ele dessa vez além da comida, trouxe uma tinta spray para cabelo na cor preta.

  Eu disse que eu não ia passar aquilo no cabelo.

- Pense comigo Menzies, a polícia do país todo está a sua procura, você tem cabelo ruivo e isso é o que mais chama atenção em você, se você passar isso no cabelo eles não vão suspeitar, eu pelo menos acho.

- OK, vamos comer, depois eu passo essa porcaria no cabelo. E só um aviso, se isso não sair, eu te enterro vivo. E você sabe que eu tenho coragem.

- A vendedora garantiu que isso sai com água.

  Como previsto depois do café eu passei a tinta no meu cabelo com a ajuda de Gibson, que não era nem um pouco bom nisso.

- E aí ficou bom?

- Definitivamente prefiro você ruiva.

- Lembrando, se isso não sair eu te enterro...

- Vivo. - completou ele. - Eu sei. Menzies o que nós vamos comprar?

- Eu fiz uma lista, dividimos ela em duas partes. Você compra uma metade e eu compro a outra. Assim não vão achar estranho.

  Dividimos a lista, e na minha parte ficou:

* Parafusos.
* Furadeira.
* Caixa de ferramentas.
*Pólvora
* Tinta.     Cores:   verde musgo
                                   Marrom.
                                    Preto.

  E outros mais, que não vou sitar porque a lista é muito longa.

  Cada um foi para um lado a procura dos itens. Depois de duas horas eu já havia comprado tudo. Voltei e encontrei Gibson encostado no carro.

- Conseguiu tudo? - Perguntei.

- Sim. Por que me mandou comprar um gravador?

- Eu não quero matar o cara, mas se for necessário eu o farei, quero fazer ele confessar o plano do Potter, e admitir que eu sou inocente.

- Bem pensado.

- E as escutas?

- Como eu já disse, encontrei tudo.

- Certo então agora vamos comprar mantimentos para essa semana e algumas melancias.

  Depois que compramos tudo, voltamos para a floresta que tínhamos acampado.

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  Coloquei uma melancia a uma distância de mais ou menos 1Km de mim e de Gibson. Me encostei no carro e ele se deitou perto do fuzil, ele ajeitou a mira, colocou o dedo no gatilho.

- Mantenha-se concentrado, não deixe que nada o atrapalhe.

  Ele pareceu se concentrar, eu me aproximei e dei um grito, o mesmo se assustou e disparou e atingiu uma árvore a esquerda.

- Que parte de se manter concentrado você não entendeu?

- Fica difícil com uma ruiva, que não está ruiva, gritando ao meu ouvido.

- Bom, tente agora. E concentre-se.

  Ele se concentrou e disparou, o tiro até que foi bom mas não atingiu o alvo, mas passou perto. Ele então tentou de novo, e só na terceira tentativa ele conseguiu.

- Realmente você precisa treinar mais. Então continue tentado. Vou pegar outra melancia.

  E assim foi o dia. Jhony já havia progredido no treinamento em algumas horas, o que era uma boa notícia.

No outro dia depois do café, desmontei algumas furadeiras e outros tipos de eletrônicos eu só precisava da placa. Para quê?

  Eu aprendi isso quando estava ainda no exército.

  Para montar bombas ativadas via controle remotos.

  Eu não vou explicar porque nem eu mesma sei direito só fazendo mesmo para ver se vai dar certo.

  Levei mais um dia para fazer as bombas e o napalm, e tingi-los com tinta verde e marrom.

  No outro dia reforcei mais o treinamento de Gibson. E pintei o fuzil numa espécie de camuflagem. Gibson ajudou a cobrir de folhas uma manta marrom, e lá se foi mais um dia de preparativos.

  Os outros dias aproveitamos para dar mais uma olhada na residência de Mikaylo. Definimos os lugares onde colocaríamos as bombas.

  Estava tudo pronto, equipamentos feitos, Gibson preparado e eu determinada.

O Tiro PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora