Capítulo 1

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Atenção! Essa fanfic é de minha autoria e era postada em meu antigo e extinto perfil no Social Spirit. Se plagiada, você será processado e amaldiçoado. :D

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Domingo. Como eu odeio os domingos! É o dia mais agonizante da semana, porque passamos o dia todo pensando em como a semana será longa. Algumas pessoas passam o domingo se distraindo, indo almoçar fora com os amigos ou familiares, ou então curtindo uma praia, tudo para aproveitar ao máximo os preciosos minutos do último dia do final de semana.

Para mim, Baekhyun, o domingo é sempre péssimo. Não só por trazer consigo a segunda-feira, mas porque é um dos dias que eu mais trabalho na peixaria da minha família. Na verdade, não trabalho na loja em si, mas vou com eles para o mar pescar a mercadoria que vendemos na segunda-feira.

Aqui no distrito de Haeundae (Busan), existem centenas de peixarias, afinal de contas é uma cidade "praiana", portando a concorrência é forte, e nós precisamos dar nosso suor para conseguir sobreviver no meio de tanta concorrência.

Hoje ficamos no barco da família das oito da manhã às sete da noite e, bem, valeu a pena, porque conseguimos encher todos os isopores de peixe.

Assim que chegamos em casa, ajudei meus pais a colocar os isopores no freezer, enquanto o folgado do meu irmão mais novo, Sehun, atirava suas botas de galocha para o alto e entrava em casa. Isso me deixou tão frustrado. Ele não ajuda em nada. Tudo que fez o dia inteiro foi abrir as caixas de isopor enquanto eu e papai fazíamos o trabalho duro com as redes. Argh.

Depois de colocar as caixas no freezer, fui para dentro de casa e encontrei Sehun jogado no sofá, o porco nem tinha tomado banho e estava fedendo a peixe e água salgada.

- Sai daí agora! Vai tomar banho! - ordenei.

- Vai você primeiro, eu estou cansado.

- Cansado de quê? Você não fez nada o dia todo.

- Como não? Eu fiquei tomando conta dos isopores.

Meu irmão é tão cínico, por isso ele apanha muito de mim. E apanhar foi o que aconteceu com ele depois dessa.

O peguei pelos cabelos e o arrastei até o banheiro. Ele gritava, mas meus pais já estavam acostumados com isso.

- Não demore no banho!

E bati a porta.

Meus pais entraram em casa e minha mãe foi direto para a cozinha preparar a janta. A cozinha ficava no mesmo cômodo que a sala, separada apenas por uma elevação no piso de madeira. Meu pai era porco igual ao meu irmão, foi logo se jogando no sofá e ligando a televisão.

- Baekhyun, dê uma olhada nas correspondências para o papai? - pediu ele, espalhando suas banhas pelo sofá. Meu pai é um homem muito gordo.

Eu só obedeci porque ele pediu com jeito e estava mais cansado do que eu. Porque geralmente eu não suporto receber ordens, nem mesmo dos meus pais.

Fui até a caixa de correio e peguei as cartas. E só então eu lembrei que estava esperando uma correspondência em especial.

Fiquei nervoso imediatamente.

Dois meses atrás eu havia feito uma prova de bolsa para a melhor escola de Haeundae (e acho que de toda a Coreia). Além de ser uma escola exclusiva para a elite de Busan, era a melhor escola preparatória para universidades, dentre delas, a de Seoul, para onde eu sempre sonhei estudar.

Entrar para aquela escola seria uma segurança de que um dia eu frequentaria uma boa universidade.

E a resposta para o meu futuro estava em minhas mãos, num envelope azul com o logo da escola Seongbuk: um triângulo vermelho com o nome em Hangeul no meio. Percebi que minhas mãos tremiam, e que minha respiração estava alterada.

O Príncipe de HaeundaeOnde histórias criam vida. Descubra agora